sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Dias de uma grafómana

No mais comum dos meus dias de grafomania está uma espécie de desespero pela falta de gente parecida comigo, o que traz obviamente uma certa solidão, já para não dizer que me sinto desfasada do mundo, como se não lhe pertencesse, como se vivesse num postigo que abro quando quero e daí recebesse o carinho e a credibilidade, como se as pessoas me vissem apenas pela metade. Não quero com isto dizer que o acto de escrever me traz uma infelicidade do caraças mas também. Posto isto, é obviamente raro receber vibrações positivas da parte de quem lê o que escrevo, e é ainda mais raro recebê-las in loco, mas foi o que aconteceu, e aconteceu à conta daquela frase que escrevi no estaminé. Uma cliente mirou-a atentamente e perguntou ao meu colega: «Quem é a Gina?», isto porque assinei, e ele respondeu que era eu. Não assisti a esta parte porque estava lá para dentro, mas quando cheguei à parte iluminada do estaminé ouvi-a perguntar se podia tirar uma fotografia e vi-a subir para o banco-escadote, um tanto ou quanto instável, mas, mediante os avisos e cuidados do meu colega, à laia de despachada, respondeu-lhe que não se preocupasse, ela estava habituada. Fiquei convencida que a senhora queria fotografar o porta-talheres ou o fogareiro, que são elementos vindos do velho estaminé e que fogem ao 'tema' daqui e estavam no seu campo de visão. E sim, chegou a passar-me pela cabeça que ela queria fotografar a minha frase, mas não me fixei nessa ideia, é frequente alguém a notar, pois é, depois lê-la, estranhá-la e não a perceber. Já houve até quem dissesse que está mal pontuada e por isso é que não a percebeu. Bom, tudo bem, eu sei que não está mal quem não percebe o que escrevo, e sei também, e ainda mais e melhor, que não sou eu que estou mal se não percebem. Mas porra, quando percebem, eh pá, a sério... Ai. É que eu não sei se estão a ver a cena, uma senhora subiu a um banco para tirar uma fotografia a uma frase que fui eu!que criei, e percebeu-a! e levou-a com ela! para a recordar!
Emocionou-me bastante, este episódio foi especial para mim, mas não quero estendê-lo mais. É esta a frase em questão:


«Sei. Porque tenho memória, sei.»




não ilustrei o post com uma foto mais ou menos na mesma perspectiva que a da senhora porque a meu ver retirar-lhe-ia importância



Luzes

As luzes de Natal da Avenida Guerra Junqueiro também já luzem, que vi eu há bocadinho.

Lisboa, Lisboa

Cada pingente destes pesa para aí um quilo.

Dias de uma grafómana

Que grafómana, pá. A apontar as coisinhazinhas na casa do cliente.

Dias de um Ginásio

Que grafómana, pá! A apontar as coisinhazinhas dentro do cacifo do Ginásio!

Novas etiquetas em 2019:

Das fotos;
Da blogosfera;
Do blogue

(a ver mas é se não me esqueço)

Bom dia!

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Luzes


É Natal em todas as partes que visito ou calcorreio. Ocorre que, porém, na minha casa é mais ou menos Natal, pois a caixa das coisinhas de enfeitar e a árvore ainda desfeita estão no chão da sala.
No Ginásio há luzes pequerruchas em todo o comprimento de todos os corrimões, que são muitos. Quando lá passo entalo uma dessas luzinhas entre o polegar e o indicador. Gosto da quentura, gosto da luz abafada, gosto de... fazer isso, em suma.
Na Praça do Comércio há linhas de luz em cada janela e porta de cada edifício. Se não for em todas, peço desculpa, com a certeza que vocês continuam a gostar de mim na mesma. Já lá está também o cone gigantesco a fazer as vezes da Árvore de Natal maior de Lisboa, quiçá de Portugal, quiçá tenham almejado ser mas é do mundo.
Quando vi que tinham ligado as luzes da Rua Morais Soares fiquei excitadíssima, oh céus, oh céus, oh céus. A Avenida Guerra Junqueiro, ainda não fui lá de noite mas palpita-me que estão também ligadas.
Entretanto, hoje de tarde, ao entrar num prédio aí assim, dei com este enfeite:






De resto, como já acima fiz anúncio mas repito porque sim, na minha casa ainda não é Natal em forte e explicitamente.

Folhas às cores

Das folhas que habitam a foto abaixo, uma veio da Avenida João XXI, a outra da Praça de Londres, isso sei eu, mas não registei de onde vinha qual. A Avenida João XXI é pródiga em diversificar as cores de Outono, no que toca a folhas de árvores. Vai do verde amarelado ao amarelo, do amarelo ao alaranjado, do laranja ao avermelhado, do vermelho ao bordeaux. E notem que o remetente de todas estas cores é o verde e o destinatário de algumas é o castanho muito escuro, que, se assim lhe chamo, é por dar pena chamar-lhes ume cor podre.





Dei primazia à folha bordeux sem intenção de o fazer, mas lá que a considero mais bonita do que a amarela, considero. Às tantas foi instintivo... Os gestos são sempre reveladores e decisivos.

Balanças


Há uma balança que todas as semanas me recebe.
Há uma balança que me recebe de vez em quando.





A primeira balança está-me à disposição mas e sem pessoas e meto-me em cima dela sem pejo.
A segunda balança não, esta interage com montes de gente mas pode eventualmente acontecer eu olhar para ela sem ninguém estar a olhar para mim e vai que pumba e coiso, é sem pudor que subo.
Em ambas as situações sinto, isso sim, medo, por isso escolhi a imagem que escolhi.
Não, não gosto de me pesar. Sim, não gosto de me pesar porque excedo o razoável. Não, não estou a fazer dieta mandada pelo senhor doutor, tampouco estou apoiada em fármacos emagrecedores. Sim, tenho vindo a alterar a minha alimentação por sentir que estava estupidamente errada, bem como os exercícios. Frequento Ginásios há anos suficientes para saber que é, no mínimo, boa ideia incluir 'novidades' no programa de exercícios.
A primeira balança é electrónica e é tudo menos fiável, tão depressa tenho menos um quilo e meio que na semana anterior como dois a mais.
A segunda balança é mecânica e é tudo menos fiável, por muito 'diferente' que me sinta, por mais folgada que me fique a roupa, a verdade é que a porra do ponteiro aponta sempre ao mesmo.
Posto isto, pronto, ó pá, atão, devo estar naquele ponto tão meu conhecido: ainda bem que ninguém me nota mais magra, assim é sinal que não notaram quando estava mais gorda.

Bom dia!

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Laranjas

Agora dá para sentir saudades do sumo de laranja ao pequeno-almoço. Tenho espremido poucas, andam ainda muito ácidas. Eu bebê-las, bebo na mesma, mas gosto que tenham um tiquinho menos de acidez. Mas hoje, já noite cerrada, planeio que amanhã de manhã haja sumo de laranja para a menina. Ácido aos bués, ok, tudo bem.

Novidade

Sim, o novo computador já está em casa, no chão do quarto azul. Abrimos a caixa para ver se continha tudo o que compráramos, e continha, mas lá instalar o dito, é que não se instalou, que aquilo é coisa demorada e o trabalho anda em tanto que só lá para sábado é que a cerimónia se vai dar, e eu quero pompa com funfuns e gaitinhas. Entretanto tenho feito a minha vidinha do costume, isto blogamente falando, sabem como é, vou escrevendo e publicando através do móves. Isto se me dá na cabeça, pois que se não dá, nada escrevo ou publico. Contudo, registo que, por mor de o pc velhinho andar longe da fiabilidade, forço um bocado esta coisa de publicar coisinhazinhas durante o dia através do móves. Lá isso é verdade.

Intervalo grande

Hoje foi dia para dar uso ao que dantes era - e chamava-lhe eu - o intervalo grande. Contou então com passagem na avenida dos enfeites e das castanhas assadas mais reconhecidas de Lisboa, ida ao lugar da musa, do qual trouxe um pacote de açúcar que me disse 'may the coffee be with you', and it was.
Não foi bom lá estar, ninguém me falou, não senti o conforto da companhia. Claro que isto de mim nasceu, eu que falasse, eu que bafejasse, eu que, eu que. E não continuo porque estas coisas costumam ir dar à culpa. Mas escrevi e publiquei um post, sim senhoras e senhores, portanto até me acompanhei, só que foi em poucochinho e acabou a conversa. Depois fui até ao escritório do senhor doutor executar a tarefa de sempre, que implica subir as escadas de sempre, olhar a janela de sempre, a qual, hoje, e por estar fechada, me impediu de ver o jardim de outros tempos que estão ainda mais longe. Resumindo: vivi, não revivendo senão a hora de voltar para o estaminé. Sério. Quando vi as catorze e quinze no relógio senti o impulso do antigamente: Gina Maria, vai mas é trabalhar, vá. E cá continuo eu, parvamente cumpridora, como sempre, oh ca porra.

O bicho do ouvido

Andei montes de tempo com uma comichão no ouvido. Não sei a causa, mas durante os montes de tempo que a comichão durou ponderei se não se deveria a um pelinho do cotonete.
Decidi firmemente que durante as próximas cinco ou seis vezes que molhar os ouvidos não os secarei com cotonetes. Hum-hum.
Ah, durante a comichão imaginei que, sendo bicho ou coisa do género que por ali tivesse entrado, se afogaria no líquido estabilizador que a gente tem cá dentro - sabem? aquele do equilíbrio? esse mesmo – mas, contudo e entretanto, se afogado foi o bicho, eis que demorou um ror de tempo até que.
Este post tem também - já agora aproveito para registar mais istozinho – o receio enormíssimo de não ser o! cotonete mas a! cotonete. O que é um ganda problema. Poi-ié.

«escolhe bem onde pões os teus desenhos, porque se os pões em todo o lado, eles deixam de ser especiais»




o título deste post foi o que ouvi a Marisa Lis dizer a um concorrente do The Voice Portugal, o que me impressionou deveras por ser tão eu:

Gina, a blogger apressada em mostrar as suas criações

Varizes

basta pôr um sorriso falso
que logo se fica com ar de boa pessoa

Post chateado

Cliente:
Hum, lá venho eu chatear...
Eu:
Ai é? Então chateie, vá.

Lisboa, Lisboa

Lisboa da vida amarela, da pega amarela.


Almoço

O meu olhar atravessa uma mesa para quatro, uma montra frigorífica que é a casa da chicha e do peixinho até que, e pousa num homem que escuta música através de auriculares, e dança. Aparentemente não sente pudor, contudo apresenta os olhos fechados. Seja lá como for, ele está a ser e a fazer o que eu gostava de conseguir.

Vida amarela


Bom dia!





No post anterior saltei um registo importantíssimo:
A árvore amarela está nua. Considero cedo para tal situação, parece-me que no mais dos anos a nudez se deu lá mais para a frente, assim rentinho ao Natal, vá, mas pronto, a Natureza sabe das suas coisas.


terça-feira, 27 de novembro de 2018

Vida amarela






E eis a vida amarela! Acima é a árvore amarela com filtro amarelo vezes dois. Abaixo é a mesma foto em estado virgem, por me parecer uma ideia fantástica não a descartar. Afinal trata-se da árvore amarela, né?, sempre especial, dispensa filtros e mais não sei o quê.





segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Mázona

Naquela zona não olham para mim. É que sou tão alta que ainda partiam os pescoços. E, não chegando a parti-los, arranjavam, pelo menos, umas coisas, que tanto poderiam ser umas quaisquer como quaisquer outras, e com dores muito fortes.

Fosse eu capaz

Forçar-me a ver a vida amarela e não a ver logo logo logo cinzentona. Fosse eu capaz.

nã é facas espetadas na cabeça
ni línguas d' atravessado
é pá luz

Notei os enfeites

Notei os enfeites de Natal da avenida, todos lindinhos e alinhadinhos a tocar no céu, oh! Foi então que dei de caras com o edifício do Ministério do Trabalho e toda a lindeza ruiu.

Lanchinho do 'valerá a pena?'

Comi uma pera e aguardo o resto da tarde. Mais logo vou cansar-me no Ginásio e aguardo o resto da noite. Como a sopa. Olho para o computador. Olho para o telemóvel. Deito-me. Durmo. Acordo.
O que vale a pena está nos intervalos entre o ponto final e a maiúscula, daí concluo que é fácil escrever dos tempos mortos, bem como do previsto.

As caixas d' óculos

A vizinha da vizinha Gislena ficou toda contente por eu ter que pôr os óculos para ler as características do artigo que ela queria comprar. É uma mistura de sentimentos, oh se é, que eu bem sei, mas põs-se ali um sorriso e pronto, ficou-se gente da boa. Ah pois foi.

Novidade

Já tenho pc 'migos. Comprado está, só falta vir de lá. Ai.
E eis surgida a SMS! É só ir lá buscar! Ai.

Bom dia!



Ó pá atão cá tamos, no estaminé, a olhar destemidamente pó móves, que encostei alegremente ao pc.
É um bom-dia a preto e branco mas é um bom-dia.

sábado, 24 de novembro de 2018

Planos completamente coisos

Eis que não fui ao supermercado, não ouvi o hino das Destiny Child, qual stand up for life and for love, qual quê... O carro não pegou, não tinha bateria, se bem que, por mor de solicitação ao vizinho que passava, lá teve o seu conserto. De maneiras que, o carro estando a cantar, foi levado para longe para aquecer até mais não. Mas ir somente ali assim acima comprar as comprinhas era passeio curto para recarregar o bichinho. Então o Luís levou-o com ele para o estaminé e eu para aqui fiquei. Sem compras. Bom, a pessoa o mais que pôde fazer foi entregaer-se ao remanescente da despensa e do frigorífico. Ontem revelei ao mundo alguns pertences do meu congelador mas hoje revelo que não usei nenhum desses mas sim uma massa folhada que lá estava há dias, pois que me havia dado na cabeça fazer um vídeo com a receita da minha massa, acabando por ficar a meio, que outros afazeres tiveram mais força. Optei então por congelar a dita massa, que hoje descongelei, como já referi. Pus-me a fazer para o almoço uma espécie de pizza e uma tarte Tatin, das ditas como deve ser, uma vez que já possuo uma frigideira daquelas que são tão apaneleiradas mas tão apaneleiradas que vão ao forno sem lhes derreter a pega. Pois. A espécie de piza ficou, não só uma beleza, como de bom sabor e textura. A tarte ficou medíocre em aspecto, em sabor e em textura. Mas olhem que é como a bota da tropa - também marcha, ah pois. De jantar, tenho no forno um gratinado de massas com espinafres e ricota. Estes últimos itens pertencem a uma mistura que congelei quando fiz ravioli num fim-de-semana lá atrás no tempo. Tipo assim de repente lembrei-me daquilo e pumba e coiso, usei. De resto está tudo bem comigo, obrigadinha.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Black Friday



A minha sexta-feira preta foi vivida ontem, quando comprei duas camisolas. De nada, ora essa.








Na foto acima sou eu que lá estou, num outro dia, em provas, outras provas, num provador, outro provador. A foto está com um efeito parvo porque não comprei a camisola que lá aparece, e não comprei porque o decote colidia com o conforto, embora se amigasse mais que muito com o decoro.


Planeando o fim-de-semana

No congelador tenho uma sobra de massa de bolo de banana e um sumo de amoras. A massa sobrou porque fiz a quantidade para um bolo em forma de buraco mas na hora do despejo fi-lo em forminhas de queque, vai daí: sobrou. O sumo fi-lo meio à pressa, tinha comprado um pacote de amoras desidratadas mas acontece que a validade é curta, de modo que, como o pacote exemplificava que o seu conteúdo poderia servir para fazer sumo, eis que. Como o fiz à pressa, como já referi, resolvi congelá-lo porque o usaria numa próxima data, isto já com a ideia de o utilizar como cobertura de cheesecake, se bem que para isso teria que juntar açúcar e pô-lo ao lume até reduzir para aí até à metade. Ainda assim, ainda tendo o que tenho no congelador, não sei o que faça para nos adoçar a mente e o corpo. No outro dia fiz barritas (dizem eles que energéticas mas eu acho que são mas é gulosas e podem ver a espécie de receita aqui), umas de tâmaras, outras de alperces, e estas ainda se encontram a forrar o meu frigorífico. São, portanto e obviamente, as menos gulosas. De maneiras que sei lá eu o que vou fazer amanhã, né? Irei às compras, isso irei, 'stand up for life', cantarão as Destiny Child no leitor de cds e há também uma altura da canção em que cantarão 'for love' que eu bem malembra.

Lisboa, Lisboa

Olá, bem vindos a mais um post

Olá, bem vindos a mais um blogue

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Estou tão contente... Dois dos os pêcês da minha vida agiram em conformidade, levando assim os meus escritos ao bom porto, que é este blogue. Boa noite.



























Pois é. É Natal, é.

Quando é Natal, o mundo divide-se em dois grupos de pessoas:


as que não suportam a azáfama, a obrigação de comprar prendas e até as canções 'I don't care about the presents underneath the Christmas Tree', óié pois é bebé

as que se encantam com a mais banal iluminação ou enfeite, crianças felizes com brinquedos que usarão não mais que dez mintuos e marimbam para a hipocrisia por a saberem presente em qualquer altura do ano


Faço obviamente parte de um dos grupos e é óbvio que é ao que tem mais pinta.

Dias de um Ginásio

Na hora do repouso, deitada no colchão, noto o tecto do Ginásio: que cheio está, penso. Enumero agora: telhas, vigas, ventoinhas, holofotes, candeeiros e mais toda a parafernália necessária em termos de fixar tudo isto e ligar a corrente eléctrica. Ah, há um caiaque entalado nas vigas, que é o item mais interessante, a bem dizer e a comigo ver... Hum, quero eu dizer se quiserem ver isto comigo.

Descontozinhos

Tenho o agrupado de cupões de desconto - da revista Lusitana – por ordem de prioridade. Os ditos constam então de:
1 óleo+1 pão ralado
2 bruschetas
2 preparados bolos
2 farinha pão
2 farinha bolos
2 toppings
3 mousses
Ordenei-os assim, achei que dificilmente vou comprar mousses instantâneas e facilmente retiro das prateleiras do supermercado uma garrafa de óleo e um pacote de pão ralado. Relativamente ao entremeio destes dois, são coisinhas que não me interessa assim lá muito colocar nas minhas prateleiras.

ai ó pá, não há nada que me sirva

Lisboa, Lisboa

terça-feira, 20 de novembro de 2018

No sofá azul






E agora resta dizer que de sofá, isto na minha sala, jazem as suas almofadas, pois que a estrutura mostrou-se doente, de anca quebrada, o que resulta numa sala completamente desfigurada. Contudo, há esperança no porvir, onde está, outrossim, o Natal. De modo que, a tal da esperança, é a de que a minha sala ganhe compostura até essa data.



Ele há coisas do camandro.




Porra.




Não tenho o! sofá azul.



Ah, e não, a imagem não é de hoje, mas que ilustra, ilustra.



Quadrados a preto e branco

Posts atrasados

Ontem, chegada a casa, dei com um entrave aqui assim no pc de casa, que lhe deu na mona não ser compatível, outra vez. com os documentos escritos que trago do estaminé. Hoje, munida de paciência,  lá descodifiquei um modo de publicar o que ontem redigi. Ah, e desculpem lá esta fonte assim toda pó esquisito, mas é que por ora é o que há e, para mais, o melhor é publicar já isto hoje, pois se hoje já pouca pilhéria têm estes assuntos, muita menos vai ter amanhã e adiante.


H a v i a   t a n t o   t e m p o   q u e   a   d o n a   A d e l i n a   n ã o   s e   d e i x a v a   v e r   q u e   a p a n h e i   u m   t e m p o   d i s p o n í v e l   e   f u i   b a t e r - l h e   à   p o r t a .   Q u a n d o   m e   p u s   a   c a m i n h o   e s t a v a   q u a s e   c e r t a   q u e   a   m o r a d a   d e l a   e r a   a   r u a   t a l ,   n ú m e r o   c o i s o ,   a n d a r   n ã o   s e i   q u ê .   N e m   q u i s   c e r t i f i c a r - m e   d a   m o r a d a ,   q u e   ó - p á - v e j a m - l á   e s t a v a   d e n t r o   d a   m e m ó r i a   d o   m ó v e s   q u e   e s t a v a   d e n t r o   d a   m i n h a   m a l a   m a s   n ã o   m e   a p e t e c i a   n a d a   p r o c u r a r ,   e   d e p o i s   d e   c e r t e z i n h a   q u e   a   m o r a d a   q u e   e u   t i n h a   n a   m e m ó r i a   c o i n c i d i a   c o m   a   d o   m ó v e s .
S ó   q u e   n ã o ,   n é ?   É   q u e   t a s s e   m e m a   v e r . . .   A c e r t e i   a p e n a s   n o   n ú m e r o .   P e r c e b i   i s s o   q u a n d o   a o   t o q u e   d a   c a m p a i n h a   s e   c h e g o u   u m a   s e n h o r a   à   v a r a n d a ,   c o m   u m   a r   d e   d e s c o n f i a d a   d o   c a r a ç a s .   S a b e m ,   a q u e l a s   v e l h i n h a s   q u e   m a s c a r a m   o   m e d o   c o m   a   d e s c o n f i a n ç a ?   E s s a s   a í .   T i p o :   A h ,   A d e l i n a   n ã o   c o n h e ç o .   A d e l i n a   n ã o   é   a q u i .   E   e u :   p r o n t o ,   d e i x e   e s t a r .   P r o n t o ,   d e i x e   e s t a r .
C o n s u l t e i   o   m e u   m ó v e s ,   n o t e i   o   e r r o   q u e   t a n t o   a b a l o   d e u   à   v i d a   d e   a l g u é m ,   a p r e s s e i - m e   p a r a   a   m o r a d a   c e r t a ,   t o q u e i ,   e s p e r e i   u m   b o m   b o c a d o ,   e   n a d a .   M a i s   t a r d e ,   p o r   f o r ç a   d e   c i r c u n s t â n c i a s   n ã o   d e s p o l e t a d a s   p o r   m i m ,   f i c á m o s   t o d o s   a   s a b e r   q u e   a   d o n a   A d e l i n a   c a i u ,   p a r t i u   u m a   p e r n a   e   e s t á   h o s p i t a l i z a d a .   A g o r a   a n d o   a   v e r   s e   a r r a n j o   t e m p o   p a r a   l h e   l i g a r .   Q u e   t a l   a g o r a   m e s m o . . . ?
J á   l i g u e i .   J á   l a r g o u   o   h o s p i t a l   e   a n d a   p o r   c a s a .   F i q u e i   c o n t e n t e.




D e  m a n h ã  o u v i  n a  R a d i o  q u e  h o j e  é  d i a  d a  c a s a - d e - b a n h o .
E h  p á . . .  p ro n t u s . . .
P o s s o  d i ze r  q u e  a q u i  a  d o  e s t a m i n é  d e  m o m e n t o  t e m  o  p a p e l  h i g i é n i c o  e m  e x c e s s o ,  t a n t o  q u e  h á  t r ê s  n a  b o r d a  d o  b i d é .  R e g i s t o  a i n d a  q u e  e s t ã o  t o d o s  e s t r e a d o s ,  q u e  e u  c á  qu a n d o  t u n g a s  a g a r r o  n u m  a o c a l h a s  e  v a i  d i s t o .
P o s s o   d i z e r  q u e  a  c a s a - d e - b a n h o  d o  m e u  f a u s t o s o  l a r  - é ,  a  g e n t e  l á  e s t a n d o  é  u m a  f e s t a  - l h e  f a l t a ,  a f i n a l ,  o h ,  l i m p a r  o s  m ó v e i s .  É  q u e  m a s q u e c e u .  S é r i o .  A n d e i  n o  s á b a d o  a  m a n d a r  o  b l o g u e  d i z e r  a o  m u n d o  q u e  h a v i a  d e  f a z e r   i s t o  e  a q u i l o ,  d e n t r e  e s s e s  o  l i m p a r  q u e  j á  m e n c i o n e i ,  e p u m b a ,  a c a b e i  p o  r m a s q u e c e r  d e s t e  i t e m .  E  a i n d a  p o r  c i m a  v i m  d e  l á  p a r a  m a n d a r  o  b l o g u e  d i z e r  q u e  s i m  s e n h o r a s  e  s e n h o r e s , e s t a v a  t u d o  l i m p i n h o .  O h .  E  c o m o  é  q u e  e u  s o u b e  d i s t o ?  Q u a n d o ?  H o j e  d e  m a n h ã !  P o i s !  D e i x e i  a  e m b a l a g e m  d e  p i s t o l a  p u l v e r i z a d o r a  e   c o m  d e t e r g e n t e  l i m p a d o r  a l i  m u i t o  p e r t o ,  o b v i a m e n t e  c o m  a  i d e i a  d e  l i m p a r ,  v a i  d a í  j á  s e  p e r c e b e u  o  q u e  n ã o  a c o n t e c e u .


Este post foi alterado posteriormente à publicação. A dona Adelina e o Dia de (disseram na Radio) - estes últimos mais em concreto a minha ideia de os registar no blogue - merecem que os textos sejam publicado no blogue com uma fonte como deve ser, portanto: perfeitamente legível, uma vez que já consegui lá chegar. Ei-los então, os dois posts que apresentei acima, assim todos escaganifobéticos, só que agora já não. Então vá:



Números


Havia tanto tempo que a dona Adelina não se deixava ver que apanhei um tempo disponível e fui bater-lhe à porta. Quando me pus a caminho estava quase certa que a morada dela era a rua tal, número coiso, andar não sei quê. Nem quis certificar-me da morada, que ó-pá-vejam-lá estava dentro da memória do móves que estava dentro da minha mala mas não me apetecia nada procurar, e depois de certezinha que a morada que eu tinha na memória coincidia com a do móves.
Só que não, né? É que tasse mema ver... Acertei apenas no número. Percebi isso quando ao toque da campainha se chegou uma senhora à varanda, com um ar de desconfiada do caraças. Sabem, aquelas velhinhas que mascaram o medo com a desconfiança? Essas aí. Tipo: Ah, Adelina não conheço. Adelina não é aqui. E eu: pronto, deixe estar. Pronto, deixe estar.
Consultei o meu móves, notei o erro que tanto abalo deu à vida de alguém, apressei-me para a morada certa, toquei, esperei um bom bocado, e nada. Mais tarde, por força de circunstâncias não despoletadas por mim, ficámos todos a saber que a dona Adelina caiu, partiu uma perna e está hospitalizada. Agora ando a ver se arranjo tempo para lhe ligar. Que tal agora mesmo...?
Já liguei. Já largou o hospital e anda por casa. Fiquei contente.


Dia de (disseram na Radio)

De manhã ouvi na Radio que hoje é dia da casa-de-banho. Eh pá... prontus...
Posso dizer que aqui a do estaminé de momento tem o papel higiénico em excesso, tanto que há três na borda do bidé. Registo ainda que estão todos estreados, que eu cá quando tungas agarro num ao calhas e vai disto.
Posso dizer que a casa-de-banho do meu faustoso lar – é, a gente lá estando é uma festa – lhe falta, afinal, oh, limpar os móveis. É que masqueceu. Sério. Andei no sábado a mandar o blogue dizer ao mundo que havia de fazer isto e aquilo, dentre esses o limpar que já mencionei, e pumba, acabei por masquecer deste item. E ainda por cima vim de lá para mandar o blogue dizer que sim senhoras e senhores, estava tudo limpinho. Oh. E como é que eu soube disto? Quando? Hoje de manhã! Pois! Deixei a embalagem de pistola pulverizadora e com detergente limpador ali muito perto, obviamente com a ideia de limpar, vai daí já se percebeu o que não aconteceu...




domingo, 18 de novembro de 2018

Cebolas

Tenho brancas e roxas. As brancas são mesmo brancas e as roxas são tão roxas que me pigmentaram as mãos. As brancas não me fizeram nada que se visse.

Dentes da frente

Comer frutos secos e ficar a moê-los com os dentes da frente faz-me sempre lembrar a dona Eugénia. Sempre. Dona Eugénia foi a senhora que mais me ensinou de costura. E não comia frutos secos nem nada disso, mas costumava comprar umas caixinhas com pedras pretas que na época eram novidade no combate às tosses de Inverno. E punha-se a morder com os dentes da frente quando as pedrinhas estavam de resto.

Nhoquis

Fiz os nhoquis, sim senhoras e senhores. Estão de bom paladar e tacto. Estão feios. Em todo o tempo que decorreu a minha pesquisa e visionamentos, uns porque quis e outros porque calhou, percebi que as questões a levar em consideração para obter uns bons nhoquis era cozer as batatas (ou abóboras, ou beterrabas) no forno, isto por modo a conseguir um legume cozido mas o mais longe da humidade possível. Assim será diminuída a quantidade de farinha, pois se muita farinha levar o legume, muito pesados e emborrachados ficarão os nhoquis. Bom, os meus nhoquis são realmente feios, até me pus a pensar no bom que é os ricos filhos não terem tido necessidade de eu os moldar, caramba, como são bonitos!, isto porque foi a Natureza que os moldou. Bom, então vá. Os nhoquis são feios e mas saborosos. Contudo... Não são suficientemente bons de paladar e tacto para o trabalho que deram. Não sei se repito a façanha.

Está tudo bem

De cama virada

Ao cabo de dois anos e meio lá virei a minha cama. Na altura da verdadeira saga que foi remodelar o quarto que era do rico filho e que passaria a ser o meu, meti na cabeça que havia de colocar a cabeceira de encontro à janela, coisa que, não sendo inconveniente, convencional é que não era. Este meu esquema tinha obviamente entraves, por exemplo: o acesso à janela estar bloqueado e o arrefecimento aquando da chegada do Outono. Passei duas estações frias com a cabeceira assim, a primeira, sei lá se pela quentura da novidade, se por as janelas novas e muuuuito estanques que foram aplicadas nessa altura, se por conta da porra da idade contar com menos três, não se notou grande desconforto; a segunda, já antevendo coisas ruins de e frias na minha vida, arranjou-se uma placa isolante, assim um bocado para o mal-amanhada, vá, mas que ficava escondida, portanto: tanto melhor. Resultou bastante bem… até este frio d’ agora. Ui, não dava para aguentar. Bom, virei então a cama, pu-la numa posição banal, o que até lamento. Contudo, tive atenção no seguinte, aqui há anos, muito antes de o rico filho sair cá de casa e portanto num outro quarto desta casa, deu-me na mona passar a cama para o lado oposto, o que significa que, se eu dormia com o lado direito encostado ao lado esquerdo do meu par, quando aí, ficámos ao contrário. Lembro-me do desconforto parvo que aquilo foi. É que parece uma caganeirice de nada mas faz uma porra de uma diferença, ai faz, faz. Eu, por alturas dessa mudança, nem dormia, de maneiras que não quis repetir-me parvamente, e aliás, mudou-se a cama para o lugar de sempre e acabou logo ali a conversa. Então, desta vez, contrariamente ao 'bonito', pus a cabeceira de modo a que se vê logo que entramos em casa. Não é bonito, não. Tenho vontade de mudar, ainda que isso implique voltar a dormir com o lado esquerdo encostado ao lado direito do meu par, o que, sendo assim, significará (eventualmente, claro) que afinal até nem vou dormir. 

Joelho X 18

Como montar uma tartaruga

sábado, 17 de novembro de 2018

Hum... quer dizer então que.
Que não sou dada a regras, vá.

Afazeres

Não é que tenha feito tudo de acordo com a mola impulsionadora, que da roupa só tratei metade, mas lavei partes do frigorífico, que era coisinha que não constava da lista. Sinto-me portanto num ponto de equilíbrio.

Afazeres

Publicar afazeres serviu de mola. Falta ainda tratar da roupa e dos nhoquis, que afinal até nem vou fazê-los porque não se justifica, para além do tempo me estar a faltar, na verdade há comida pronta. Amanhã trato deles, se não tratar pois paciência ou então não é preciso paciência nenhuma, é que não os faço e pronto. Da roupa tenho ainda que tratar, é um trato que eu faço com o público, a tal mola. Fortíssima.

A fazer ainda esta tarde

limpar os móveis do corredor
limpar os móveis e espelhos dos wcs
lavar o corredor
estender duas máquinas de roupa
dobrar e arrumar a roupa seca
fazer gnoccci* de batata-doce



*nhoquis, tá, se voltar a incluir os ditos em algum post chamá-los-ei de nhoquis


Novos produtos

Eu ia com o boião meio vazio na mão, disposta a trazer dois, mas um em estado novo, e assim que despachei o pedido foi-me mostrado o! boião. Só que entretanto estava lá atrás uma colega mais experiente e veio 'lembrar' que a marca Nuxe estava em promoção, estilo 'leve 3 e pague 2', se eu não ‘preferiria’ e mais não sei o quê. E eu preferi, uma vez que era vantajoso. Tenho então um lavador de cara, que também faz as vezes de gel de banho, um creme de rosto e um de contorno de boca e olhos. Cheiram bem que se farta, a flores. Trouxe ainda três amostras, duas de um 'leite sublimador perfumado para o corpo' e uma de creme de noite da mesma linha dos que adquiri. Desta última, a senhora até me disse que a tinha escolhido para eu me habituar a pôr creme à noite também.
De resto, tenho a dizer que estou a dar-me bem com a marca, a cada doze horas recuo três, ou coisa assim. Ah, acrescento ainda que houve aí um dia que troquei as embalagens e toca de pôr o creme de  boca e olhos no resto do rosto e o de rosto na boca e nos olhos. Creio que foi aí que recuperei todo o tempo recuado. É por conta de distrações destas que jamais voltarei a ser jovem.


Agora a sério, vá: estou a gostar bastante desta linha, tanto que até tenho vontade de comprar o creme de noite e usá-lo tão regularmente como tenho usado a amostra.

Comprinhas

No passeio com o cão... não, no passeio do cão, passei pelo meu carro e segredei-lhe:

ó, daqui a nada a dona pega em ti e vamos os dois ao supermercado

Na caixa, a senhora usou o pacote de arroz para clicar numa tecla qualquer do telefone dela para responder a alguém, presumo que uma ou um colega. Qualquer bago daquele pacote ficou embrutecido, obviamente.

Comprei espargos. Gosto daquilo. Querendo explicar o sabor encontro dificuldade. De textura posso dizer que é macio e tem uma casca com um tudo-nada de estaladiça, isto, claro, se não deixar cozer em demasia.

Comprei uma balança de cozinha, que já usei. É de plástico mas tem visor digital, que é para andar em conformidade com o mundo actual. Enfim, coisas. Já a usei para fazer o toffee, pesei até as natas, oh vejam lá, porque a receita vinha em gramas também para as natas. Aliás, há um até mais até que o anterior, é que eu aattéé pesei a manteiga, que era vinte gramas, coisa que em tempos não muito idos ia mas era a olho e o camandro. Claro que não tardará o tempo de tornar a ir a olho, isso de medir vinte gramas de manteiga.

Sábado

E cá estou eu, recém-chegada de colocadora de toucas nos alimentos e comidas sobrantes, desta feita muito satisfeita - eu sei que é parecido e tipo trava-línguas desengraçado mas saiu assim e é assim que vai ficar - por ter usado a touca maior de todas, a das alfaces. E é verde. E tapa peitos de frango assados com pimentos e cebola e aipo. Já o arroz tapei-o com película aderente, que é também amiguxa desta que escreve. Até molda salsichas, quanto mais.

Deixo imagem retirada do Pinterest, na qual me revejo, em cada sábado. Saiu-me num formato pequeno, carreguei-a no formato pequeno, de maneiras que, para ficar nítida, deixo-a pequenina, está bem?





Já agora, ó pá mostro esta, que também pois que câise.



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Laranjas

Eu e o meu colega pusemo-nos à porta do estaminé, cada um de roda da sua laranja. Ele descascou a sua à mão, eu com uma faca. Ele separou gomo a gomo e foi comendo, eu retracei a polpa com os dentes. Ele a meio comentou que as laranjas ainda não estão doces e que eu devia estar a gostar da minha, eu devolvi-lhe um 'sim'. Conclusão desta que escreve: ele é um fofo, eu sou uma besta.

São todos bons, os cafés







Gosto deste tipo de café. Não tipo assim 'gooooooto!', não, mas gosto. Há tempo nele, e tempo é sabor, e tempo é História. Há muito vírgula muito tempo a minha mãe fazia o café numa cafeteira alta, de alumínio, daquelas que têm a base mais larga que a boca e há nesta um bico para facilitar a saída do líquido sem verter. Sem verter, disse eu, e quero dizer também que o melhor que há a fazer é não encher a cafeteira em demasia porque o café reage com a água fervente. Ou seja: se a água já está a ferver, mais a ferver fica com a adicão do café, faz tipo assim umas bolas de espuma do caraças. É preciso cuidado. Tenham cuidado. Resta esperar que assente. Esta é a forma, que bem sei ser diferente da que a foto mostra. Meia hora depois já havia café limpo de borras. Ao cabo de muitas horas estava totalmente assente. Claro que, emborcando o café possível, a certa altura as borras também queriam sair e estavam já muito perto da saída, era então esperar mais tempo, que novamente as borras assentariam e mais café se conseguiria.

Pequenos-almoços

No dia em que ao pequeno-almoço bebi chá de alfazema, percebi outra vez que gosto muito, tanto que quis partilhar convosco, ilustrando um post (que não é este, como perceberiam lá para o fim, mas eu adianto já a informação) . Para isso há pouca coisa melhor do que o Pinterest. Pesquisei. Encontrei muitas coisas, desde imagens compostas por imagem e texto (aqui revelando os benefícios deste chá), imagens do tipo desenho, textos sem imagem e fotos. Fotos, mesmo fotos. Porém, nada disto me apaixonou. As tais fotos ainda ponderei se. Mas desisti. Não quis baralhar-vos. Não naquela de achar que estão muito além das minhas, antes o contrário, tipo assim vocês a pensarem: hum, estas fotos são medíocres, não foi a Gina que as tirou. É melhor adiantar que estou a ser irónica, não vá não se perceber.

No dia em que ao pequeno-almoço bebi chá de funcho, achei que não era grande coisa. Ou então pus pouca quantidade, não fiz igual ao que diz a embalagem e pumba. A rica filha até comentou: eu não gosto muito deste chá, eu vou beber todo mas não estou a gostar lá muito.

Sol. Ou o Verão de São Martinho. Que passa pelo sol que aparece. Que passa pelo quentinho do dia.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Há uma história

Há uma história em papel que está assente no pc do estaminé vai para um mês. Assentei-o nas ranhuras das teclas dos Fs, já que raramente as uso, pois que usando, ou usando outra ranhura mais trabalhadeira, em cada calque o papel viria ter comigo. E digo mais: viria ter comigo mas numa espécie de vénia. Bom, então vá. É um recorte da revista Proteste contando como apareceu a piza ao mundo. Diz que durante montes de tempo foi considerada a comida dos pobres, lá em Itália, provinda da criatividade (ou fome excessiva, sei lá!) de um padeiro de seu nome Rafaelle Esposito, sito em Nápoles, pelo menos de profissão falando, imaginemos portanto que o forno era lá que estava. Entretanto, em 1889, il signore Esposito usou os seus dotes de padaria para o rei Humberto I e para a rainha Margherita, isto para compor uma piza especial. Resolveu fazê-la com mozarela e manjericão, não sem antes a regar com molho de tomate, claro está, e, por ficar parecida com a bandeira italiana, a rainha gostou. Posto isto, a piza que hoje conhecemos como a mais básica de todas, ficou com o nome da rainha – Margherita, e é não só básica como a base de todas as pizas. Concluindo, é à conta destes acontecimentos que Nápoles é a capital da piza. O recorte ostenta (eicheeee! tou aqui tou a receber um prémio literári-ó-virtual) também três bonecos e uma piza, dois têm coroa, dois têm bigode, um tem brincos, um tem uma colher de pau e nenhum dos quatro tem pescoço. Os bonecos simbolizam o texto que se lê no papel e que redigi à minha maneira. Ou de outra forma. Oh, também, né, quando redijo coisas que chegam directamente da minha cabeça é de outra forma porque é à minha maneira. Bom, então vá. E agora nada como ter aqui uma receita (também) tipicamente italiana, explicada por escrito em italiano. Tudo a ver, 'migos, tudo a ver.



A árvore amarela


Lá estava a árvore amarela, quase nua, repousando. Repousando, pousada, posando, esperando, vivendo. Notei anteontem (a foto é desse dia), e creio firmemente não ser vez primeira, que não sei nada da árvore amarela, que a invento. Isto de eu ficcionar, percebo agora que podia acabar, pois se afinal fosse a árvore a contar das suas vivências, não seriam as que lhe coloco em cima.


Cores




Hum, ok, vá, de Lisboa nada tem, ambos os cliques são em Loures vividos, mas é que tem a ver com a cor de laranja do post anterior. Ou então não, será para aí ou abóbora ou toranja ou cenoura deslavada. E acresce que esta foto me andava nos arquivos sei lá há quanto tempo, pá... Foi uma sorte ter encontrado palavras para lhe juntar.

Lisboa, Lisboa

A tarde está cor-de-laranja.
Não há imagem de prova, é irem por mim.

Glamour