quarta-feira, 1 de maio de 2024

a minha mãe; o meu pai

O Alentejo para sempre me remeterá às memórias dos meus pais. São as minhas vivências, as minhas experiências, as minhas questões. As fotos abaixo assemelham-se a duas que tirei em tempos, depois do funeral de cada um deles. No da minha mãe, que morreu primeiro, quando sai do cemitério, em Albernoa, terra natal dos dois, avistei um olival e logo pensei - «a minha mãe». A minha mãe é um olival porque um olival, para mim, é, na sua essência, alentejano. Então tirei um foto, publiquei no blogue (aqui) e intitulei de «a minha mãe». Quando o meu pai morreu calhou de já não estar a viver em Albernoa, por isso foi enterrado num outro lugar. A cerimónia terminada, quis homenagear o meu pai da mesmíssima maneira, então apontei a lente a uma árvore logo à saída do cemitério (aqui) e logo que pude fiz tal e qual, publiquei no blogue e intitulei de «o meu pai».  Não é o Alentejo, não é Albernoa, porém, certo é que o meu pai ficou próximo daquela árvore. Não sou de visitar os cemitérios, tampouco de pôr flores, na verdade nunca regressei a nenhum dos cemitérios, nem ainda avistei Albernoa, é que nem de longe, os meus pais estão na minha memória, é aí que jamais os deixarei morrer. Corpos são corpos e memórias são memórias, mas estas prevalecem sobre aqueles.
O que as duas fotos abaixo têm em comum com as outras (links acima) é o olival ao longe e uma árvore (bom, na verdade são duas...) vista(s) de baixo - é a minha mãe e é o meu pai. Outra vez. No Alentejo. Desta feita junto à Fortaleza de Juromenha, aos 26 de abril deste ano, após ter tirado as fotos que constam neste post.

2 comentários:

  1. Que post tão belo, Gina.
    Um abraço assim mais apertado.
    E beijinhos 😊🌻

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    1. Obigada Susana.
      Feliz Dia da Mãe.
      Somos mães 😉🌷

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