quarta-feira, 26 de julho de 2017

Papelada

O senhor da papelada é ganda cromo. Ó pá, o problema que foi percebê-lo. Começou por perguntar se já alguém me tinha chamado beringela, isto ao depois de olhar para o guê do último nome.

• Quis saber do balcão, mas qual balcão?, perguntou, balcão de quê?
• Achou um piadão ao nome do meio do balcão, ah ah.
• Então e bolos?, faz bolos?, perguntou também, só por dizer que não vos sei contar como chegou aí.

Tenho um email e um número de telefone que me liga diretamente a ele, portanto não faltam meios de o encontrar, mas vai que prefiro escrever-lhe, ó pá se prefiro, nem quero saber o que seria uma conversa telefónica com um cromo assim.
Mais um pormenor(zinho): era obrigatório eu manuscrever no fim do documento – recebi o original – e assinar por baixo. E eu, provando que sou baralhada das letras também quando manuscrevo, vai que despacho assim a coisa:

recebio o original

Podia ter escorregado para:

recebi o o original

Ou para:

recebi-o original

Ou ainda:

recebi-o o original

Qualquer das hipóteses de erro que não escolhi poderiam tornar-se deveras engraçadas, já que não são erros de ortografia. Só que não. Eis que se me encalha a mioleira no piorzinho.

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