segunda-feira, 19 de junho de 2017

Olá, bem-vindos a mais um blogue

Bom dia. São dez e trinta e três.
Lanchinho: duas ameixas vermelhinhas - e azedinhas, como eu gosto. Tirei fotos ao antes & depois mas a máquina fotográfica não tão espectacular assim não tinha o cartão de memória lá dentro, então as fotos ficaram gravadas na memória interna. Não que eu não saiba que o sistema para as tirar de lá é extamente o mesmo, mas acresceu uma tarefa para logo à noite, então: apresento as fotos amanhã, creio agora nisso, só por dizer que às tantas apresento num outro dia 'olhem: lembram-se das minhas ameixas? e tal e tal', e explico e deixo link para este post e assim conseguirei um extra-post.
O que eu devia fazer era pôr-me a procurar a porra do cabo para passar as lindas de morrer fotos que tirei... ai perdão, as fotos que tirei e que estão lindas de morrer.
Isto de ter a máquina faltosa de cartão deve-se ao facto de o regresso de férias ter sido um bocado virado para tecnologia. Um bocado. Mesmo. Levei comigo uma catrefada de valiosos auxiliares desta que escreve e que tem a mania que é repórter:
baterias, pilhas, carregadores, cabos, cartões de memória, pens
E, chegada a casa, houve que desemaranhar e descarregar o que estava nos cartões para o computador, e aí é que foi, pumba e coiso, hoje toca de trazer a máquina quase desmemoriada.

Vamos mudar de assunto?
Vamos.

Cheguei ao estaminé, atualizei a minha pastinha dos escritos e fotos e coisinhazinhas que tais, abri o meu documentozinho de escrita e... deixei cá um rascunho!, oh céus!, um rascunho?, eu deixei-me só um rascunho?!
Sim. Caraças pá, sim.
Mas sei como continuar a ser grafómana, isto porque, e por exemplo, já escrevi isto tudo e ainda o sol vai na subida, para aí aos três quartos do pico.
No documento que uso no estaminé, deixei também uma foto:





E um documento digitalizado:





Da foto:
Não malembra se cheguei a publicá-la e não vou vasculhar o passado do blogue, que não mapetece. Trata-se do momento em que terminou a caneta verde, que entretanto deixei em Villefranche de Conflent, acompanhando a mala-velha-e-creme, ó:





Da imagem:
Deixei-a por publicar, disso já malembra e olhem, publico agora e acabou mas é a conversa ← essa.
Trata-se de uma lista de faltas domésticas que não me pertence e que encontrei não malembra onde. Neste dia, é não mais que isso.

Boa tarde. São quinze e quarenta e sete.
Sei que todo este post está superlativamente interessante, o que vos levará a não esmorecer a leitura. Então, vá.

Da lista do que eu queria, ainda, registar acerca da mais recente viagem, não consta copiar os manuscritos para os publicar no blogue, o que é vez primeira a acontecer. Sério. Copio, desde sempre, as palermices que escrevo no caderno – ao d' agora chamo de 'colorido' – que levo comigo. Ora acontece que escrevi pouco, principalmente por falta de tempo, embora a falta de vontade tivesse aparecido no fim da jorna, tanto que nos dois últimos dias não registei coisinhazinhas. Lamento essa ausência, mas pouco, afinal sou mulher para não dispensar o viver em prol do escrever, a esta grafómana não é fácil escrever umas coisas sem viver, tanto essas como outras coisas.

Ó pá, que saudades do lugar (que também pode ser) da musa, da árvore amarela, da rua mais bonita de Lisboa, dos bancos da praça, do latim, das folhas pela calçada. Hoje não pude rever todos eles, tampouco amanhã será dia disso, mas quarta-feira lá vou eu. O que amanhã poderei rever são os jacarandás, que, estando junho aos dezanove, hão de ter largado muito lilás e muito óleo na calçada – frruque!, frruque!, frruque!, eu a andar e as solas a pegar. É.

Sabem que eu, na dita viagem, logo ao início deu-me para colher florzinhas e folhinhas. Nem sempre esperei que o acaso mas trouxesse, fui por vezes ruim para com a Natureza, ingrata, arrancando flores e folhas do seu sistema de vida para as encafuar num dos meus. Com isto entristeci um poucochinho, mas por outro lado alegrei-me, era para continuarem vivendo, afinal. Por onde ia passando, e onde me apetecesse, levava comigo as flores e as folhas, que nem sempre apanhei do chão - repito a ver se se entende - dispondo-as seguidamente por entre duas folhas do meu caderno colorido. Isto contribuiu também para não me dedicar tanto à escrita manual, pois quanto mais recolhas eu tinha por entre as folhas do caderno, mais volumoso este ficava e mais cuidadosa eu tinha de ser, que era um ai! enquanto as recolhas saíam do seu lugar, quantas vezes não dei por algumas caídas no fundo da mala, ou então prestes a isso. Mas não perdi nenhuma, é que nem uma.
Entretanto deu-me na cabeça armazenar toda a espécie de papelada, cartões de visita, faturas, avisos 'do not disturb', ou, quiçá bem mais chique: 'prière de faire ma chambre', talões de pedidos à mesa com anotações de palavras-passe do wi-fi dos restaurantes, envelopes guardadores de talheres limpos e prontos a usar e até, pasme-se! papéis de Sugus. Portanto o meu caderno colorido ficou gordo pra caraças e manuseá-lo sem me cair todo o espólio era quase um dom de malabarista.

São agora seis e tal da tarde. Estou aqui estou aí, onde for. Quero eu dizer que já faltou mais para publicar este grande post. Se não conseguirem ou não quiserem lê-lo até ao fim, não faz mal, eu gosto de vocês na mesma.



Lisboa, dezanove de junho de dois mil e dezassete

2 comentários:

  1. Deste-me agora uma ideia: às plantas e às flores, que por desígnio natural têm um destino bastante sedentário, vou começar a levar em passeios! Encho-me de vasos e vou mostrar-lhes outros lugares. Elas poderão crescer em movimento, aumentar exponencialmente a respectiva cultura geral, e eu, ah!, eu terei muito que conversar!

    ;)

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  2. :)

    E eu, na próxima oportunidade copio-te a ideia, levo o vasinho de manjericão comigo.

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