Esperava a minha moto-boleia, já equipada. Notei que vinha de lá, não ainda a minha mota, mas um carro-patrulha circulando devagarinho e que, presumindo eu, fazia a ronda. Quando o veículo se cruzou comigo o senhor agente saudou-me, levantando a mão. Há anos que noto que estar equipada de motard faz de mim uma pessoa afável e, até, oh vejam lá, social. Sério. É claro que retribuí a saudação, e duvido, oh se duvido, que obtivesse o mesmo tratamento se estivesse vestida em modo causal, que é o meu. Caraças, é mesmo giro ser motard. Lembrei-me daquela vez em que escrevi assim:
Ao almoço entrámos um bocado húmidos no restaurante que escolhemos porque sim. Damos um bocado nas vistas, isto já sem humidades, só aquela parafernália toda - blusões enchumaçados, capacetes coloridos, calças impermeáveis, luvas enormes e ainda a tecnologia, que pode ser bizarra (basta quererdes). Comemos peito de frango avec des carottes e arroz soltinho. Não foi grande coisa, mas vá. De sobremesa escolhi tarde de apricot. À saída, um dos comensais desejou-nos boa viagem. Pareceu mesmo em português: boa viagem. Tanto, que nem liguei a ficha de pessoa viajada e europeia e vá de um escorreito obrigada responder.
|5 Junho 2019|
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