Às sete e picos da manhã ouvi dizer na Radio que era dia de ligar à sogra. Ora acontece que me senti logo livre de o fazer, pois quem me ia ligar de certezinha era a minha sogra, que eu fazia anos italital. E ligou. Ligou também a minha mãe e o meu pai por junto. Ligou, ainda, o rico filho. De resto mais ninguém precisava de me ligar, que dormem na mesma casa que eu. Foi chegar a manhã e ouvir 'parabéns mãe', vindos da rica filha, e 'parabéns minha linda', vindos do Luís. Ah, e o bicho-cão deu-me a desmesurada atenção, quando ainda na cama. Eu, claro, eu na cama e o bicho-cão no chão, claro, patinhas dianteiras em riste e linguínha sôfrega. O costume da gente as duas, portanto, costume esse que está longe do parabenizar.
Fiz um bolo montes de bom. Ó pá, a sério, fiquei maluca com o sabor conseguido. É que há dias comprei uma manteiga daquelas todas apaneleiradas e que é realmente muitaa boa em sabor, aspeto, textura, cheiro... ó pá, em tudo. O bolo, a bem dizer, fi-lo jogando-me ao mais básico que há na matéria → 4x4, ou seja:
200 gramas de manteiga
200 gramas de açúcar
4 ovos
200 gramas de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
A partir daqui pode fazer-se os mais variados bolos, vai daí escolhi fazer o meu com:
4 talos de erva-príncipe
2 colheres de sopa de coco ralado
100 gramas de pinhões
200 gramas de chocolate branco
100 mililitros de natas
50 gramas de açúcar
100 mililitros de água
Enquanto a manteiga e o açúcar andavam aos rebolões na minha batedeira montes de espectacular, retirei as folhas de fora à erva-príncipe e piquei-a finamente com o coco (a picadora foi o melhor caminho para a finura que eu pretendia). Quando a manteiga e o açúcar estavam homogeneizados, juntei os ovos, um a um, não juntando nenhum sem que o anterior estivesse bem incorporado. É nesta altura que, quem faz bolos esporadicamente, se admira com a consistência da massa, é que nesse ponto parece tudo menos uma massa boa e capaz, e isso acontece porque os ovos afinal não se incorporam tão bem assim, o que torna a massa numa mistura líquida e por vezes talhada. A esperança de uns (os inexperientes e/mas otimistas) e a certeza de outros (os experientes) é que aquando da adição dos secos tudo se transforme para o bem abraçar e resultar numa massa ímpar... Bom, adiante. De seguida é hora de juntar a erva-príncipe e o coco, tendo já e entretanto, a farinha e o fermento em pó peneirados, que se juntam também à festa. E aí 'migos, ai 'migos aí, ai ai... a massa parece capaz de resultar num bolo tremendamente... capaz de tudo.
Com as folhas de fora da erva-príncipe, os 50 gramas de açúcar e os 100 mililitros de água fiz uma calda, que ferveu durante dois minutos e que deitei por cima do bolo cozido e esburacado com um palito.
Com os restantes ingredientes fiz a cobertura: parti o chocolate enquanto as natas aqueciam no fogão, quando quentes joguei-as por sobre o chocolate, misturando-os ao depois de o chocolate derreter, derramei a mistura por sobre o bolo esburacado e húmido da calda fervente e, finalmente!, lancei os pinhões tostados.
Gravei dois vídeos, os quais, pelas minhas contas, serão publicados lá longe no tempo, uma vez que tenho a edição dos ditos atrasada que se farta, é que ainda nem os das férias estão no canal, quanto mais os que se lhes sucederam.
Fui feliz. Muitos leitores me desejaram um dia feliz, e podem crer que o foi. Obrigada.
O bolo de que falo acima é este, ó:
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