Fez este mês, aos dezasseis, cinco anos que passei a trabalhar a tempo inteiro neste estaminé. Olarila. Esqueci-me de registar, quiçá por não considerar uma data assim tãããããão importante porque, a bem dizer, eu já trabalhava aqui, mas indirectamente, por isso não é assim tãããããão marcante – não é um espaço novo, não é uma pessoa nova e tal e tal. Mas o que eu venho idzer... ai perdão, dizer é que, passados estes anos, quando ligo o computador tendo ainda a introduzir a senha do velho estaminé. Não é deslize de todos os dias, é de vez em quando, mas é, existe, aparece.
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
domingo, 30 de outubro de 2022
Lisboa, Lisboa
Tenho chá com sabor a casa de avó,. E sabe mesmo, já o provei, tem até chocolate, há lá coisa mais avó do que chocolate...?
Tenho chá com propriedades curativas de mau humor. Pois, vamos lá a ver. Ou a sentir. Ou a não sentir, neste caso.
Tenho rebuçados de funcho que é funcho da madeira.
Tenho uma vagem de baunilha que veio directamente de Madagáscar e que pesa cinco vírgula zero seis oito gramas.
Comprei tudo esta manhã no Mercado de Campo de Ourique.
Tirei uma fotografia à esquina de um prédio lá perto mas não ficou bem, provavelmente porque não a queria tirar.
As horas que eram
Sábado
Sempre quero ver se aquilo de mudar para a hora de Inverno e ter mais uma hora de sono não me vai retirar mas é mais uma hora, precisamente, ao sono. É que é coisa acontecida em alguns anos da minha vida, chega aquele dia, ou noite, de recuperar a hora que me foi tirada quando o Verão estava para chegar e pumba, acordo uma hora mais cedo pela hora antiga, logo: acordo, afinal, duas horas mais cedo.
Domingo
Acordei às seis e dezanove da hora moderna, o que significa que acordei uma hora depois. Mas, pesando bem estas questões, acordei à hora do costume, mais coisa menos coisa, e dormi tão mal como costume.
Pétalas com pão
Vi num vídeo uma mulher apanhar rosas antes que a chuvada causasse hematomas nas pétalas. Depois fez compota com a apanha, cheia de mesuras. Em seguida, na hora de amassar o pão pela segunda vez, não amassou, pegou delicadamente numa ponta, puxou e colou-a no oposto de onde tinha puxado. Já tinha pensado que a segunda amassadela no pão lhe tira as bolhas, este parece ser um bom truque para conseguir a tão almejada fofura do pão. No fim preparou pão com compota de pétalas de rosa - o jardim na padaria.
Bola
Na grande loja dos móveis bonitos vi uma bola de natal. Vermelha. Metálica. Com guizo lá dentro. Com furos em forma de estrelas e entradas de chaves de palhetão.
Comprinha
Comprei um caixote para o lixo e já o alindei com os stikers que vinham lá dentro. Os stikers não vieram para alindar mas para designar o quê se põe em qual caixote. Esta novidade pertence a uma coleção de caixotes de vários tamanhos e empilháveis. Querendo colecionar, é usar um caixote para papel, outro para plásticos e tal e tal, e identificá-los então com os stikers. E eu, olha, pus todos num só.
sábado, 29 de outubro de 2022
«Outra vez Gina...?»
Num post aqui há atrasado não vinquei aquela minha de ter deixados os vídeos em segredo desde Abril. Gravei vídeos, começando a lista em Abril e acabando em Setembro, e guardei-os todos até há coisa de duas semanas. Era isto. Deixo agora uma cara de «outra vez Gina...?» É um shot de um desses vídeos, este foi gravado aos dez dias do mês nove.
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Gina, a mulher jovem
Um título assim até vai parecer um site de engates, mas não, eis ao que venho:
Visto-me jovialmente para não parecer tão velha, não para parecer mais nova.
É que o não querer-parecer tão velha retira a risibilidade do querer-parecer mais nova.
Experimentação
Ouvi num vídeo alguém contar que aquando da vida académica lhe foi aconselhado a escrever tal e qual como fala, e isto porque a pessoa em questão tinha dislexia e então os erros ortográficos eram muitos. Hei-de fazer este exercício. Não será vez primeira, 'migos, ai não.
Validação
Acabei de pôr a massa para pizza a levedar. Usei uma farinha que terminou o prazo em Janeiro último e um fermento que está, alegadamente, com menos condições desde Novembro do ano passado. É por causa destas coisas que ninguém quer vir cá a casa. Este post não tem parte com nenhuma das etiquetas que inventei para o blogue, é como se não tivesse validação. Mas tem. Oh, é como a farinha e o fermento, pronto. Hum, quero dizer, agora que referi que «este post» e tal e tal, pumba, já tem etiqueta.
Post levezinho
Pesei uns poucos graminhas de prego ½ galeota numa balança com muita idade. Vem do tempo do avulso, por isso ainda lhe noto restos de cera e de massa de vidraceiro. Não quero raspá-los. Por um lado é preguiça, por outro é história que destruiria. E não é desculpa, se quisesse ser desculpada disto não vinha arejar esta questiúncula do estaminé.
ápêpê
Acho que beber água sem ser mandada devia fazer as vezes dos sorrisos. Digo isto porque estive há umas semanas, durante para aí uma semana e meia, de roda de uma aplicação que ajuda a lembrar pequenos, ou grandes, hábitos no sentido de melhorar a saúde. No meu caso, simpatizei logo com a melhoria do sono. Ora, o sono, tal como todas as nuances da saúde, melhora com hábitos, lá está, saudáveis. Escolhi ser lembrada de caminhar, de ir ao Ginásio, de sorrir e de respirar. E de beber água. O que é coisa que faço amiúde e que, portanto, ia fazer sem ser mandada algumas vezes, por isso é que iniciei este post com um «acho que beber água sem ser mandada devia fazer as vezes dos sorrisos.» , porque, pá, sorrir forçadamente é uma merda. Respirar profundamente idem, mas sorrir por lembrete... oh porra! Aquilo até dava hipótese de fotografar a amarelice dos meus sorrisos, não ficou foi guardado em lado nenhum do telefone, e ainda bem. De resto: pois é verdade que acho um piadão a estas coisas, como aliás presumo que presumam, assim como sei que não tenho assim taaaaaanta paciência para obedecer por muuuuuuito tempo a nada e a ninguém, o que significa então que já estou despachadinha desta tão importante temática. Ah, o levantar e o deitar era também para registar mas, ou me esquecia e passava da hora do registo, ou, em certas vezes, acabava por registar a coisa doze horas depois, houve portanto alguns dias em que acordei para à hora do jantar - de quem janta cedo. - Aquilo há-de ser o AM e o PM a desacordarem com as badaladas daqui deste lado do mundo.
D' hoje
O doce deste sábado é jesuítas, que são aqueles bolos triangulares, feitos com massa folhada, recheados com doce de ovos e encimados por uma fina camada de um creme feito com claras e açúcar em pó e aromatizado de canela e raspas de limão. estou a descrever como fiz e inspirei-me numa receita sita no Instagram. Fazer doces, e até cozinhar, de uma forma geral gosto é do resultado. Na verdade nem sei se gosto assim tanto de fazer doces, ou mesmo de os comer, gosto é de ver o resultado. Não estão maus de todo, os meus jesuítas, já agora refiro. Ah, e sei-o porque, obviamente, comi um. E até já tinha trincado aquelas partes que escorreram e ficaram mais tostadinhas e crocantes. E até mais saborosas. Alguém querendo copiar a receita linkada supra, note bem: usei metade da massa para a mesma quantidade de ovos e de açúcares, ou seja, criei um semi-círculo, não um círculo inteiro como se vê nessa receita, achei que o recheio era curto para tanta massa.
Massa para bolachas
Há montes e montes de tempo que queria experimentar fazer aquelas bolachas holandesas, cujas características mais presentes é serem prensadas e o recheio ser de caramelo. Já gravei um vídeo e já escrevi alguns posts contando acerca desta maravilha da doçaria internacional. Sempre soube que me seria difícil aproximar o aspecto das bolachas, porque, para prensar apenas disponho da máquina de fazer waffles e, comparando, como o tamanho dos quadradinhos das placas é de tamanhão, também já calculava que, no mínimo, ficassem diferentes, e havia ainda a questão de o caramelo derramar e pegar-se às placas. Entretanto, quando a ideia era só uma ideia, revelei ao mundo este intento através das Histórias no Instagram e alguém sugeriu que eu pusesse papel vegetal para aparar o eventual derramamento do caramelo. Ora, eu, levada pela imensa vontade de experimentar fazer estas bolachas e achando a ideia do papel vegetal vitoriosa, fiz então as minhas holandesas. Ah, é verdade, falta elencar um senão, é que as bolachas teriam que ser bem mais grossalhonas que as originais, sabia já de antemão que sendo fininhas jamais conseguiriam reter o caramelo. Então fiz umas bolachas nada (pá, mesmo nada_nada_nada) iguais às bolachas holandesas que conheci em Junho de dois mil e dezanove, mas pronto, é o que é, é o que foi e é o que houve. Foi que ficaram mesmo grossas e houve quem as comesse na mesma. Já agora, pá, o sabor também nada se lhe assemelhou, mas. Mas deixa-me pena, sim, posso, bem sei, apurar técnicas e modos de preparo, só por dizer que, se calhar e tal e tal, prefiro usar o meu tempo com com outra novidades e, ou, ideias.
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Agendíssima
Ando desligada dos meus cadernos no geral, creio até que comprei a agendíssima numa altura desfasada - é tão engraçada e fértil e eu sem vontade de rabiscar-lhe coisinhazinhas. Em meio deste post, ou seja: entre o fim da frase anterior e o começo desta, abri-a para retirar de lá qualquer coisa e vai que dou com este autocolante. Sim, bem sei que é muuuuuito mais fixe dizer stiker, mas eu nunca fui fixe, não é agora que vou ser. Mas o autocolante, não é irónico...?
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
Apetites
Não me apetece actualizar a lista do supermercado e a do peso. A do supermercado porque não quero ir às compras e a do peso porque estou descontente.
Olá, o meu nome é Gina e fui a mãe do noivo.
Ando desde Abril gravando, editando e guardando vídeos onde explano toda a demanda da procura pelo vestido que levaria ao casamento do rico filho e da rica nora. Mas nem só, também itens, questões e receios relacionados com cabelo, unhas e dentes. Não, dentes não, é que malembrei de brincar. Mas dizia eu, agora rectificando, o penteado, a manicure e a maquilhagem. Sim, foi tema também já apresentado neste meu simplório de escrever (o blogue, pois) mas, entretanto, eu ia compondo o tema também em vídeo, e, reforço agora, aaaaaaantes do casamento do rico filho e da rica nora. Ora bem, venho dizer também que os vídeos são um total de catorze. Venho dizer ainda que cada miniatura de apresentação do vídeo tem o mesmo filtro para fazer como que uma marca distintiva. Venho dizer já agora que deixo aqui por baixo a primeira de todas, que conta com a data de captura aos catorze de Abril e a edição aconteceu aos dezasseis de Outubro.
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Folhas lindas
No outro dia falei em "folhas ovais, o que está dentro da normalidade, mas cheia de bicos engraçados” e hoje tenho uma, que mostro já a seguir e på pâ pâ. São umas folhas lindas. E sem pâ pã pâs. Tinha várias comigo, fiz uma escolha, mantenho duas, mas mostro a que considero mais capaz de fazer jus ao que inicialmente havia dito e repeti acima.
Blogosfera
Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, participo em dois blogues colectivos. Um deles (aqui) é bem mexidinho, o outro (aqui) está paradão há anos. Um dia destes lembrei me "ai ó pá deixa lá ver como está o paradão q' há q' anos não entro lá" e mais não sei o quê. Entrei e vi que não havia publicações novas. Au eva, fui por ali abaixo para encontrar e relembrar a minha última publicação e...
ulha!
comentário!
Acedi à caixa. Quem comentou também o fez há q' anos. E eu sem responder. E não vou responder, não tem lógica nem substância, vai-me parecer que estou a falar com alguém que já não existe. Ainda por cima o texto é sobre o meu pai e de como ele matava os pombos. Há portanto aqui muita não-existência. Nem consegui ler o texto, quanto mais. Percebo que parece mesmo que o post anterior tenha algo a ver com este mas não. Tampouco este com esse, nada disso. Calhou.
ulha!
comentário!
Acedi à caixa. Quem comentou também o fez há q' anos. E eu sem responder. E não vou responder, não tem lógica nem substância, vai-me parecer que estou a falar com alguém que já não existe. Ainda por cima o texto é sobre o meu pai e de como ele matava os pombos. Há portanto aqui muita não-existência. Nem consegui ler o texto, quanto mais. Percebo que parece mesmo que o post anterior tenha algo a ver com este mas não. Tampouco este com esse, nada disso. Calhou.
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
Um caminho de minutos
Da casa da senhora ao consultório da menina fée levo um número de minutos que fica entre o 45 e o 50, o que acerta a questão são os semáforos. Eu tinha aberto a janela do corredor do átrio e espreitava as traseiras da avenida quando ela abriu a porta. Virei-me e disse que estava a apanhar ar. Só neste poucochinho que disse já disse bués. Nota: não apontei quantos minutos levei no caminho.
quarta-feira, 26 de outubro de 2022
12152
Gosto daquela ideia de o mundo não me dever nada (atenção, resposta, validação). Proponho-ma certas vezes mas não tenho lá grande foco porque assumo que ninguém me deve nada. É que nem mãe nem pai.
Olá, o meu nome é Gina e fui a mãe do noivo.
No post anterior não referi que a foto que lá está não é minha, tampouco referi de quem é, e é então deste fotógrafo, que foi quem fez a reportagem fotográfica do casamento do rico filho e da rica nora. Actualizando agora o tema, já temos fotos do casamento, iei! São milhares. Já andei a vasculhar e presumo que já tenha passado por todas. E agora tenho que fazer nova passagem e descarregar as que quero publicar. Bom, seja lá como for, está a referência feita e fica o lembrete: doravante, sempre que publicar uma foto deste artista do pixel anoto em legenda.
terça-feira, 25 de outubro de 2022
Diferentes modos
Elisabete Maria, a esotérica, passou com diferentes modos - uma hora mais tarde, no sentido contrário e acompanhada.
Comprinha
Agora tenho um sabonete de, e para, lavar a cara, que comprei após ter terminado o gel. Escolhi um sabonete para experimentar e ver como é para que depois pudesse contar como é que foi e, como ainda dura, ainda estou no presente e venho então contar como é. É bastante confortável no sentir. Fico com a pele fresca, no sentido literal, e sinto que a limpa eficazmente. Daquilo de ser mats económico, já para não dizer ecológico, que também o é, mas dizia eu, daquilo de ser económico, no meu caso duvido fresca, uma vez que, antes de lavar a cara, por impluso, lavo as mãos, tal é o hábito de passar o sabonete nas mãos para (realmente, e passo a repetição) lavar as mãos. Depois de tudo isto, deixo dito que, Incrivelmente, não sinto frescor nenhum nas mãos por lava-las com o refrescante sabonete, mas, já agora, acrescento que as sinto limpas. E o que sería se não, né? Poi zé. A foto abaixo é o dito sabonete instalado na saboneteira mais feia do universo, ambos assentes numa espampanante manta vermelho-tada que use todo o ano. De resto, a embalagem
tem um texto que termina assim: "Testado dermatologicamente e aprovado pelas beldades
de Portugal."
Ora é difícil não me encaminhar ridiculamente até à piada fácil: 'Ah e coiso, a mim não me perguntaram nada!'
Ora é difícil não me encaminhar ridiculamente até à piada fácil: 'Ah e coiso, a mim não me perguntaram nada!'
A boneca que lê
Digo eu a boneca que lê em contraponto com esta que vos escreve, porque pois que não, não mais leu o livro encontrado em cima do muro de pedra, tendo até, oh vejam lá, outro contraponto para apresentar, porque pois que sim, está o dito debaixo do teclado do computador do estaminé. Ah, o livro é 'não, não é este corpo' de Graça Vilhena.
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
domingo, 23 de outubro de 2022
E o ramo calhou a...
Não foi por portas e travessas nem por interposto que o ramo da noiva calhou à rica filha, foi porque, antes, calhara a uma jovem ainda menor e dita a lei do povo que um 'ao calhas' assim não é considerado válido. De maneiras que, olhem, a rica nora depositou o ditoso ramo nas mãos da rica filha. Foi bonito o gesto, lá isso. Entretanto o ramo ficou cá em casa, outrossim não por portas e travessas ou interposto, mas porque a rica filha dormiria cá após a festa e, calhou (ah ah) de à ida se esquecer de o levar consigo. Ela vir buscá-lo ou eu levar-lho seria difícil tarefa, então ficou aqui em casa, envelhecendo. Fui logo pô-lo em água, num copo, alto para fazer as vezes de jarra, e fui observando e fotografando, sem nunca lhe tocar ou o desviar um milímetro sequer. (Esta parte não foi fácil, não...) Tirei quatro fotografias: a primeira dois dias após o casamento (26 de Setembro) e as seguintes com uma semana mais um dia de intervalo (4, 12 e 20 de Outubro). Esforcei-me para que as perspectivas não diferissem lá muito, obviamente não consegui, já a luminosidade e as sombras, isso é praticamente impossível, nuns dias sol, noutros chuva, uma vez a uma hora, outras a outra. Mas isso importa pouco, bem sei, um dia é uma coisa, outro, outra, tudo em cada dia é diferente e, mas, igual e pâ pâ pâ. Bom, deixo então as fotos do ramo propriamente dito, sem filtros de qualquer espécie, contudo, abaixo figura uma outra foto que tirei ontem, essa sim filtrada pela aplicação LunaPic.
sábado, 22 de outubro de 2022
Isto era eu a pensar em Outubro de 2007*
"Isto" sou eu a pensar:
Há uma imagem na minha cabeça quase desde sempre. Imagino-me a espreitar algo sem que me vejam, como se não fizesse parte do mundo em que vivo, como se não pudesse fazer parte dele por tudo me estar vedado e interdito. Porque me imagino só a espreitar o mundo e a não fazer parte dele? Suponho que seja porque ainda o vejo como algo inatingível, como se tudo o que me dá prazer seja, só por isso, mau. Não tenho espaço para deleites. Não posso desfrutar das coisas verdadeiramente boas porque as coisas boas são proibidas e ilícitas. A conclusão que tiro é que este sentimento é uma espécie de culpa por me sentir bem, uma culpa que não deveria sequer existir porque não tem razão de ser.
E pergunto-me se isto em que me transformei será bom. Ou por outra, se isto será transformação pelas experiências vividas ou simples revelação daquilo que realmente sou. Talvez tenha atingido um grau de maturação ideal para este dia e hoje não tenho vergonha do que sou e do que sinto. Ou então eu sempre fui assim mas não me tinha revelado. Poderá ser isso.
Demasiados avisos e demasiadas reprimendas: "não mexas aqui", "não brinques com fulano", "não digas", "não chores", "não sejas assim", "não faças", não sintas dessa maneira", "não está bem", "cala-te", "não podes"... Adquiri o hábito de achar que estou sempre errada. Estou convencida de que está sempre tudo mal em mim. Sempre fora de tom, de compasso e de contexto. A minha maneira de ser e de sentir não deveria ser esta e nunca estou alinhada com nada nem com ninguém. Sou sempre questionável e estou sempre à parte. E agora dei nisto.
Hoje estou liberta de ideias concebidas por outras cabeças. Estou por minha conta e não tenho máscaras. E então em que é que fico? É bom ou é mau? Não querendo repetir-me mas repetindo-me na mesma: estou optimamente mal assim como estou... é isso.
É bom. Muito, muito bom.
*Porra, estou tãããããããããão diferente!
👀
Olá, o meu nome é Gina e fui a mãe do noivo.
Dança tudo, ó Gina, ia-m' eu dizendo no tempo da festa. E dancei. Dancei tudo. Tudo. Não deixei nada por dançar. Nada. E numa ânsia de tudo ou nada, sim, isso mesmo, foi o que me lembrei agora. Estava tão dançarina, eu, que, altas horas da noite, sentada, convivendo, toca uma música clássica e eu, não querendo levantar-me, dancei com o tronco, os braços e as mãos. Ou era da alegria ou então é das melodias mais intuitivas que encontrei até hoje. Ora ouçam lá e deixem-se ir atrás dos ímpetos que os acordes vos ditarem. Não tornei a experimentar dançar do mesmo modo não vá o movimento não descer em mim, mas, publicando este post, torno. Não sei é se venho cá dizer qualquer coisa.
Nota: no vídeo que escolhi o frenesim começa aí pelo minuto e meio e o auge dá-se ali pelos dois e poucochinho.
Sorrisos
Às vezes cruzo-me pessoas me sorriem depois de observarem, ficando eu a pensar que fui como que avaliada e aprovada. Fico estranha com a sensação. É boa e má. Podia ser má interpretação minha. Não é, não.
Fios de cabelo
Num dos posts que publiquei ontem há duas fotos com fios de cabelo. São meus. Considerei que engrossariam com o filtro limpar do editor de fotos do telefone e considerei o que é verdadeiro porque parecem mais grosso com filtro do que sem. É um facto que tenho o cabelo de um comprimento como há muitos anos não tinha. Lá que deu jeito para fazer um apanhado simples, mas bonito, aquando do casamento do rico filho, deu, mas não foi questão de planeamento nem nada que se pareça. Foi acontecendo, pronto. Gosto de ter o cabelo assim, mas aborreço-me em simultâneo. Gosto porque estou difeente, aborrece-me porque se cola ao pescoço. Bem sei que vem aí a porra do frio e tal e tal, e é por isso mesmo que por ora não penso em cortar. Quanto a mim, uma das grandes questões deste meu (novo?! hum, já não deve ser...) corte de cabelo é que a franja fica parva para aí em mês e meio. Dois, vá. E, como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, se há lugar que vou porque o bem-parecer a isso me obriga, é o cabeleireiro. Mas pronto, vai-se vivendo. Aliás, em tempos fiz no blogue toda uma novela em torno da escolha de um salão de cabeleireiro, uma vez que não estava satisfeita com o que mantinha nessa altura. Enfim.
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Lisboa, Lisboa
E pronto, temos então as montras de algumas lojas repletas de abóboras devoradoras, bruxas malvadas, aranhas nojentas em densas teias, enfim, um pouco de tudo o que lembre o susto e o horror. Nem tudo é para vender, há no comércio quem enfeite assim, mas eu, que ando sempre à procura do óbvio, gostava de encontrar, por exemplo, uma abóbora que não tivesse um ar comilão. Mesmo que fosse daquelas só de enfeitar, vê-la e sabê-la já ficava uma beca satisfeita.
Anunciador
Um espirro foi anunciador de presença porque uma senhora se virou para trás e perguntou:
'Minha senhora, sabe-me dizer onde é que é aqui a Loja do Cidadão?'
'É aqui algures...'
Perscrutei o outro lado da rua e avancei:
'É já ali, olhe, está a ver?'
E estávamos.
'E 'Lisboa, Lisboa' é.
Lenços de assoar
Há nova coleção cá em casa de lenços de assoar. São infantis. Os pacotes dizem mesmo 'kids'. São bem coloridos e tudo, para chamar a atenção da petizada. Ou então como referência a vida no auge da energia. Da loucura. Do não-saber. Enfim,. Há, de novo e então, seis pacotes com quatro desenhos.
Um tem um balão quadrado com uma cara gritando em horror pelo voo, há um pequeno coração, um triângulo e um quadrado, e, no verso, dois desses balões enamorados, esses têm os olhos em forma de coração e a boca num grito aflito mas ao momento não voam, pelo menos é que apuro, uma vez que o fio está esticado
Um tem um monstrinho com a língua de fora, coração e quadrado ali ao pé dele, parece divertido e, do outro lado, uma coração giganta ri, mostrando uma dentadura com aparelho, e quadrado e triângulo
Dois têm uma sereia de cabeça para baixo, vejo-lhe essa posição porque a cabeleira sucumbiu à gravidade, e coração, do outro lado aparece o rabo da sereia, e quadrado e triângulos
Dois têm um quadrado com olhos esbugalhados e uma dentadura que aparece com ausência de lábios, parecem uns recortes, há coração e triângulo, sai-lhes braços, um é cortado abruptamente, não sei calhou assim por corte no embalamento, no outro tem uma mão que chega ao outro lado e tenta alcançar um sol com sorriso só de dentes, há coração e quadrado
Uniões
Coligir será unir pontos, pensei eu. Consultei o dicionário e percebi que, não sendo exactamente isso o que quer dizer, lá vai parar.
Pequeno-almoço
Ligar a torradeira e não pôr o pão lá dentro também é distração.
E é maior distração do que a outra distração que tive.
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
As horas que eram
É engraçado que o relógio da torre mostre quase sempre as dezasseis e trinta e dois mas eu gostava de mostras diferentes mais vezes. No outro dia mostrou-me as dezassete e trinta e dois. Mudou a hora, manteve os minutos. Quase lhe adivinho o sistema, só roda (rodou) o ponteiro pequeno, o das horas.
Lisboa, 21 de Outubro de 2022
Contei quantos anjos dourados tinha o primeiro quarteirão da praça mai linda de Lisboa e são sete, perfazendo assim dez com três que havia contado (e dito no blogue) no outro dia .
Lisboa, Lisboa
😁 Vi umas folhas de um feitio mesmo giro. Ovais, o que está dentro da normalidade, mas cheias de bicos em grande, muito diferentes portanto das da árvore amarela.
😁 Vi umas pedras da calçada que terminavam abruptamente. é plano que vejo amiúde, sim, mas ocorreu-me pela vez primeira que a visão parece um precipício em Lilliput.
😁 Vi umas pedras da calçada que terminavam abruptamente. é plano que vejo amiúde, sim, mas ocorreu-me pela vez primeira que a visão parece um precipício em Lilliput.
Sonho
Sonhei a noite inteira com a subida de uma rua que subi ontem. Era só subir, nunca descendo, mas voltava a subir, uma vez e outra e uma vez e outra. E chovia aos bués. Durante a dita chuva tirei uma foto que está lá mais abaixo.
Venho alterar este post após a publicação (feita ontem), noto-lhe a falta da foto referida no link acima. No momento do clique estava a chover aos bués, como no sonho que contei, mas compreendo que não se note nada, eu própria, que presenciei o momento, na foto não noto chuva, noto é tempo chuvoso, isso sim. Eis então a foto:
Lisboa, Lisboa
Voltei à moda antiga das minhas, 'Lisboa, Lisboa'. São fotos conseguidas por aí. E são d' hoje. Já a do post anterior é o mesmíssimo hoje d' hoje. As outras antes desse é que não, como presumo que dê para perceber.
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Directamente 2022...,
Diretamente...,
Do blogue…,
Lisboa 2022...
Pois é. É 'Lisboa, Lisboa' é.
Já em tempos publiquei no blogue uma foto com esta assinatura. Não encontei o post, por isso não deixo link.
12121
Sempre quis publicar um post como o anterior {e o de hoje a dar em capicua...😂😉}, somente o número em que vai e mais nada. Foi ontem, sucumbi ao encanto do insignificante. Na verdadde não me apetecia era publicar porra nenhuma mas continuo com o desejo de o blogue ter publicações todos os dias da sua vida. Não sei há quantos anos dura este não-pares-ó-Gina mas já são alguns (não menos de quatro). Deixo agora fotos, todas de ontem.
quinta-feira, 20 de outubro de 2022
quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Lisboa, 19 de Outubro de 2022
Aquilo de ter visto enfeites de Natal ontem e achar que, por exemplo, anteontem não estavam lá é uma questão acontecida. Digo isto porque hoje passei por enormissimos anjos dourados, apoiados no chão, com harpas e tudo, na praça mai linda de Lisboa. Parecem a postos. Quem sabe toquem as harpas. Era giro. São muitos. Pensei contá-los quando ia para aí a meio do primeiro quarteirão e portanto já não quis. Contei foi os do segundo, que são três. Amanhã não, que não posso, passo lá e conto-os. (Depois de amanhã é o anteontem de hoje.)
A oitava árvore que encontra do lado direito quem desce a rua mais bonita de Lisboa.
Estes ós são-no porque cortaram ramos à árvore. Eram bem grandes, atravessavam para aí três quartos de rua, daí o corte. Num desses ramos prendi um papelinho mensageiro com uma mola de madeira daquelas da roupa. Foi giro enquanto durou, todo um filme aqui no blogue. Um filme de letras, claro. Mola dependurada era como chamava ao tema.
terça-feira, 18 de outubro de 2022
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