terça-feira, 30 de outubro de 2018

Eu é que importo





Outra vez, pois.



Comprei umas pantufas. Porra, ia-se passando o frio e eu de chinelinhos mostradores de todos os dedos que tenho nos pés. São giras, as já ditas pantufas, têm bocas e olhos bordados e pompons a fazerem de narizes, os quais presumo que vão pó caraças num instante, mas ok. São de cano alto, peludas, com sola grossa mas mole. Em resumo: não valem um peido. Enfiam-se que é um mimo, mal me pousará frio – nisso creio eu também. Vamos então pó quentinho? Boa noite.


E é que importo

Comprei uma camisola que me chega quase aos joelhos. Não é para ser assim, eu é que sou pequena.




Eu é que importo.


Mudanças mesmo bem vindas

Na minha última visita ao supermercado, notei que haviam colocado os produtos biológicos ao pé dos frescos. É bem, 'migos, é mesmo bem. Não só por eu gostar de cuscar essas prateleiras e elas estarem lá longe no espaço - bem como no tempo, agora me lembro, pois que assim levo menos tempo no espaço – como esta é sem dúvida uma medida que aumentará as receitas. Mas a sério, olhem, gostei mesmo muito, e como está tudo arrumadinho por marcas e tipos, é mais fácil entusiasmar-me. Não comprei nada, mas pronto.

Perguntas e mesmo mais não sei o quê

A dona Genoveva perguntou-me se os meus dentes eram mesmo meus, daqueles que não paguei, e se o meu cabelo era para estar mesmo assim. Respondi afirmativamente às duas perguntas, sendo que à primeira lhe garanti que os tinha comigo desde os sete anos e à segunda deixei uma nota resumida de como cheguei a este resultado capilar tão... Diferente, vá. In the midle of da cavaqueira, por alturas de uma resposta das minhas, ela acariciou-me o rosto com um ar maternal. Gostei. Por me parecer um gesto sincero, gostei.

Diferenças

Das pedras que deixei aos pés da árvore amarela: uma está desviada do seu caminho, as outras desapareceram. A árvore amarela está mais despida, mais só.

Coiso

Um cliente perguntou-me qual era o 'coiso' do artigo que levava. Mostrei-me surpreendida com o 'coiso' e ele explicou que, considerando o artigo surpreendentemente caro, qual seria o...
Então, é banhado a ouro, 'migo. Na verdade eu estava tão coisa que nem me lembro o que respondi, mas isto do 'banhado a ouro' se me tenho lembrado... Punha esse dizer a marchar. É que em certas ocasiões não há nada melhor do que um chavão, uma popularidade, pelo menos assim todos os gatos são pardos ou lá que é.

A massa que é mãe

Ora então vamos lá contar o resto da história das minhas massas madres (olhem: ainda não sei se esta porra tem plural, mas de certeza que vocês não se importam nada com isso e continuam a gostar de mim na mesma). Tínhamos ficado naquele ponto em que eu ia usar uma das massas, a primeira, a que fiz com farinha integral, nuns pães doces, e usei sim senhoras e senhores, mas depois do tempo de levedação notei um cheiro a azedo, o que me deu a ideia que vindo de uma massa lêveda não é bom sinal (chamei lêveda, mas qual lêveda qual quê, que aquilo não subiu porra nenhuma). A massa madre em si, antes de a juntar à massa cheirava a azedo mas coisa pouca, na altura atribui isso ao facto de todo e qualquer fermento ser uma coisa podre. Mas, como a receita pede leite, presumo que tenha sido como que um elemento catalisador, tipo assim: pumba, agora vais mas é azedar a sério, mesmo a sério. Ademais a massa não subira, como já referi... Enfim, joguei tudo no lixo, afinal já tinha desperdiçado uma catrefada de belos ingredientes, para quê continuar nesta teimosia, gastando debalde gás para cozer, electricidade para sugar o calor da cozedura e água e detergente e mais gás e/ou electricidade para lavar a louça que sujaria? Não. Lixo.
Bom, este é caso para esquecer. Mas há mais.
A outra massa madre fi-la com farinha para pão sem fermento e em momento algum se portou como deve ser, que é subir frasco acima como julgo que já referi num outro post onde depositei esta temática. Pronto, com esse nem vou tentar fazer nada, se não sobe, não está vivo, se não está vivo nada reavivaria na massa que fizesse.
Pronto, tentar, tentei, se não foi porreiro, é caminhar para a frente com um olhinho no passado, que é assim que a gente se safa de errar no que já errou.

Ou bolo ou tarte de maçã

Sim, ou bolo ou tarte porque é uma mistura dos dois jeitos de fazer pastelaria (copiei do Youtube e já não malembra de que canal). Não é bom que se farta, é tipo assim comestível, vá, mas não oferece carisma a quem degusta. E eu que até ralei a manteiga, pá. Sim, ralar manteiga, pra tal basta tê-la bem fria e passá-la no ralador de mão. Quem não quisesse ter esta trabalheira pois que não a tivesse, fizesse em modo vintage, com as pontas dos dedos a serem ajudadas pela farinha. Agora estou a pensar que parece que neste modo o ralador seria substituído pela farinha, não pelos dedos, pois que estes são necessários também ao ralador. Bom, isto está confuso. Fiz então um bolo ou tarte de maçã que nem só de estranho tinha o ralar da manteiga, mas também o facto de as maçãs serem colocadas na travessa, devidamente temperadas, alternando-as com a mistura de farinha, açúcar e manteiga (ralada, ah ah). Só depois se fazia uma mistura de leite e ovos e se despejava por cima de tudo. Considerei ser um método deveras impopular, tanto que me meti nele. Posso não ser expert-pro, tudo bem, não passando de uma curiosa do caraças nisto de confecionar doces, sim, ok, vá, e até pouco me importa isso, mas é que não ficou bom, 'migos, era uma coisa emborrachada e sensaborona.

Desacertadamente

Decerto já repararam que quando se diz num certo dia, hora, momento, é exactamente por ser tão incerto, e que quando se diz uma certa idade é muita idade, sendo esta 'muita' um número incerto.

Dias de um Ginásio

«Não é isso que estamos a fazer. Olhe para os seus colegas...» Foi a achega que o senhor professor me deu. Eu ri-me, os meus colegas não sei.
Outra coisa que sucedeu no Ginásio, mas não durante aula nenhuma, antes no finalzinho, ali assim por entre o banho tomado e o vestir da roupa aquecida, foi ter dado por uma borbulha no pescoço - impressão advinda de uma comichão sentida nesse lugar – e ter elaborado na minha cabeça um post muito lindo e capaz. Imediatamente. Vai daí lancei-me ao bloquinho rudimentar e apontei sucintamente 'borbulha no pescoço', só por dizer que já não encontro neste apontamento nada que a minha cabeça faça ser lindo e capaz.
Mais outra coisa que sucedeu no Ginásio foi ter encontrado o meu telemóvel quente e activo dentro do cacifo. A chamada de atenção foi-me dada pelo som, que era o do alarme – ou cronómetro, não percebi bem - que eu tinha acionado inadvertidamente. Quando encontrei o pobre ele contava com duas horas e não sei quê de tempo remanescente, no ecrã pulsavam números numa cor avermelhada e, como já referi, estava quente pra caraças. Agora imagine-se, o móves com uma coisa vermelha a piscar, um som – que até era levezinho - e uma quentura daquelas, deu-me um treco, claro!, oh céus qu' o móves vai explodir! Mas não. 'Inda há pouco estive nos cliques e no editor. Oh!, ' tá tudo bem!

... tóingue!
... tóingue!
... tóingue!
... tóingue!

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

sábado, 27 de outubro de 2018

O sofá azul

O sofá azul é chegado. Ah! um dos senhores que vinha acompanhando o meu sofá deu alguma atenção à Olívia, fez-lhe muitas festinhas e perguntou-lhe se ela era a Olívia Palito e eu bem a ouvi responder: «não, sou a Olívia d' Ouro Geia».

Tenho o chão vazio à espera da porra do sofá azul

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A massa que é mãe

E lá ando eu, pondo farinha em cada manhã - relembro que estou noutra massa madre – e só falo em farinha porque parece que somente a farinha é necessária, uma vez que a água se separou da farinha. É suposto não ser assim, mas é que nem nada parecido, o suposto é a mistura subir tanto mas tanto que se o frasco usado não for alto, entorna. Mas isto é coisa para acontecer somente nas boas famílias, claro.
Bom, seja lá como for, vou deixar aqui os planos que tenho para usar as minhas duas massas madres – ai ó pá será que isto tem plural?! socorro! ó socorro! socorro! a ver se alguém só corre pra mim... - sendo uma delas feita com farinha de trigo integral e outra de farinha de trigo T65, que é aquela do pão.
Com a primeira vou fazer anéis de canela, rolos de canela, pães doces. Este é um daqueles bolos de outono ou mesmo de inverno, é encorpado e saciante, apropriado para a época actual, a fresquinha. Para este bolo usarei a massa madre feita com a farinha integral. Parece-me a melhor, a que aguenta o peso da farinha integral e suas partículas acastanhadas e indissolúveis.
Com a segunda vou fazer pão brioche. Tenho saudades de comer esse pão, normalmente calha-me bem, é fofinho e delicado, fantástico para barrar com doce. Ou manteiga. Para este pão uso obviamente a massa madre feita com a farinha T65. Mesmo não tendo nenhum dos fermentos terminados, mesmo não percebendo porra nenhuma disto de fazer fermento e o camandro, olhem, é assim que vou fazer.

Vestido

Só mesmo a rica filha para me arrancar da letargia. Foi virtual, o arrancão, mas foi coisa acontecida. Foi então por causa de um vestido que ela queria saber se já viera, pois que para tal usou a morada do estaminé. Respondi-lhe que não, acrescentando «ainda nem sequer vi o carteiro, culpa do cinzento dos dias, quiçá, o mundo gira melhor em brilhando o sol...» Ao que ela respondeu que eu estava inspiradora. Fiquei a sonhar. Continuei a sonhar. Ah... Nem vou deslindar este caso, não vá ela ter querido dizer inspirada (ai isto da escrita inteligente, pá...), é que é muito melhor ser inspiradora do que inspirada.

Lisboa, Lisboa
(a dona Odete chama-lhe 'a rua do silêncio')

Bom dia. É dia.

Hoje e agora escolhi também uma foto que editei para contrastar com o dia, que está cinzento.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

É noite. Boa noite.

O Tejo também fica lindo com filtros amalucados. Amalucados no sentido de pô-lo a preto e branco para fazer lembrar a noite e depois espetar-lhe com um raio de sol daqueles que reflecte cores e o caraças.

Quando a camada é muito grossa leva mais tempo a secar




Diário

Lisboa, 12 de Outubro de 2018
Em 9/10
Enviei, finalmente!, a mensagem de correio electrónico a Marió, à noitinha, julgando ter que esperar alguns dias pela resposta, e era se a obtivesse.
Em 10/10
Recebi um telefonema de Marió, logo de manhãzinha. Disse que lera na noite anterior a minha mensagem e que resolvera telefonar em vez responder por escrito. Quis também saber se eu estava disponível para ter uma consulta, uma vez que eu escrevera coisas que ela gostaria de falar pessoalmente comigo. A consulta ficou agendada para 24/10. Fiquei estupefacta (estúpida de facto) pois que não esperava, é que nem de longe, um desenrolar desta natureza.
Lisboa, 22 de Outubro de 2018
Ter uma visita agendada começa agora a fazer-me alguma impressão. Não quero ir, mas obviamente vou, não se brinca com as pessoas, com o trabalho das pessoas, com o sistema, com a saúde.
Loures, 24 de Outubro de 2018
Marió deixou-me. Sozinha. Que é - afinal e no fundo e a fundo e por aí abaixo - como sempre estive. O que custa mesmo mesmo mesmo é que no fundo e blás eu não deixarei de ser coisinha perante os outros. Sou sempre uma coisinha porque sou uma coisinha em casa, na estrada, no estaminé, no blogue.

E o Tejo, ó Gina?


Assim:


Agora vou daqui para o Ginásio e
everything gonna be all right
because I'm a good person
and that kind of things

Já me disseram que tenho olhos de carneiro mal morto, por isso é que só mostro um, e sem filtros

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Post atrasado

Ontem, à tardinha, fui ver o latim e a árvore amarela. O latim não passou de uma inscrição, um pedaço de cimento que diz coisas. Já a árvore amarela disse tudo, logo que dobrei a esquina emocionei-me. Olhem, é assim: a árvore amarela está amarela!



Novidade






Não, a novidade não mora nos ténis, há-de morar-me - antes isso e pouco tardará - na sala um sofá novo. E não, o sofá não é o da foto abaixo, mas lá que é azul, é.







nota:
a fralda da minha camisa não está na melhor posição, está até numa pior que sei lá eu, 'inda pensei recorrer aos filtros do Instagram, com suas estampas e gifs e mais não sei o quê, mas é que pronto, piorava mais, se é que é possível...

Ó vós de Outono








Estas plumas, ou lá que é isto, fazem-me sempre lembrar do Porto. Há uns anos fui ao Porto nesta altura do ano e fixei que estas plumas, vá plumas, plumas, são d' agora, d' Outono.

e de um desenho infantil, saudades?

manjericão espigadote

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Fruto d' Outono

Comprei uma romã. Não consigo ter a certeza se alguma vez comprei uma romã. Sei que já comi e que gosto do gosto. Só não gosto dos caroçozinhos, deixam um gosto acre e a língua áspera. Pode a aspereza não advir dos caroços, tudo bem, antes do sumo em si ou das películas que envolvem os grãos. Mas. Sei, também, que em todas as vezes que comi romãs foi porque mas deram.
Posta-restante:
Confirma-se a aspereza da romã que comprei. Confirmei que é um fruto lindo por dentro e por fora. Doravante usarei esta poesia: és lindo ou linda por dentro e por fora.

Uma envergadura que afinal é um diâmetro

Temos um chapéu de chuva com 1, 60 mt de envergadura. É tanto para os dias intensos em termos de pluviosidade, preferencialmente sem ventos fortes, como para pessoas muito altas em dias intensos em termos de pluviosidade, preferencialmente sem ventos fortes.
De onde veio este gigante, é o que quereis saber? Então vá: Paquita fechou o estaminé dela, cujo negócio constava de amolar tudo quanto corta e fixar varetas em chapéus-de-chuva e, em dia de desfecho, sobrando, ainda, o espécime gigante, ofertou-o aqui à gente.

Coisas de medir






Este papelinho andava esquecidinho no meu porta-moedas, oh coitadinho. Era um lembrete, lembrando esta que escreve de uma aquisição: um frasco alto, de plástico, com vinte e seis centímetros de altura. O diâmetro seria mais ou menos irrelevante, já que aos frascos tão altos assim é-lhes concedido um diâmetro que seria aceitável para este meu propósito, como todavia foi. Tenho, então e já, um frasco com vinte e sete ou vinte e oito centímetros de altura para guardar... tan-tan-taaan! Medidores de peso de ácidos de várias ordens, sendo um material necessário, e vendido, nos primórdios do velho estaminé. Pois. Não vos sei explicar coisinhazinhas deste material, mas posso dizer-vos que são umas coisas tubulares com uma escala inscrita em papel e inserida lá dentro, tem numa das extremidades uma ampola com pesos minúsculos, que ao que parece são de mercúrio, uma coisa algo semelhante ao que acontece quando a gente parte um termómetro de medir a temperatura do corpo, quando há um descuido desses saltam bolinhas cinzentas, não é?, então o que está dentro da ampola são bolinhas assim. E mais não digo. Ou digo: bem sei que podia tirar uma fotografia mas é que, sei lá, sinto que não corresponderá. Ademais, gosto de descrever coisas como quem escreve.

Homessa

Ele ajudou-me numa questão física e quando lhe agradeci respondeu 'homessa'. Ai, adoro homens que dizem 'homessa', então se dizem 'homessa' para mim, ai. Só conheço um, mas pronto, agora já conheço.

Ai isto da idade, pá...

Já tenho idade para ter um médico com idade para ser meu filho. Vá lá que neto, ainda não, ah pois. Estava eu nestes pensamentos quando me foi feita a desconcertante pergunta: «ainda menstrua?» Ó senhor doutor... Caramba, então chego aos cinquenta e é isto? Ai. Mas, vai daí e para bem dos meus pecados, ele suprimiu ou reprimiu, não sei, a incontestável ordem: «suba para a balança, dona Gina». Ai que bom.

Com filtros





Já me cortaram o cabelo. Finalmente. Andava aí com uma trunfa do caraças. Só por dizer que não se nota nada que foi cortado. Sério. Portanto a trunfa cá continua. A cabeleireira disse que eu, e o meu cabelo, ficávamos melhores se ela desbastasse tão pouco atrás como à frente, que assim os pelitos da parte da frente não pareceriam perdidos e poucos (como realmente são, não que os tenha contado, mas que são poucochinhos, são). Oh, prontus, tá bem, vá, não corte... Anuí, ela que cortasse como achava melhor. Quer dizer, ela cortar, cortou, mas. Mas eu preferia que tivesse cortado mais na parte de trás. Ah, e não, isto não é nenhum antes&depois, não passando isto de uma daquelas coisas que me apetece fazer com as minhas fotos.

Lá venho eu

Lá venho eu despejar no blogue o que me dá pena despejar no lixo. Trata-se de uma série de fotos, que foram realmente tiradas em série, aqui há sei lá quantas semanas, num domingo, isso sei eu, em que fomos por aí acima, parámos em Alcainça porque sim, e eu lembrei-me de me dirigir ao banco de jardim e jogar-me dele abaixo, à maluca, enquanto a minha máquina fotográfica montes de espectacular clicava consecutivamente umas quantas vezes porque eu lhe ordenara essa função. É mesmo espectacular, a minha máquina fotográfica montes de espectacular. É. E o jardim é um jardim, mas em inho: jardinzinho, tanto que o banco é peça única. Entretanto devo dizer que já publiquei algumas destas fotos no lbogue... ai perdão, blogue, mas como quero a sequência completa, há duas ou três que surgem repetidas.




uí quene du bera






esta canção passa todos mas todos os dias na Radio e, sem dúvida, mais do que uma vez em cada
em todas as vezes que a ouço tenho vontade de a colocar no blogue
porque dá vontade de dançar e de cantar e umas vezes faço isso tudo
porque me lembro que posso du bera em certas partes da minha vidinha

A massa que é mãe

De manhã fui ver como estava a minha massa madre e não curti o aspecto. Alguma água já estava a separar-se da farinha e tal... nada de subir pelas paredes do frasco... lembrando a tentativa anterior... hum. Decidi fazer uma experiência: juntaria somente farinha. Foi o que fiz. Afinal já tentei uma vez a seguir tudinho como foi mandado, de maneiras que posso seguir daqui com diferenças. Amanhã a ver vamos. Vou.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A massa que é mãe

Ando a construir um fermento. Aqui há tempos, através do feed da Filipa Gomes - sim, aquela do 24 Kitchen e mais sua 'Cozinha com Twist', ela mesma -, isto no Instagram, dei com um método descomplicado de conseguir um fermento e ando nisto há dias. O método é descomplicado, sim senhoras e senhores, mas demorado e pode dar-se pelo nome de massa madre, embora tenha outras designações, mas achei um piadão a 'massa madre', porque sugere ser mãe da massa e sugere porque o é.
para fazer é assim:
num frasco coloca-se 25 gramas de farinha integral e 25 mililitros de água mineral
mexe-se até misturar, tapa-se o frasco com um pano e guarda-se num lugar o menos frio possível
durante os três dias a seguir, se possível à mesma hora, repete-se todo o processo
daqui para a frente não fixei como se procede, mas tenho aqui a bailar-me na cabeça que quando se usar este fermento numa massa de pão, esta tem que levedar durante 24 horas
ressalvas:
é importante as mãos estarem lavadas mas não desinfectadas porque há bactérias que são benéficas ao aparecimento dos fungos
é importante a água ser mineral porque há na água canalizada 'coisas' que matam os 'bichos'
é importante não se selar o frasco, afinal os 'bichos' precisam de ar
Já fiz uma massa madre que não passou de tentativa porque morreu, ao segundo dia a água separou-se da farinha, ainda continuei com o processo mas chegado o fim dos quatro dias percebi que morreu. Mesmo. Deitei fora. Entretanto, no dia em que a água e a farinha se tinham separado, dei logo início a uma outra tentativa, que espero terminar com sucesso.

Graminhas

Comprei quinhentos e setenta e cinco gramas de dióspiros. Embora a factura diga que é fruta, bem sei que é dióspiros, aquele peso, pois no mais está explícito que comprei mil duzentos e setenta gramas de bananas e quinhentos e cinquenta e cinco gramas de maçãs. Esta é a vez primeira desta estação, isto no que toca a dióspiros. Olha só a quantidade de vezes que já digitei 'dióspiros' neste post. É claro que isto é só para toda a gente perceber que eu sei como se escreve dióspiros.

Vestido

Quando andava indecisa com o verde e o vermelho para me vestir na minha festa, calhou de comprar um tecido de fundo branco e círculos estampados em dois tons de verde, um de vermelho e uma outra cor assim como que de salmão, ou lá que é. Entretanto fiz o vestido, assim todo direitinho e o camandro, mas que vesti somente uma vez. Isso é coisa acontecida principalmente devido ao facto de não ser composto o suficiente para viajar de mota, questão que vivo diariamente, pois assim sendo a pessoa é forçada a subir o vestido para abrir as pernas, ademais, deixei o decote à barco demasiado longo, está tipo assim uma canoa, longa, que me deixa as alças do sutiã à vista de qualquer pessoa que, ine dete queise, não sou eu.

De há um ano

Há cerca de um ano que tenho este poiso no estaminé para escrever. Lembro-me que na altura fiquei toda contente de não mais ter que escrever de pé, oh que bom seria doravante e mais não sei o quê. E assim e aqui me vou mantendo desde então, só por dizer que tenho vindo a desgostar de certas questões, sendo as principais a escuridão e o não ver se e quando os presumíveis clientes entram no estaminé. Sim, que quando somente transposta a soleira da porta e chegados ao balcão, todos são presumíveis clientes. Mas dizia eu dos meus afinal-não-gosto-lá-muito-disto. É que é chato. Pois. É por isso que em caso de o meu colega estar ausente em trabalho, me ponho a teclar no computador que trabalha, desprezando este que brinca.
Mas aqui o meu cantinho é bonito e bom, sabem? Deu-me muito prazer consegui-lo. Estou por trás de um expositor perfurado, que dá hipótese de colocar prateleiras de um lado ou do outro. E foi o que foi. Se da parte da frente há toda uma panóplia de artigos, que selecionámos mediante o espaço e as circunstâncias - bem como o saber - do momento, eis que da parte de trás é o meu mundo. Foram colocadas prateleiras para que eu pudesse guardar as minhas coisas, que vão do útil ao irrisório, e daí ao tolinho, passando ainda pela ala das heranças do velho estaminé, como é o caso, e isto é só um exemplo, uma tesoura que é mais velha do que a casa. Sério. A tesoura tem, pelo menos, sessenta anos. Depois há outras coisinhas – já agora, né? - como por exemplo um frasco que se encontrava na casa-forte, esperando o freguês do avulso, espera essa estéril, já que o avulso há q' anos não se pode fazer, coisas de leis modernaças e assim. O frasco em questão pertenceu a um produto para melhorar qualquer coisa nos cheveux. Diz assim, em letras de relevo e não pintadas:
Petrole
HAHN
pour les
CHEVEUX
-:-
F. VIBERT
CHIMISTE
LYON
Às tantas estou perante um frasco que conteve os primeiros parentes do Restaurador Olex. Sei lá. Mas há mais coisas – já agora e tal, né? - oh se há. Olhem, tenho um desenho feito pela rica filha, é de Setembro de '99, quer dizer que ela tinha 8 anso quando o pintou. Tem uma boneca com uma coroa e diz 'princesa' com caligrafia de Escola Primária. Óbvio, 8 anos. Bem que ela diz que sempre adorou coroas e isso. Este desenho esteve sempre aqui, neste estaminé, não é nenhuma transferência de pertences, pois quando os ricos filhos cá estavam, era neste estaminé que pousavam mais, por mais espaço haver. Quando fiz esta reforma, pus o desenho dentro de um plástico, por modo a prolongar a sua vida. Ao lado tenho uma colagem que eu fiz com fotos dos ricos filhos, há q' anos mas q' anos, pá! Estava colado numa caixinha de cartão, onde tinha vindo uma mercadoria e que, depois de vazia, passei a usar como caixote (caixinha!) do lixo. Tenho vários posts contando disto e daquilo, coisas relacionadas ao facto de ter 'os filhos no lixo', mas acho que não estão neste blogue. Houve um dia em que fiz uma limpeza do caraças à minha secretária, ponderei se devia deitar tudo isso fora (pôr o lixo no lixo, vá), decidi que sim, mas depois não consegui, acabando por guardar a colagem. Entretanto, como se percebe, aqui continuam as fotos dos ricos filhos, coladas num pedaço de papel.

Malta: este post fica por aqui. Não me vou pôr com promessas dentro do género do post anterior, sei lá eu se venho estender todas as outras coisinhas que compõem o meu cantinho de escrever no estaminé. Ainda assim, uma coisa é certa, fica muito por mostrar.

Não, não me esqueci daquilo* das modas, pelo menos não totalmente. É hoje! É hoje!




*...


No linque que pode ser consultado na linha de cima, e que vai dar a um longo post que já publiquei há que tempos, numa das últimas frases eu digo que vou em modas, sim senhoras e senhores, pois vou. Não é naquela de fazer porque toda a gente faz – e quem diz faz, diz compra, usa, come, veste – mas também e, a bem dizer, é exactamente por isso. É que é assim, ó 'migos, a gente, os humanos, somos bichos de imitar, macaquinhos mesmo. Mesmo. Eu gosto de bananas, e tu?! Ah ah. Aliás: eu gosto muuuuuito de bananas. Bom.
Como é que aprendemos a vestir-nos, calçar-nos, lavar os dentes? Um ofício, aprende-se como?
Imitando. Olha: é assim, vês? E a gente, depois de ver, faz.
Depois há outras coisinhas, que são muito básicas, muito primárias, que é o de sermos atraídos para locais onde estão pessoas, se ali estão pessoas é porque é bom lá estar. Se não for, paciência, mas ao menos sabemos como é. E quem diz locais diz modas – roupa, comida, destino de férias, passatempos. Não há nada de novo nesta vida, ó senhoras e senhores, ai não há, não.
Calma, claro que temos um ADN único, um genoma inigualável, características invulgares, e sim, eu sou eu e tu és tu, pois somos, mas...

Hum, ok, vá, marquei eliminação de pêlos e/para resultado de sobrancelhas lindas e já as tenho comigo. Pois tenho.





sábado, 20 de outubro de 2018

com filtros





Comprinhas

De manhã lá fui eu ao supermercado, ouvindo Destiny Child, Stand Up For Love
I'm inspired
And hopeful each and every day
Não sem antes ter cumprimentado efusivamente o automóvel: 'OLÁ!' Comprei, a saber e não só:
um cortador de pizza
um temporizador
um pote para café
uma chávena de café
Desconheço por conta de quê o pote é para! café e a chávena é de!, mas pronto. De resto está tudo bem comigo, obrigadinha.

Sonho

Sonhei com algo que metia paredes e tinta. Mal acordei, ainda deitada, formei uma frase que resumiria todo o sonho, só que se dissipou logo que me levantei. É um problema, pá, isto é um problema (como diz o amigo das motas).

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Celulite

Estava o Outono a vinte e tal dias (como está hoje mas hoje é um tal mais tal) quando fui ter com a Carminho, por modo a tratar dos penantes, quero eu dizer dos pés. Era realmente uma pena que já não lacasse as unhas com um verniz bonito, ora porque está frio, ora porque chove, ora porque não seca até ir embora e, estando frio, não dá para ir de sandálias para casa, ademais a malta desloca-se de mota e nessas circunstâncias a temperatura é bravia, isto para o lado do frio e blás e mais blás. Enquanto andava com estas consumições de pessoa indecisa, ralei-me imenso com o tom do verniz que a Carminho tinha nas suas vinte unhas. Era lindo! Ai quero para mim! E assim foi. Entretanto percebi que as minhas consumições eram feitas de nada, podia estar toda a tarde de chinelos, afinal nem estava assim tanto frio, qual quê, o verniz secaria, olarila. Mas não secou. Não totalmente, quero eu dizer. Chegou a hora de calçar meias e botas (nesse dia chovia pra caraças) e quando cheguei ao Ginásio tinha uma beliscadura na unha do dedão esquerdo. Vá lá que ninguém na sala se horrorizou como quando apareci com as unhas verdes. Sério. Houve alguém que esbugalhou os olhos perante esse cenário. Na hora, para não fugir com vergonha, ou chorar perdidamente, meti na cabeça que o horror era devido à celulite que tenho nos dedos dos pés. Sim, sou uma pessoa muito especial, tanto que tenho celulite nos dedos dos pés. Boa noite.


O espevitar

Há uma frase, esta:
Sei. Porque tenho memória, sei.
… Que foi coisa que escarrapachei no estaminé há quase cinco anos e desde aí algumas pessoas comentaram. Como no último ano estou bem mais próxima desse mural (vou chamar-lhe assim), o dito aborrece-me. Bués. É que é ganda seca aquilo ali:
pumba, lê, pumba, ah pois é, eu fiz isto, pumba, mas por que raio me dei a este trabalho...?, pumba, valerá mesmo mesmo mesmo a pena registar as coisinhazinhas assim a modos que em definitivo?, pumba, mas eu vou ter que olhar pra esta merda o resto da vida?
Pronto, coisas tipo assim estas. Mas em certos dias isto acalma, pois acalma. O mural está assinado, Gina (olá o meu nome é Gina). Há dias, estava eu lá dentro a ver de umas coisas e ouvi o meu colega falar com alguém, demorando eu pouco a perceber que era acerca da frase e que pelos tons das vozes se tratava de um comentário apreciativo. No entre dos tantos, por o meu trabalho ser necessário ao prosseguimento do negócio (era uma cliente), o meu colega chamou: ó Gina! e eu apareci. Boa-tarde e mais isto e mais aquilo. A cliente disse «ah, Gina, eu vi ali Gina, então foi você que escreveu?»





Ai.






chulé

tenho que levar os ténis para casa, para os lavar, porque este tempo já não é para chulé
não percebi
se eu lavar os ténis agora sai-lhe o chulé e como os pés já não têm chulé, não o dão aos ténis
não percebi
os ténis cheiram a chulé e precisam de ser lavados, ora neste tempo mais fresco o chulé já não se chega, então se eu lavar os ténis por estes dias, sendo que nos pés já não existe chulé, estes já não o passam para aqueles
não percebi

Números

Ando sempre a ver quando é que a senhora se esquece de mudar o dia no seu calendário-gato, e foi ontem, que era 18 e o gato dizia que o calendário ia no dia 17. AAAAAh-Ah!

Bom dia!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

túnes, id est: túneis, id est: abaixo dos buracos

com filtro

Chá

Calhou de ser de camomila, o chá. Diz que é bom para beber à noite, que relaxa e tal, mas olhem, não notei desmancho na postura perante a manhã que lá vinha. E veio. E está cá.
Escolhi camomila parce que j' ai vu les autres e nenhuma das cores que vi, nenhum dos odores que não senti, me atraiu. A camomila é um chá muito bonito, o chá de camomila é flores, é de sabor a flores, é de cheiro a Primavera.

5115

Começo o dia com a capicua no número de posts. E eu que dantes ligava tanto as estes números, pá. Quando foi chegado o 5000, ocasião mais do que suficiente para uma festa daquelas (de quais, né?), esqueci-me. Esqueci-me, não, estou agora a lembrar-me, o que aconteceu foi que simplesmente não notei o número. Entretanto pensei: ulha!, festejo no 5005! E o que é que aconteceu? Não notei o número. Mas como ontem à noite vi que tinha terminado de encher o blogue com o número 5114 nos posts, pensei: não é tarde nem é cedo. E pumba.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Preto

Tenho as mãos tisnadas de preto. É de um pó que se chama preto - pó preto que é um pó e é preto, ah que original, né? - e que aquando das tais mudanças do velho estaminé para este se derramou um pouco ali assim atrás. Como é ali assim atrás, e como este incidente ocorreu quando já o tempo para concluir as mudanças escasseava, lá foi ficando e daí tenho vindo a retirar a sujeira lentamente. De cada vez que ando ali assim atrás a dar sumiço ao imprestável, lá vou tisnando as mãos.

Massachicha

Ainda não vos disse que Laurent abre imenso as pernas para ficar ao meu nível e falarmos confortavelmente. Pronto, agora já disse. Mas é giro, isto de ele abrir as pernas, vai descendo, descendo, sem parar de falar, e depois, quando acha que está no ponto, cruza os braços, mas sem parar de falar, e daí continua.

Motivos

A vizinha da vizinha Gislena passou na rua e olhou para o relógio.
Porque tinha o motivo de saber as horas, digo eu.
A vizinha da vizinha Gislena já teve muitos desgostos e encruzilhadas deveras desnorteantes na vida mas nunca se rendeu à depressão.
E tinha muuuuuitos motivos para isso, disse ela.

Teique a bigue adevaice. é melhor

Se depois de chorares não te sentes melhor, o melhor que tens a fazer é não chorar. Cada um é que sabe de si italital, mas olha que. Olha que é melhor.

O dever de comprar

Eu devia era comprar um pacote de lenços. Eu tenho um, tudo bem, que mantém ainda um lenço do seu tamanho aconchegadinho em suas paredes de plástico, só que os demais são guardanapos dobrados uma vez e depois duas, querendo isto dizer que agarro no guardanapo como veio a mim, dobro-o e obtenho um rectângulo, que depois dobro em três partes, conseguindo assim um outro rectângulo, mas pequenino. E eis que o enfio então dentro do pacote, mas como é pequerrucho não estabiliza as paredes de plástico, ficando-me ali as badanas a-dar-a-dar. Eu devia era comprar um pacote de lenços para ter um em novo, isso é que era.

É falar na mesma

Na cafetaria, notei um senhor que, ainda que sozinho à mesa, fazia gestos amalucados. Depois percebi que o senhor era mudo, ou falava com alguém surdo, e através do telemóvel. Apoiara o dito no dispensador de guardanapos e lá ia gesticulando com entusiasmo. Vivas e urras para ele, que falar não é só com o aparelho vocal, mas nesta circunstância acho 'comunicar' uma palavra mais adequada.

Volume de som

A Carolina Deslandes estava a cantar 'A Vida Toda' tão alto que só ouvi o cliente dizer bolha. Fui logo baixar o volume de som. A correr, claro. Dá, aqui no estaminé dá para correr, não dá é para cansar.

Pergunta

Para quem se pergunta: «então mas a Gina agora já não faz doces ao fim-de-semana?», e pergunta-se bem, eu vou responder: «faço, pois!»
Fiz um cheesecake a lembrar o Snikers, que é um chocolate com os sabores a chocolate, caramelo e amendoins. Malta: é tão mas tão bom! O chato é ser doce para muitos processos, pois é preciso fazer a base, deixar esfriar, preparar o recheio, deixar esfriar durante mais tempo, conseguir a cobertura, que consiste em caramelo e chocolate, sendo portanto necessário tratar de ambos, e ambos terem que arrefecer um pouco mas não demasiado, e isto sob pena de: se muito quente: risco de derreter o recheio; sew muito frio: solidificarem tanto que dificilmente se conseguirá espalhá-los. Nada que não se consiga, claro, eu consegui, mas é preciso arranjar alguma paciência e coordenação.
Fiz um bolo de pêras e figos frescos. Os figos estavam mesmo frescos, pois que não chegaram a descongelar. Entretanto, com este preparo, percebi que os figos, tal como eu supunha, dão-se bem com a congelação, retiveram todo o seu sabor. É certo que só estiveram no congelador uma semana, mas mesmo assim considero ser um bom presságio, o modo como estavam. Não foi vez primeira, este bolo, tinha os aromas da canela e da baunilha e pronto... ó pá... atão... é bom...

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Ó Gina, tu leste?


Sim, tenho, aliás, vindo a ler diariamente. E tenho, também, excerto e foto.


«Disse que os pensamentos dos grandes pensadores eram interessantes poque podiam divertir-nos a cabeça e pô-la a funcionar com novas palavras e frases esquisitas e saborosas mas mais nada, e ao dizer ocorreu-lhe uma imagem, que os pensamentos dos grandes pensadores eram como caça, não é que a carne da caça seja melhor que a carne normal que se vende nos talhos, normalmente até é pior, mais dura e com chumbos que podem estragar-nos os dentes, mas há um charme extra naquela carne que foi caçada para nós por alguém e isso torna-a mais saborosa.»

Assobiar em Público, Jacinto Lucas Pires