Tenho um texto começado e recomeçado, remexido, apurado e sei lá que mais 'ado' (fado!) desde setembro de dois mil e catorze. Sério. A última vez que o modifiquei (isto é só para usar uma palavrita diferente) foi a nove de setembro do já referido ano, às dezassete horas, quarenta e três minutos e cinquenta e oito segundos, tendo ainda um número à frente das horas, que é o noventa e dois, o qual sei lá eu ao que corresponde, muito embora goste pra caraças da ideia 'nanossegundos'.
No tempo em que andava menos grafómana que ao presente dia (é que eu hoje, ó pá, upa-upa!), pensei publicá-lo tal como está, juntar-lhe-ia uma lista de cinquenta factos acerca de mim, os quais apontei numa altura em que aderi a uma tag no Youtube e guardei para a eventualidade de querer publicar, cuja idade de rascunhada vem desde o outono de dois mil e quinze e juntaria, ainda, um rol de perguntas que idealizei fazer aos que veem os meus vídeos, mas faltou-me a coragem e a determinação para fazer esse vídeo, e entretanto correram sei lá quantos meses.
E ainda nada publiquei, julgo que se efetivamente publicasse esses rascunhos, morreria. Sei lá, dá-me a ideia que o meu rascunhar, as ideias apontadas mas não desenvolvidas e/ou publicadas, são o que mantém vivas algumas das partes mais importantes da minha existência.
Voltando ao texto das avelãs, trata-se de uma receita que as inclui e que conto(ava) apurar todos os passos por modo a ficar um texto interessante.
É.
E é um episódio fictício.
É.
E não me inclino para aí, tampouco algum dia me senti confortável nesse tipo de criatividade.
É.
A pesar, ainda, o facto de atualmente o desejo de tornar um texto interessante me calar os dedos e a cabeça (o desejo, falo do desejo), mas em dois mil e catorze eu achava que podia (note bem: podia não é sabia) escrever para os outros, tipo assim:
'ah, vou escrever uma história bonita para depois ser lida e vai ser muito bom para nós todos'
Hoje não sinto assim, tampouco sei fazer assim, estou fechada. Fechei-me.
Meus queridos: eu sou uma besta.
"o meu rascunhar, as ideias apontadas mas não desenvolvidas e/ou publicadas, são o que mantém vivas algumas das partes mais importantes da minha existência." -
ResponderEliminargosto desta ideia, que eu cá sou muito delas, pena que raras sejam fixas. e as outras também não são lá muito fixes, enfim.
(já fizeste as malas?)
bj
Bom dia, Kina.
ResponderEliminar(não, sou tipicamente portuguesa, dedico-me a isso horas antes da partida)
Beijinhos