terça-feira, 31 de maio de 2022

escrever, não

é 'Lisboa, Lisboa' é 

lilás em terra

é 'Lisboa, Lisboa' é 

Findou-se-me mais uma

Não quero comprar uma caneta vermelha, tampouco uma verde, queria, se tenho um estojo cheio de canetas coloridas, para quê tal negócio? A ver se vou dar com o estojo para escolher umas quantas. Três,vá, para ficar de sobeja.

Post por tamanho

Chegaram umas etiquetas novas e eu, para diferenciá-las, pu-las de 'super' na designação, uma vez que são realmente maiores. Que original... Sim, bem sei que não é, mas uma designação clara é item imprescindível na designação de qualquer artigo. Se por ventura o tamanho das ditas voltar a aumentar, então passo para hiper, se tornar, quicá realmente aconteca, passo para mega, se persistir, vai de astronómico, e se, oh porra, ainda incharem mais um tanto, então já só me lembro de pornográfico, o que, como é consabido, não tem nada a ver com etiquetas. Tenho foto, ó:

Férias

Tenho visto o nepalês da frutaria, o dos antigamentes. Dizia-se ele de férias mas, assim, até nem parece. Férias, parece-me, é a gente ausentar-se dias e dias do lugar onde trabalha por estar, precisamente, de férias. De aspecto está este nepalês assemelhado àquele boneco dos pudins, barbicha fina e comprida, longa cabeleira (são rastas, mas oh, é o que é), que o ar oriental já lho notava eu. Não que isto tenha algo a ver com férias, mas. Entretanto percebi que tenho saudades da alegria dele, da gargalhada. Dantes eu mirava as frutas e os legumes e ia debitando pareceres com vozes que eram para mim (o típico falar sozinha, pronto) e ele ia sorrindo, rindo e por aí fora. Então e agora? Agora não. Poi zé.

Foram-m' aos cornos

Ditados da esteticista:
Tenho a pele suja (qual a novidade nisso, né? poi zé!), há rugas, manchas e umas pequeninas veias de acordo (com a tal da idade). É então para tratar (e já tratei, 'migos, já tratei).
Resumos de eu:
Esta foi a segunda vez que fiz uma limpeza de pele profunda e com o auxílio e o saber de uma esteticista, sendo a primeira há p ara aí uma dúzia de anos. Achando que estava, até, atrasada nisto, tratei de fazer toda uma pesquisa para apurar quem me iria enfiar uns dedos no nariz e, com outros dedos, raspar a pele de fora e, por junto, espremer altesta. O curioso é que, neste particular, mais custou a extração das impurezas do nariz do que as da testa, contudo, ficou mais dorida esta do que aquele. Poucas horas depois já nem me lembrava que tinha sido violada pelo nariz mas, da testa, levei dois dias a lembrar-me que havia sido espremida. Se calhar aguenta mais o osso do que a cartilagem. De resto: vou voltar, lá para o fim do Verão ou coisa assim, pronto, sabem como é, dependo de uma certa dose de masoquismo, se ele me falta, ai.

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Lisboa, Lisboa

É a árvore amarela, ao dia corrente, e sim, estava vento.

Lisboa, Lisboa

Ó, por exemplo, a porta d' hoje naquela conta de Instagram de que falei no outro diahoje vi uma sita na Marques da Silva. Não a percorri já vezes sem conta? Já a acedi pela Penha de França, pela Almirante Reis, pela Cavaleiro de Oliveira. Então não conheço eu aquela porra toda?! Mas e lembrar-me da porta…..? É não.

Lisboa, Lisboa

Lanchinho. Ah, as saudades que eu (nem sabia que) tinha de mostrar o meu lanchinho ao mundo!

a grafómana ideal (não em sonhos, sim no estaminé), terceira parte

A flor. Este post é um daqueles atrasados, ontem esqueci-me de publicar esta preciosidade.

domingo, 29 de maio de 2022

o velho estaminé

 


foto decorrida da mexedela que hoje dei nos confins deste blogue
mesmo não querendo, e não quero, fico nostálgica
é um post com muitas fotos, pode ver-se completo clicando aqui  

Terceira via

Um dia alguém vai entrar por aquela porta e perguntar se a Gigi sou eu. Vai duvidar, achar que afinal não sou nada do que apresento no blogue. Vai dizer que sou triste e séria e que não me imaginava assim. Vai dizer que nunca pensou que a loja fosse assim, pensava que era outra coisa, doutra maneira qualquer mas nunca assim como é. Vai dizer que até sou simpática mas que pensava que eu falava pelos cotovelos, que sabe que escrevo até à exaustão e nunca pensou que fosse tão pacata. Observadora, atenta, isso sim, agora tão... apagadinha, paraduxa... não. Vai pensar que finjo, que não vejo nem vivo nada das coisas que escrevo. Vai pensar que sou uma mentira. E catrapum! Desilude-se com a minha prestação ao vivo. Vai dizer que afinal não sou nada daquilo, que sou uma mentira. O pior é que eu sinto que sou essa mentira. Mesmo. O leitor faça-me o grande favor de não ligar às minhas verdades. A Gigi é uma falsa e essa é a maior verdade da minha vida, da vida da Gina. A Gigi é uma falsa mas uma falsa com montes de piada, com carradas de coisas a contar, com sentimentos bons e puros. A Gigi é a mentira que eu queria que fosse verdade. Quando a Gina escreve, como agora, este blogue perde o brilho e a cor.

09/02/2011 (post original
04/05/2017 (segunda via

O texto acima é uma terceira via, apareceu por conta da pesquisa para construir o post anterior e deu-me apetite à (re)republicação.

Ó Gina escreve!

Resta-me a tampa, guardei-a porque a acho prestável à função para a qual foi feita - tapar. Tapar por tapar pode uma tampa tapar panelas e tachos com diâmetro não maior que o seu. Falo de uma panela que a dona Maria do Céu me deu em tempos e onde, também em tempos mas mais recentes, pintei a frase 'Ó Gina escreve!', usando vernizes para unhas em cores variadas. Por alturas da doação, a Maria do Céu contou que a usava para pôr as alheiras (ou outro enchido qualquer, fui pás alheiras porque é de Trás-os-Montes que ela era). Já eu, depois de perceber que a dita não fazia uma sopa lá muito boa... Não é nada disso, é que borbulhava demasiado e cuspia gotas a ferver (por ser de esmalte, é o que presumo). Então decidi embelezá-la como referido supra e pô-la em exposição no cimo do armário da cozinha, onde permaneceu uma data de anos. No blogue há até uns quantos posts onde aparece a panela com a frase lá pintada, é coisa para ter acontecido há cinco anos (um desses posts, o primeiro, está linkado acima). Ora bem, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, a minha cozinha anda a ser transformada, vai daí: lá foi o armário cu caraças e lá fiquei eu com o papel principal, o de decidir que destino dar à panela, se guardava para expor no armário novo (quando for comprado, em suma: quando existir), se a poria noutro lugar (qual, né? poi zé!) ou se... Punha mas era no lixo e acabava-se a conversa. E pronto, acabou-se a conversa. Contudo, antes, ainda me lembrei que podia trazê-la para o estaminé, aí guardaria, por exemplo, o rolo de fio 2x0,75 com dois condutores, juntava o de HV e, porque não?, o de telefone. Ele dar, dava, mas seria empecilho ao rápido atendimento, tampouco veria o cliente uma imagem ajustada ao teor deste espaço comercial. E a imagem de me ver retirar rolos de fio eléctrico de dentro de um panelão de esmalte fez-me rir, lá isso.

ah...

 

by the way, nada de emojis on the screen no vídeo acima, que tem para aí mês e meio de editado, ou coisa no género

 

Separadores

O editor de vídeos (uso o Youcut) tem novos separadores, uns com luzes que só não ofuscam porque o processo é curtíssimo, e outros divertidos, grupo do qual extraí este screenshot e que são, como julgo que julgam, emojis reagindo, amam, choram, riem, espantam-se, zangam-se, ou então mostram-se confusos, ranhosos, passivos, espertos. Enfim, uma panóplia de sentimentos para ilustrar um outro tanto de circunstâncias. Gosto tanto deste separador, que separa dois clips deixando cair uma catrefada de emojis como se em avalanche, dizia eu que gosto tanto que aprumei o screenshot.

Metades sem glória, se em píxeis

De manhã fiz sumo de laranja e gostei tanto de ver as metades em cima da tábua que quis fotografá-las. É recorrência, tanto o gostar de ver as metades como o querer fotografá-las. Fotografei-as mas não gostei do resultado, pixel nenhum havia que me cativasse, ou, e isso ainda menos, de que me orgulhasse. Resulta portanto que não há foto neste post.

A toalha

Naquela situação de os lençóis darem para fazer as vezes de toalhas, ando agora a usar o jogo de lençóis que era da rico filho e que têm como padrão Pokémons, oferecido pela minha mãe. Tirei foto e tudo, sempre fica.

sábado, 28 de maio de 2022

Lisboa, Lisboa

Em vezes daquelas em que acompanho o meu colega e calha de o trabalho ser no átrio do prédio, há clientes que ficam como que preocupados por eu estar ali, esperando em pé - «Oh pobre... Ah coitada...» Estar em casa deles é também ocasião para o mesmo comportamento, mas aí temos todo o conforto à disposição, há bancos, cadeiras, sofás (e até camas!) - «Sente-se. Não se quer sentar?» E eu que sim, claro, vou lá agora fazer-me de esquisita, eu não. Mas os átrios. Chegou o calor, já não custa nadinha sentar-me no cantinho da escada enquanto aguardo que modos e cotações sejam discutidos, intervenho quando sou solicitada, tipo: temos lá este ou aquele artigo? como é que está a tua agenda? Pá, isto é verdade, mas também é para dar a pala que sou bué produtiva e montes de importante. Mas os átrios. Para mim é tão corriqueiro que nem vislumbro o número de escadas de prédios lisboetas onde já joguei o cu abaixo! Sei é que são muitas, lá isso.

Lisboa, Lisboa

«Olá jeitosinha!»
Manda-me a dona Genoveva este bitaite do outro lado da rua, e acrescenta:
«Olhe que jeitosinha é um termo carinhoso, hã?»
Aceno com a mão e faço que sim com a cabeça em anuência convicta enquanto respondo olá! e penso:
[Foi isso o que eu entendi, dona Genoveva...]
Ela ainda se joga à conversa, de longe, recordo que nos separa um alcatrão com três faixas:
«Ai, agora fui operada, nem sei se vejo bem demais ou de menos!»
E eu, em pensamento, ainda:
«Informação desnecessária, dona Genoveva. Se não sabe o que vê...»
Bom, então, alcatrão com três faixas... Os quatro ouvidos estão em pleno funcionamento.

Lisboa, Lisboa

De maneiras que a pessoa (que escreve neste, e este, blogue) andou Lisboa afora ali para os lados do rio, desejosa de ver um grupo de motas estacionadas perto de um bloco de cimento. Em certa altura considerei (de volta à primeira pessoa do singular) boa ideia ligar para apurar se estaria no bom caminho. O Luís disse: «Olha, quando vires um grupo de estudantes de olhos vendados, liga-me porque estás perto.» Grupos de estudantes vivendo praxes, uns e outros, avistei eu com fartura durante o comprido trajecto, respondi-lhe eu. Mas ele tornou aos olhos vendados como referência e eu continuei a procura. Minutos depois (nem revelo quantos, caraças, o que eu andei!) avistei mais! um grupo de estudantes e sim, os tomadores da tortura tinham os olhos vendados, os mandantes regiam, claro. Liguei-lhe para anunciar: «Pronto, estou ao pé dos vendados!» num tom quiçá, porventura, talvez um tanto ou quanto sonanto (é para rimar), entusiasmei-me por ter alcançado a meta, não significando porém que o deslize tenha sido ouvido. Calhando, tendo, era vendada logo ali.

Lisboa, Lisboa

Sigo uma página no Instagram que publica fotos de portas lisboetas. Na sua maioria são lindas, depois há as fabulosas e, até, as majestosas. E, já agora, aponto que também há umas como que banais, porém acho-as bonitas. Posso eu ser mandada achá-las bonitas pela Gina maluca por Lisboa? Posso. Nas centenas de visualizações que já aconteceram na minha vidinha montes de espectacular, percebo que, embora conheça a rua tal, isto porque quem manda na página faz anúncio do lugar onde se encontra cada porta, a verdade é que nunca as reconheço, mesmo que já lá tenha passado inúmeras vezes. Não possuo este tipo de memória, parece-me.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

descanso, recompensa, esforço

O descanso não é uma recompensa pelo esforço, vi eu escrito algures, e é assim que o tomo a maioria das vezes em que me sinto cansada. Esta frase, porém, lembrou-me que agora já consigo descansar e dantes não conseguia (não sabia, não queria, sei lá). Olarila.

Dias de um Ginásio

Sorrio para as pessoas quando nos cruzamos nos corredores do Ginásio. Não é esforçado ou intencional, aparece-me e aparece-nos, é essa a nota deste apontamento.

Croissants

Fui ao melhor lugar do mundo com croissants e, encomenda feita, em vez de ficar lá dentro esperando-os, saí para dar uma volta ao quarteirão. Eu disse mesmo ao senhor: Olhe, eu escuso de estar aqui, vou dar uma volta ao quarteirão. E dei duas. Estas esperas fazem-me impressão - o ambiente, o burburinho, o movimento, as pessoas. E eu, é inconscientemente que fujo. Contudo percebo que, se por qualquer motivo, tivesse que permanecer dentro do estabelecimento, esperando, actualmente não estaria em sofrimento. É essa a diferenca. Id est: em vez de estar concentrada principalmente em controlar a ansiedade, ou, em alturas piores, os ataques de pânico, pois que não, é somente deveras aborrecido esperar. Estou portanto a ficar parecida com as pessoas no geral.

O incómodo e a incómoda

Li algures que ninguém sai de uma doença mental em poucos meses, afirmação que descia da comum desistência dos doentes em vindo o Verão por julgarem que o calor aumenta o bem-estar. Mas não, reforçava o artigo, não se descure as medidas, não se interrompa o ciclo e pâ pâ pâ, concluindo depois que são, no mínimo, dois anos até que. Bom, impossível que me é reportar informações deste género à minha experiência, contrariamente ao meu - sempre presente - receio, então o meu caso não foi assim tãããããão demorado. E tolo. Acho que fui tola em demorar taaaaaanto tempo para encontrar melhoras consideráveis. Acho-me tola amiúde, mesmo sabendo que não é bom. Em cada uma das vezes que busquei ajuda considerei que abusava ou incomodava e a luta maior, e até um travão, foi eliminar essa tolice. Tolice, lá está.

A legenda

Esta foto era para ter a legenda: "pois, encharcas o poliban da senhora com lixívia, metes-te lá dentro e depois ficas com as meias descoloradas em partes!" e, assim, referindo-a, é como se a tivesse. Não está o post conforme planeado porque nos entrementes plano/efectuação bem tentei filtros e mais filtros para tornar as manchas o mais notadas possível. Só que o notório não quis nada comigo, então, no meio dessas tentativas, percebi que o filtro 'aguarela' torna a foto gira que se farta.

Sempre

Até sempre, despediu-se o barbeiro. Ulha!, reformou-se, deduzi. Só que não, que o tenho visto amiúde. Sempre, afinal, quero eu dizer.

Sonho

Sonhei com línguas cortadas pela metade em quase toda a extensão, digo eu de modo a não se separarem. E voavam. Aliás: planavam. E eram muitas.

Lisboa, Lisboa

Lisboa está carregada de jacarandás floridos, bocados em lilás aqui e ali.

Panqueca

quarta-feira, 25 de maio de 2022

alminha, canjinha de galinha

alminha - por tudo vão julgar
passar os dias desejando que acabem por considerá-los imprestáveis é do mais parvo que me conheço 
canjinha - de galinha e acabou a conversa

Abacateiro

De manhã, logo que vi o abacateiro, encontrei um pedaço de coisa em vermelho como que preso nos ramos. Presumi ser um saco ou, melhor, uma peça de roupa que tivesse voado até lá. O vento uma força ou, melhor, um motor pulsante, os ramos uma prisão com vista para a cidade ou, melhor, o poiso planeado. E acaba-se-me a imaginação quando percebo que era o vizinho do primeiro andar que havia subido até lá acima para colher os melhores abacates. Apenas. Às vezes a vida fica ínsipida, lá isso.

terça-feira, 24 de maio de 2022

A lonjura e a perspectiva a ajudar ajuda

O conjunto é ideia de domingo e, até, oh vejam lá, a foto. Em ideia considerei que os pés do meu manjericão conseguiriam abraçar o abacateiro (que é de toda a gente), e, com a lonjura e a perspectiva a ajudar, abraçaram mesmo.

sábado, 21 de maio de 2022

Inscrições

'Oh de Madrid' e '1877' são inscrições que estão num pilar junto à nascente do Tejo. Na altura, enquanto gravava um vídeo, disse ao mundo que depois pesquisaria por que caso ou figura estas inscrições lá aparecem. Ora bem, pesquisar eu pesquisei mas não deu em nada. Ainda apurei que 'Oh de Madrid' é um livro. Quero dizer: pode porventura ser um livro, vá, porém, se a página que descobri (esta) diz que o livro foi publicado em 2010 e, se a mim não parece que o pilar esteja lá somente desde aí... Pois que. Bom, seja lá como for está o registo feito.

Joguete

Fui fazer um recado daqueles do estaminé e vi-me enganada no percurso porque a memória (ou o caminhar, quiçá isso) foi buscar o cliente ao invés do fornecedor. Obviamente isto aconteceu porque um e outro são ao pé e, recordo agora: dantes, se ia no encalço do escritório do senhor doutor (o cliente), passava do número da porta para lá, distraída ou convencida que estava de ser mais à frente, até que um dia (anos depois) fixei, há até todo um desenrolar novelesco neste blogue. Entretanto, neste dia, deparei-me com a confusão cliente/fornecedor quando cheguei ao exacto número da porta onde mora o escritório do senhor doutor (cliente) quando, na verdade, queria era o! fornecedor. Sim, sou um joguete nas mãos da minha memória. E este post é 'Lisboa, Lisboa' é.

Nêsperas

Como de costume, o Antunes veio oferecer um saquinho com nêsperas da nespereira que está lá em baixo no pátio que acede ao lugar escondido. Cada ano são melhores.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

spam de Gina

modo subtil de anunciar ao mundo que comprei uma escova de cabelo
é em forma de folha
verde e tudo I

Sonho

Sonhei com melancia, que chegava ao estaminé e ia comprar e ia comer e ia tirar fotografias ao bicos que partir as talhadas ao meio fazem e blås e mais blás. Também sonhei com um lugar sujo e cheio de entulho, onde o único habitante era um rato grande (o velho estaminé).

alô alô

de quando tocam os telemóveis dos ricos filhos e sou eu a ligar, ouço assim:

tou mãe! (rico filho)
olá mãe! (rica filha)



entretanto há uma novidade: um dia destes a resposta do rico filho foi: tou minha mãe! fiquei num misto de contentamento e espanto e larguei a rir

ordem de chegada

o Luís foi a coisa mais a coisa mai linda ca pareceu 
a Ana Cláudia foi a coisa mai linda ca pareceu 
o André foi a coisa mai linda ca pareceu 
a Olívia foi a coisa mai linda ca pareceu

vejo muitas coisas bonitas

é "Lisboa, Lisboa" é 

é bom

 sola de pé fria em interior de coxa quente 

é agora

pores-te a jeito

endireitei-to

fixei-to

quinta-feira, 19 de maio de 2022

uma estrelinha
duas estrelinhas
três estrelinhas
quatro estrelinhas
cinco estrelinhas

já marquei o cabeleireiro, já

tu

se tiveres à-vontade 
se estiveres à vontade

O meu telefone tem três anos e apresenta um comum sinal de envelhecimento: esgota-se-lhe a autonomia da bateria em meio dia.

está mesmo ralinho, o abacateiro

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Quase todos os dias pondero deixar, mas é, o blogue sossegado. E prossigo, como vê-se que se vê.
(é "Lisboa, Lisboa" é)


 

Post de mudanças

Por conta da mudança de estação idealizei listar as peças de roupa dos frios que, revendo daqui por meses, me alegrariam sobremodo. E, por entre, já que o momento era o de mexer também nas peças dos calores, revelaria já quais as peças de que estava saudosa. Desisti. Não por falta de qualidade da ideia, ou mesmo de fixação, mas de tempo. Quem sabe em regressando os frios eu dê conta deste serviço, mas aí vai acontecer ao contrário e, hum, talvez não seja tão bom.

As viagens não as faço sozinha

Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, viajo sempre com muitas canetas. Normalmente ando vida afora com sete canetas, para viagens de férias não precisaria de levar nem cinco, mas levei - retirei a cor-de-laranja de bico fino e a azul de feltro. Esta questão tem todo um rol de estranhezas, pois, para viagens (de férias ou de outras {não é que as viva, mas pronto}) o melhor seria levar muitas e muitas canetas, não vá esgostar-se-lhes a tinta (já me aconteceu e foi um momento horribilis), melhor seria, então, não retirar nenhuma das sete canetas. Mas eu é que não, ai e que depois ando carregada sem necessidade e tal e tal.

Consultório

Mundo digital em vigor: uma sala de espera com uma mesa sem revistas palpáveis. E antiquíssimas, já agora. Mudando a agulha, desta vez não menti acerca do peso à senhora doutora, não mo perguntou, mandou-me foi pisar a balança.

terça-feira, 17 de maio de 2022

17 Maio 2022

A senhora hoje não precisa de fazer nada na sua pele, disse ela.

Lembrete: comer devagar.

Ando agora com esta ideia porque há tempo, num repente, percebi que como rápido pra caraças. Sempre soube que comer em modo 4.0X não faz bem a coisa nenhuma, não é agora que vou discordar. Ainda não foi hoje que me lembrei de desacelerar, atingindo uns plenos 0.5X e tal e tal, mas não, estava nas últimas colheradas quando me chegou a ideia que tem tudo de estar estabelecida, só não está em prática. Foi então que registei num dos meus papelinhos o que posteriormente copiei para o título deste post. Então vá, registo outra vez - Lembrete: comer devagar. D e v a g a r . . .

Lisboa, Lisboa

Vi um homem descendo pelo interior da coluna que suporta o guindaste. O giro é que, eu, mesmo já tendo reflectido o suficiente para presumir que é preciso as pessoas subirem à cabine para tomarem as suas funções, bem como descer ao fim da jorna, nunca tinha visto, isso é que não. Estou tonta com isto.

a grafómana ideal (não em sonhos, sim no estaminé), segunda parte

segunda-feira, 16 de maio de 2022

a grafómana ideal (não em sonhos, sim no estaminé), primeira parte

impressão em excesso
(gato pardo)

comutador

nada

assim as pessoas não vão entrar
e
se as pessoas não vão entrar
não vai ser feito nada

atrás

voltei atrás para tratar de algo assaz importante: 
  • desodorizante

ralinho

acho o abacateiro um bocado ralinho, ali pelo meio há um lugar sem folhas, os ramos tomaram outra direção, ou então ficaram sem força para subir e tapar aquele buraco

domingo, 15 de maio de 2022

Olá, o meu nome é Gina, sou a mãe do noivo, este é o muro das experimentações e...

Experimentei trinta e um (31!) vestidos, três (3!) saias, três (3!) blusas, duas (2!) calças, um (1) blazer. Um desses vestidos é então o escolhido. E já está, olarila. Deixo uma foto aparvalhada onde envergo um outro vestido experimentado, que não o escolhido. Se há coisa que faço vezes sem conta em provadores é figuras parvas, de maneiras que, pronto, se para apurar o! vestido experimentei quarenta (40!) peças e, se levei cinquenta e seis (56!) dias para o fazer, ocorrendo, portanto, uma experimentação a cada dia e um quarto (1 1/4!), a pessoa aguentava-se lá sem parvar... Não né? Poi zé. Mas agora fora de parvoíces: o meu vestido, o escolhido, é lindo.

Sou eu mas não sou só eu.

Era só eu naquilo do 'muro das experimentações', não?! Claro que espero, também eu, pelo Luís enquanto experimenta as roupinhas dele. Não sei é em quantas camisas e calças e casacos vai o número de experimentações, lá isso.
 

Fotos

Tenho, ainda, fotos das férias barra passeio (à nascente do Tejo) que fiz há duas semanas. São fotos demasiado insípidas para constarem nos arquivos domésticos mas, e porém e contudo, não são fotos que considere desinteressantes, por mais que me esforce. Pá, dá-me pena pô-las no lixo, pronto, são momentos meus, pontos com os quais engracei, sei lá, coisas assim.
A foto de cima é parte de um pinheiro e de uma cerca. O giro disto é que, antes, havia tirado uma foto ao pinheiro por inteiro porque assim que o avistei fiquei com vontade de regressar ao lugar (Cañas, Espanha) para o cobrir de enfeites de Natal. Obviamente isso é algo que dificilmente ocorrerá, ademais a foto ficou estranha, sem vida ou brilho, então escolhi esta perspectiva, que me agradou, a cerca e o pinheiro ficam partidos, há separação, lá isso, mas há caminho. 
A foto de baixo é um pedaço do Tejo em que a água é verde (Fuentidueña de Tajo, Espanha) e foi isso o que me levou ao clique.
A foto de cima é um «sorriso do sol» e a expressão não é minha, é do Luís. Foi tirada da janela do quarto onde ficámos alojados (Malpica de Tajo, Espanha), nesse dia amanheceu assim.
A foto de baixo foi captada no corredor do mesmíssimo alojamento. Gosto destes quadros assim... sei lá, físicos. Ou palpáveis, vá. Se bem que tenham um vidro à frente, de maneiras que a gente pode lá apalpar aquilo, né? Poi zé. Este quadro retrata uma parte de sala de estar de casa de pessoa arrumada. O telefone à moda antiga está giro, está, mas, giro giro giro é o livro, e agora é que estou a ver que podia, ou devia, ter mas era uma lista telefónica.
As fotos abaixo foram capatadas em Talavera de la Reina (Espanha, e agora percebo que era escusado pôr a Espanha em todos os parêntesis, uma vez que só venho deixar fotos tiradas em Espanha, mas pronto, olha, é o que é). Gosto particularmente daquela das placas, dos dizeres, do formato, da cor, do material. Não está na melhor perspectiva, podia melhorá-la, lá isso, mas não quero.
Por última, deixo uma daquelas fotos nada originais em tema ou perspectiva, mas como gosto de mostrar o meu capacete, olha, cá fica. Não é tanto pelo capacete, é porque, mostrando-o, digo ao mundo qual o meio de tranporte utilizado. Ah, e o lugar é o Templo los Mármoles. Onde...? Embalse de Valdecañas. Está bem, mas onde? Atão, em Espanha, claro!

sábado, 14 de maio de 2022

estas nuvens nunca mais vão acontecer

Sol

Gosto bastante do brilho que aparece nesta foto, a qual, a bem dizer, não é foto, é disparo feito num vídeo que gravei. É incrível como pode o cabelo reflectir o brilho do sol. Considero ser mais por conta do sol do que do cabelo, este brilho, e decerto ia ficar-me- mal dizer o contrário. Mas pronto, gosto mesmo da foto, ou do disparo, e calha de estar lá eu. Estivesse outra/o qualquer e acharia, não a mesma graça, mas uma muito parecida.


E a foto não tem filtro, ressalvo. Digo, ainda, que ao momento eu estava de visita à nascente do rio Tejo, temática que já bem povoou o blogue, ai já. E nem está tudo ainda dito, ah poi zé.

Lenços de assoar

Tenho mais um pacote com dez pacotes de lenços de assoar que têm desenhos que nunca antes vi. Estes são dizeres que incentivam la joie de vivre, sendo que cada grupo tem duas frases (in english, ah ah), uma no anverso e outra no verso. Dizem então assim:

choose happy / see the good

love and let love / be love

see the / be kind

Sim, uma das frases repete-se no anverso e verso de um dos grupos. Cá para mim, em outros pacotes há-de vir outros pares de frases.

Forno

No forno há duas pernas de pato a assar. Fiz-lhes uma selagem já com elas temperadas, pu-las no tabuleiro e juntei-lhes rodelas de limão e de gengibre. O gengibre foi mais para o gastar do que outra coisa, tem um tempão de casa.

Hoje ainda não fiz bolo nenhum, tanto por falta de tempo como porque o forno por ora está a uso das pernas supra citadas, acrescendo que há gelado de banana no congelador. Depois, olha, atão, tenho morangos, ananás.

Sabonetes

Comprei sabonetes daqueles bem cheirosos. Considerei que tinha o armazenamento em falta mas afinal já cá havia dois. Tenho portanto cinco sabonetes bem cheirosos armazenados. Comprinhas 2022, a etiqueta para este post, poi zé.

verdes são os campos, da cor de limão
assim são os olhos do meu coração
campo que te estendes com verdura bela
ovelhas que nela vosso pasto tendes
de ervas vos mantendes, que traz o Verão
e eu lembranças do meu coração
isto que comeis não são ervas, não
são graças dos olhos do meu coração

Esta manhã notei os fardos de palha no terreno que, afinal, este ano não chegou a pôr-se de amarelo e roxo. Entretanto, por esta hora a que escrevo, já os fardos foram encaminhados sei lá para onde, que eu bem vi o tractor e a camioneta. Isto lembrou-me que, durante a última viagem, passando por campos verdes (tantos!), ia cantando cá por dentro os versos de Luís de Camões, que entretanto decidi pôr no título. E, de fotos d' hoje, é certo que as tirei, tanto aos fardos como ao céu do momento, e deixo esta, onde há voo de pássaro e tudo (pelo menos parece), a outra não a deixo porque não está capaz, o zoom não lhe fez jus.