Acabei por não colocar a receita do último cobbler que fiz e que havia retirado de um dos programas de Martha Stwart, que passa no canal 24 Kitchen.
Está bem que é meramente bolacha
Está bem que não passa de uma massa vulgar
Está bem que de tão conhecida se torna desinteressante
Mas, nesta receita, a massa leva, não só manteiga, como natas, vai daí há uma variante, vai daí deixo escrito no blogue.
250 gramas de farinha
75 gramas de açúcar
2 colheres de chá de fermento em pó
1 pitada de sal
120 gramas de manteiga
250 mililitros de natas
As natas juntam-se por último, já que antes agarramos nos restantes ingredientes e os misturamos até formar uma espécie de areia. Há duas opções, ou por outra: conheço duas formas de chegar a esta mistura.
1, colocamos os ingredientes sobre a bancada - idealmente de mármore, mas olhem, a minha não passa da mesa da cozinha, que foi fabricada em mdf, ou lá que é, e pulverizada com tinta branca, e, não sendo o ideal, tem resolvido os amassos dos últimos vinte anos – os secos em monte, faz-se um buraco no meio onde se deposita a manteiga. Fria. Quando não, jamais chegará à fina, e desejada, areia. Podemos usar as pontas dos dedos para chegar a essa meta, ou recorrer a uma faca para acelerar o processo. Eu explico, a lâmina cortará a manteiga finamente, vem daí então a finura da areia mediante o desejo que se tem de a obter.
2, colocamos os ingredientes numa tigela grande e larga e poderemos proceder do mesmo modo, enolvendo tudo com as pontas dos dedos, ou então recorremos a um utensílio que, não sendo propriamente sofisticado, é o adequado à tarefa. Trata-se de um pedaço de metal encurvado e rasgado na horizontal, que depois é preso nas extremidades por um punho de madeira. Ora o que é que acontece?, acontece que os rasgos da parte metálica são como lâminas que vão cortando a manteiga finamente.
Chegados a esta fase, é juntar as natas, amassar vagamente, nada de cansar a massa, estender, recortar em forma de bolachas e dispor por sobre a fruta que se esquartejou e preparou ao lume, com os temperos que se quis. Convém que as bolachas não tapem a fruta de todo e que sejam pinceladas com natas e polvilhadas de açúcar amarelo. É levar ao forno para aí uma hora e já está.
Ó pá é tão bom!