quarta-feira, 28 de julho de 2021

À noitinha de ontem

Em sangria, ou algo do género, sou de beber de enfiada. Não descirno se porque gosto muito, se porque sou sôfrega, se porque desliza bem, se porque, e simplesmente, adivinho que, esperando, bebericando, acalmando a voracidade e tal e tal, derrete-se o gelo e aquela maravilha perde vida.
Havia flamenco a animar - dança e canto. O dançarino era muito jovem, porém, artista suficiente, para já. Não que eu perceba muito destas coisas mas sei o que sinto daquilo que vejo. Havia muita gente. Demais. Senti a ansiedade crescer. Apaziguei-me rabiscando notas no bloquinho rudimentar, admirando o mar, ou o dançarino. As esperas dão-me conta da cabeça. Caraças. Enquanto rabiscava as coisinhazinhas um homem observava-me interessadamente. É sempre agradável surpreender as pessoas. Eu havia escolhido o bloquinho rudimentar para a distração porque, rabisco que é rabisco, aponta-se rapidamente.
Bom. Então. La ensalada de pulpo estava temperada à maneira e la tarta de queso foi a melhor de todos os tempos. Eu não faria melhor, gosto sempre de comer a comida que eu não faria melhor.

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