terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Lisboa, 30 de janeiro de 2018

Estou sentada no banco hater, o que não acontecia há muito tempo. Por estes dias, já consigo sentar-me aqui sem enregelar o cu. O sim-senhor, ah ah. Infelizmente, o placar não anuncia os graus. Degraus, ah ah.
Por conta daquela situação com Marió, tenho andado com a cabeça às voltas. É um texto que eu tenho que escrever e eu dou-me mal com isso do ter-que-escrever, ai porra que me tiram a liberdade! Tenho que escrever acerca de uma ideia que está enraizada em mim há décadas:
EU
não posso ser
EU
É que tudo na minha vida vai dar aí, eu não posso fazer, sentir, ser, conseguir. A prisão. O horror.
Que sono. Hoje estou nisto do sono que não é meu, estado que me acontece por fases de dias ou semanas seguidas. Mas eu não posso ter sono. Pois. Então e quem se levanta de madrugada, como faria, se fosse como eu? Como é que eu acho que essas pessoas vivem, ensonadas, não?
Que vontade de escrever tudo o que me passa pela cabeça. Mas
EU
não posso escrever
TUDO
Que imensa alegria me encheu o coração agora mesmo por ver a árvore ao lado direito do poeta, que os ramos dela se confundem no ar com os desta aqui já ao pé de mim, que ambas recortam o deslumbrante céu de hoje, que há nuvens e tudo, mas tão ténues que nelas transparece o azul. Mas eu não posso estar alegre com algo tão vulgar, tão desprovido. Tenho que me preocupar com os afazeres domésticos e as tarefas profissionais, ou, vá lá, com as questões da sociedade atual.
Oh, que forminhas tão bonitas. Vou comprar para fazer bolinhos para os meus amigos. Não posso. Não tenho amigos. Se os arranjar à pressa (o que não é assim tão difícil, qualquer pessoa consegue isso) os amigos revelarão as intolerâncias alimentares de que padecem, o excesso de peso que os ataca por aí, os valores do corpo nos píncaros, ou o seu oposto, o que também é sinal de contenção. Vou mas é ver forminhas e querer tê-las e poder comprá-las.

Escovilhões

Ofertas doces

Num dado dia de há umas semanas atrás, decidi-me a trazer bolos, nomeadamente: queques, tanto que até fiz post, só por dizer que por ora não o vou pescar, e que já trouxe para o estaminé:
queques de chocolate
queques de manteiga
brigadeiros de limão
trigo sarraceno doce
Até agora toda a gente gostou. 👍😋

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Apeteceu-me escrever

Apeteceu-me escrever no meu caderno quando estava na casa de uns amigos. Não o fiz por conta daquilo de eu não poder ser eu. É certo que tenho dificuldade em me pôr a escrever no meio de gente que me conheça, questão que não me preocupa se estiver sozinha num local público, aí escrevo sem reservas. Se eu podia encontrar o mesmo desligamento e escrever? Podia. Pouco lhes importa o conteúdo do meu caderno, o problema não é esse, é que eu, se atualmente posso escrever ao pé dos amigos, destes amigos, e sei que poderia, é porque eles conhecem particularidades da minha vida, nomeadamente que sou socialmente fóbica e tendencialmente suicida, embora não me reconheçam nestas palavras. Sério. É quase como se, afinal, ninguém me conhecesse. O que eu quero dizer é que não parece que sou assim mas sou. Essa é outra questão que me aborrece, porque sou o que não pareço?

Preocupa-me, e não poder dizê-lo abertamente

Quando digo 'oh, isso não!' posso não estar debaixo dessa preocupação, antes me capacitando de um mero facto, o que não é entendido como franqueza, mas sim tolice.

Base de creme doce

8 tâmaras medjool
150 gramas de farinha de amêndoa
1 colher de sopa de cacau em pó
50 gramas de açúcar mascavado
50 gramas de avelãs
50 gramas de chocolate preto

Colocar tudo no processador e triturar até ficar numa pasta. Encher uma forma de fundo amovível e completar a sobremesa com um qualquer creme de semifrio.

Obituário

Morreu aquele senhor que disse - o primeiro dos primeiros a dizer – que este estaminé tinha ficado mais bonito porque agora eu estou cá. Oh.

Comprinhas

Guardanapos de papel singelo
Forminhas de papel frisado
Tigelas de vidro com tampa hermética
Pão fatiado

Levei um ror de tempo a decidir as cores dos guardanapos. Alfim, agarrei nos cor-de-rosa e nos verdes.
A embalagem das forminhas diz que tem cem delas lá dentro, mas, contando um dos seis montinhos, não acredito. E, para não levar um outro ror de tempo a confirmar exisitências... deixei-me estar.
As tigelas com tampa hermética vieram por conta da falta que por vezes me faz recipientes do género. São piriris, úteis e, ademais, bonitas.
O pão, ultimamente, já quase nem preciso dizer à menina que o quero fatiado. Dantes: «quero um pão fatiado, se faz favor» dizia eu, agora: «quer fatiado, não é?», adivinha a menina.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Olá
Há exatamente dois anos era sexta-feira e o primeiro post do blogue foi assim:



Bom dia. São dez e quinze. Dez e um quarto. Passam quinze minutos das dez da manhã. Passa um quarto d' hora das dez. 10 e ¼.



(de nada, ora essa)

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O estaminé dá as boas-noites aos leitores





Latim & Bochechas & EU

Fui ver o latim mas não ele não me disse nada. Passou-se-me o encanto, o que lamento e me alegra. Lamento porque era foco, e eu vou sempre precisar de focos, e alegra-me porque estou diferente.

Ia eu subindo para cima,
o que nada tem de inatural ou extraordinário, giro, giro seria eu descer para cima, isso é que era,
e escolho descer para cima e não subir para baixo porque o que conta é o destino e o destino estava lá no alto,
mas, tornando,
ia a subir a ladeira da minha vida quando dei de caras com o amigo mais bochechudo que tenho no meu rol. Demos dois beijinhos cada um, o que perfaz quatro desses, nas bochechas e ele estranhou:
«Ah, estás tão fria, Gina!»
Bom, fiquei um bocado coisa e resolvi-me a responder que vinha andando apressadamente à conta do frio, logo: a cara é pele que vem de fora, portanto... vai daí... né?
E com isso da friagem lembrei logo a morte e toda a diferença na minha vida se desintegrou e fui visitada por este pensamento: «está quase 'migos, estou mesmo quase a morrer»

Não tenho emenda. Terei emenda? Não me emendei!
Estou cansada. Sério, estou mesmo cansada. Não é da minha vida, é principalmente esta a diferença que noto, ao presente não é a minha vida que me enoja ou entristece, estou é estupidamente cansada deste eu.
Marió diz que estou a resistir à cura. Não lhe tiro a razão, mas é que esta coisa de mudar é esquisita, se eu não for eu, então como vou saber que é este eu que eu tenho que procurar ser? E se afinal este eu também não funcionar por conta de o outro eu querer ser eu?

Post do passado com foto do presente






São pedaços de uma enorme folha que recortei com uma tesoura que faz triângulozinhos. Confunde-se com o natural recartilhado da folha, embora seja diferente, mais miúdinho. Resolvi fazer diferente com esta folha porque gostei muito dela, como de milhares de outras, voltei a trás para a apanhar, como faço com tantas, mas depois ela estava assim como que meio desfeitinha e, vai daí, fiz-lhe o que lhe fiz.

Post do passado com foto do presente







São folhas do outono que passou. Recolhi-as há tanto tempo que não me lembro onde. A da direita, é especial, linda. Digo especial porque nenhum dos meus cadernos, aqueles dos últimos tempos, contêm uma assim. Talvez, estou para aqui a lembrar-me, a tenha recolhido na avenida da República, naquele dia em que andei muito em Lisboa, mais precisamente: entre o Campo Grande e o Saldanha. Mas, realmente, não tenho a certeza, não.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A árvore amarela
e o
Lugar da musa

Venho dizer-vos que este ano ainda não pousei os olhos em cima da nua árvore amarela. Nua, sei lá eu, tanto tempo há que estou sem a ver, quem sabe o janeiro lhe tenha já dado alguma cor. Mas, sinceramente, não creio nisso, não é árvore para se adiantar dessa maneira.
Venho dizer-vos que este ano já visitei duas ou três vezes o lugar da musa, mas, como nos últimos tempos tenho engordado o blogue com poucochinhos posts e, caso tenham reparado, até nem estou assim tão presente, já não malembra se vos falei deste lugar da musa, que é novo na minha vida, ou então não. Olhem: os pacotes de açúcar são do local e são giros pra caraças, quero não masquecer de os fotografar um dia desses.

O forno

Quando quis acender o forno, o dito negou-se ao trabalho toda uma catrefada de vezes. Vai daí, como se sabe, tudo o que avaria, avaria aquando de uma necessidade premente, portanto eu tinha a massa das bolachas de avelã prontinha a estender, e só não tinha o tabuleiro forrado e preenchido com elas porque tenho o saudável hábito de acender o forno bem antes de. No entre dos tantos, ó pá, então tu não fazes fogo, e agora? Como sou mesmo coiso, mas mesmomesmomesmo coiso, tive a genial ideia de cozer a massa na frigideira. Isto porque, em dado momento da minha vida, tinha conhecido a 'bolachona na frigideira' através da tv e fixado o inusitado modo de cozer uma bolacha. Oh céus, estou safa!, pensei eu, e fui buscar a frigideira mais pequena para não fazer uma bolachona só, mas sim uma data de bolachonazinhas. Esta frigideira, ó:






Não me safei assim tão bem. Pois.
Por saber que este é um preparado que precisa de selar o mais rapidamente possível, deixei a frigideira aquecer bués e depositei a massa em cima desse imenso calor. Isto, cheia de paciência e controle para não andar a mexer-lhe e estragar tudo. Au eva, não resisti e levantei-lhe uma bordinha. Pumba, coiso, tu sune. Seguidamente aguentei melhor as ânsias e deixei-a estar, só que exagerei no tempo e ela queimou. Mau Maria... Vai daí, com a pressa de retirar a massa da frigideira e a frigideira do fogo, o que fiz foi pô-la em cima da mesa que tinha uma toalha ½ poliéster e outras fibras, que não se aguentou com o choque e derreteu. Portanto: fiquei com uma linda toalha de papoilas, coisa mai linda pá, com um buraco bem redondinho e boa para jogar no lixo, bem como uma frigideira com um pedaço de tecido agarrado ao fundo, como realmente joguei. Ambas. Ainda pensei tirar uma foto, mas. Até ficava gira, imaginem um buraco numa toalha e um redondel queimado numa base de frigideirinha, só por dizer que.

Olá! Espero que do post anterior até este momento tenham realmente tido um muito bom dia! Tenho aqui uma foto espectcular! É a Gina! E o Juji! Só não sei qual é qual mas não faz mal, eu gosto deles na mesma!

Olá! Muito bom dia a toda a gente! Tenho aqui uma foto que é um espectáculo! É a curva cotovelo! É a inclinação! É a tontura!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Gina, a chatear pessoas desde 1968

Voltei atrás para tomar os vinte miligramas da substância que me trata da cabeça. É que me havia esquecido e isso é inadmissível, não fora eu ao longo do dia chatear as pessoas com as minhas coisinhazinhas.
Abaixo é Guerra Junqueiro, a estátua a entreter pessoas desde há exatamente cinquenta anos.



Lisboa, 19 de janeiro de 2018



quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Vida animal

Antes de mais, peço desculpa aos montes devido a não ter atualizado a blogosfera acerca desta interessante temática, a que tão carinhosamente chamo o que está no título deste post, é que a semana passada não tive oportunidade de desenvolver estas questões.
Ora então vamos lá.
Arranjei duas modas novas.
Moda 1:
Deixo Kildo fechado na cozinha se quero arejar os quartos. Pois. A cozinha é o lugar mais apreciado pelo bicho-gato, tem solinho, tem comidinha, tem areinha... de maneiras que, mal ouve o som da porta a arrastar, aí vem ele, atraído. Eu, pessoa esquemática pra caraças, uso então esse esquema – quero abrir janelas?, abro a porta da varanda um pouquinho, só até ao momento de fazer o som revelador, e pumba, aí vem ele, qual flecha. O problema é quando quero fazer o contrário, portanto vem aí a:
Moda 2:
Se quero manter a porta da varanda aberta e o bicho-gato de lá não parece querer sair, eis que lhe meto as mãos, levantando-o no ar e colocando-o onde acho que sim. Ele faz miau e miau e miau e eu vou falando 'ca foi migo?' e 'tem que ser Kildo, agora não podes ficar aqui'. Bem sei que a gente os dois afinal até não se entende, mas porra, o bicho-gato não fala português, eu não falo gatês!, de maneiras que coiso.
Entretanto, hoje, tendo eu que subir (parece que estou a fazer uma redação da quarta classe...) à sapateira para retirar as janelas (tenho nove anos, 'migos...), achei que era uma menina muito mais bem-comportada se me descalçasse para sujar o menos possível. Assim, fiz. Kildo interessou-se imediatamente pelos atacadores dos ténis. Continuei nos meus costumes enquanto o ia espiando, convencida que o interesse dele não surtiria dano meu. Enganei-me. E não é que me roeu uma das extremidades de um atacador? Pois foi. Já Karen, a bicha-gata, continua a confirmar a sua presença através do vulto por baixo da colcha, e continuo eu a querer vê-la desprotegida, para tal, o que faço é levantar a colcha e dizer-lhe olá e olá e olá. Aqui já não se trata de português ou gatês, mas sim de me fazer notada. Só que a bicha não curte nada que me evidencie, foge para a outra ponta da casa. O mais longe possível de mim, portanto.

Natal 2017

Para que conste:
Este Natal não cheguei a ver as iluminações na Baixa.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Olá, bem vindos a mais um blogue

Massa folhada

A minha terceira tentativa de chegar a uma massa folhada decente, constou do copianço completo desta receita. A Raiza adiciona também um tiquinho de manteiga à mistura de água, farinha e sal.
À-partes:
Com o sal já eu me amanho, é uma colher de chá de sal fino por cada duzentos e cinquenta gramas de farinha e acabou a conversa.
Recentemente dediquei-me ao sal fino, tenho um frasco com vários anos de permanência no meu armário, nunca entendi, deslindei, traduzi o sal fino na minha comida, tinha, e acho que ainda tenho, medo dele, estraguei muitas saladas à conta de achar que o sal fino era o ideal para as temperar, e é, ou, não sendo o ideal, é pelo menos o mais indicado, pela sua finura dissolve-se e mistura-se rapidamente nos alimentos, logo: são propriedades também desejáveis.
Não fiquei totalmente satisfeita com esta receita, saiu-me demasiado gordurosa. Pareceu-me que devia voltar à da Rita, já que na sua receita não usa o tal tiquinho de manteiga.
E eis então que surge a quarta vez de preparar massa folhada. Estava cheia de vontade e de fé, sendo que a fé se nos chega pela própria vontade, não sei se já tinham reparado nisso... Bom, adiante. Experimentei então pela segunda vez a receita da Rita e não me dei melhor que da primeira, não senhores, mas, sendo vez segunda, retirei uma conclusão importantíssima: quando a massa estiver pronta a usar e for hora de estender e fazer os doces ou salgados que se escolheu, há que deixá-la mais fina. Eu. Eu tenho que ser mais exigente com a espessura da massa, creio que é por isso que fica demasiado amanteigada, logo: não cresce. Contudo, ressalvo ainda que a massa se me apresentou (sempre) amanteigada nos pontos onde o recheio se apoia, que em lugares despovoados desse engodo, era vê-la folhar e subir. Bom, olhem, não sei mais que vos diga senão isto: não estou totalmente realizada com as minhas massas folhadas mas vou continuar a prepará-las.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Graminhas

Os graminhas hoje são mais em quantidade do que em variedade, ó:

mil duzentos e noventa gramas de dióspiros
novecentos e sessenta gramas de pêras

Serviço público

Assoma à porta do estaminé a senhora do penteado espectacular e pergunta: Menina, hoje é sexta-feira, não é? Compenetradamente respondo: Não, hoje é terça. Ela espanta-se: Ai hoje é terça? E eu: É. Ela lamenta: Oh, veja lá como anda a minha cabeça! E eu nada. Dizer o quê?, que o interior da sua cabeça é tão desalinhado como o exterior?

Imitação de todas as vidas

O ar condicionado é coisa! para me secar o pingo do nariz, atingindo eu assim crostas dentro do dito, que, em privado, ou não, arrancarei, ou não.

Plano (que pode vir a ser para o fim-de-semana)

Não tarda farei bolachas de avelã, queques de banana e manteiga de amendoim e peti-gátôs de caramelo. De seguida trarei uma parte dividida em terços para o estaminé, transportarei outra parte para o consultório de Marió, enquanto o restante ficará em casa. É.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Resolução para 2018:
Conseguir umas pestanas maiores






No outro dia não encontei o frasquinho com o gel milagroso e mandei uma mensagem subtil à rica filha:
ó pá, quer uma pessoa 'aquilo' de fazer crescer as pestanas e não encontra...
E ela torna:
ó mãe, está no parapeito da janela do meu quarto


Estamos em 2018

Enquanto estou na fila do Banco escrevo coisinhazinhas no bloquinho rudimentar, e isto - é coisa! que - não acontece na minha vida desde o ano passado.

Frio

Contar o frio, não em degraus, antes medi-lo em graus.

Precisão

Precisava de me certificar que a avenida da Liberdade é também bonita no inverno e certifiquei-me. De mudanças: quiçá a estátua do Marquês se tenha desviado um milímetro ou dois.

A marca


Deixei uma marca no pires:

papelinho às riquinhas com trinta e dois por dezoito milímetros

São os mesmos

Bom, vamos lá a ver, mudei de estaminé mas não propriamente de fornecedores. Vai daí, em telefonemas vários, apresento-me diferentemente. Deixo exemplo exagerado:
Olá Olívia, é a Gina que dantes era da Horex e agora vem da parte da Alves e Pereira, tudo bem? (e ela: blás e coiso) (ressalvo que o exagero não está na introdução atrás, mas que vem de seguida) Mande-me duas garrafinhas de meio decilitro de petróleo, se faz favor, que os meus clientes são uns pobretanas. (e ela: quês e tal) Obrigadinha.(e ela: de nada, Gina)

Sonhei com a Palmier*

Sério 'migos, sonhei mesmo, e olhem que não foi apenas uma vez, foram... tcharam!
Duas! Pois! Com dias de intervalo! Sim!
Ora acontece que, por acasos da minha vida, tais sonhos calharam justamente em noites cujos dias pouco espaço me deixaram sobrar para escrever, de maneiras que, olhem, não sei exatamente as circunstâncias dos sonhos mas sei que sonhei com uma pessoa extremamente bem-disposta e cativante, precisamente aquilo que no seu blogue a Palmier deixa transparecer.





Planos para o fim-de-semana

Não digo planos para o próximo fim-de-semana, mas planos do anterior, do anterior ao anterior e afora. É que há que tempos ando para fazer bolos para trazer para o estaminé com o intuito de os oferecer a quem por cá apareça, e foi hoje, mais concretamente ontem, que fiz queques de manteiga.
Ofereci a um cliente que nunca havia visto
Ah, muito obrigado, disse ele, e comeu com gosto
Ofereci a uma cliente que mora nesta rua
Hum, cê que feiz? Muito bom
Ofereci a um visitante habitual do estaminé
Olhe que isto está muito bom

E foi assim.
Esta vez.
Planeio continuar com esta atividade, já que tanto prazer sinto na confeção de doces e na partilha dos mesmos.
Tenho também uma máquina de café à maneira de onde saem, portanto, uns cafés à maneira.

Outfit

Hoje é dia para eu ter um autefite do caraças. Anuncio somente a parte de cima, já que a de baixo é básica que se farta: umas calças pretas e uns sapatos confortáveis. Essa parte de cima consta então de:
uma camisola de malha fina e vermelha
uma camisola de malha média e vermelha
uma camisola de malha grossa e vermelha
um colete almofadado e azul-escuro
um cachecol castanho e preto
Pois, bem sei que nem é preciso mais para perceberem o quanto estou feia bonita e, principalmente, alargada elegante, au eva, pensem comigo, chegada a abril e não necessitada destes enchumaços todos, alongar-se-me-á a silhueta.

Posta-restante:
O colete é do meu colega, de maneiras que no bolso esquerdo encontrei um pacote de açúcar e no direito um papel com duas moradas:
rua não sei quê, nº 6 – 2ºdto
rua tal e coiso, nº 3C – 2º esq
Ambas em Lisboa, ambas de clientes do passado.

sábado, 13 de janeiro de 2018

Ordem

A caixeira do supermercado olhou para mim e disse:
Vá mas é lavar o seu cachecol.



Desobedeci.



Mistura grossa

Tinha um peixinho cozinhado com temperos mil. Sobrou. Pus-me nos bolinhos e, para tal, pus o peixinho e pus um restinho de trigo sarraceno para o aconchegar. Já para aglomerar a mistura houve ovos e farinha, que eu tinha e pus, e para temperar houve pimento vermelho e cebola roxa, que eu tinha e pus. Contudo, aquele molhinho chamava-me: ó Ginó Gina, mistura-mali, pâ lise!
Misturei, sim senhores, anuindo ao apelo, mas não sem antes recordar a própria infância, de quando me deu para misturar todas as barras de plasticina, curiosa com a linda cor que dali sairia. Mas não. Saiu um verde acinzentado mas tipo assim a amandar-se para o castanho, era portanto uma cor esverdeada, cinzenta e acastanhada, não sei se deu para entender, deu?, claro que sim, por isso continuo – calhando, misturando eu todos aqueles sabores, do mesmo modo que não consegui cor nenhuma misturando todas as cores da minha plasticina, sabor nenhum alcançaria.

Livros

Andou de roda dos livros dela, a apresentar-mos, olha, viste que tenho este e este e este?, e eu: sim; hum-hum; ah. E pousava os livros próximo à minha mala. Mas não se explicou – ou não quis... - o suficiente para eu perceber que o que ela tinha em mente era emprestar-mos. Tendo explicado, ter-lhe-ia dito que agora não leio, que desisti de me meter na vida da outra gente. Se um dia torno aos livros, não é? - é a pergunta que brota – pois que não sei. Acima da minha cabeça, neste momento, está uma prateleira onde deixei os dois que lia ao ponto da desistência. São eles:
Meia-Noite Todo o Dia, Hanif Kureishi
Assobiar em Público, Jacinto Lucas Pires
Que lia, não, qual quê, que tentava ler. É de notar, por exemplo, que são livros de contos, o que me facilita(va), e tanto andava de roda de um como de outro, até que desisti, pronto.

Ah e taL Eu QUERO é escrever

AbcdefghijlklmnopqRSTUVWXYZ


Entretanto...

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

ah...!


Tenho, portanto, o teclado amanhado. Não tenho nada, tenho é outro! teclado, mais em concreto: o! teclado que sempre tenho tido no estaminé, aliás: em qualquer um dos estaminés da minha vida. Sim, hoje é sábado e estou no estaminé... oh.



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

tECLAdo

ao momento estou aDIANTAndo o meu blogue com um teclaDO fixe pra CaraÇAS.

Ó: ah aH

JÁ aNDEI Para AQUI A MEXERUCAr naS DEFINIÇÕES, VasculhaNDO LUGARES DO pc Que sei lá EU onde AfinaL aS ENCONTREI, Quanto maIS AmaNHAr o mal dESTE teclado... Só por dizer qUE, NÃO TENDO ENTÃO Sabido LIVRAr-me de SEMELHAnte coisa, qual qUê, FICA registaDO Que Sai tipo isto aSSIM Que estaMOS TODOS A ler.

De nada, ORA essa.

Invejosa

A senhora tem whatsapp (nas netes mostra-se assim, ó: WhatsApp) e eu também vou ter que ter. Instalo já a seguir. É esperar. Eu.

Do Basta, o tal desenho-cão presente nas paredes de Lisboa

Incrível como ele sabia.
Concluiu:
Ah...
E perguntou:
O Basta?
Fiquei contente por ele conhecer como eu, sabemos dos lugares do(s) desenho(s)-cão.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Então vá, vai-te lá embora. Faças o que fizeres, sejas ou sintas, a pensar-a pensar-a pensar → umbiguista és. Lembra-te: memória é tão somente isto: lembrar.

ó pá tóin xiru!

ó pá tóin xiru!

mãos

gif dos palitos

Vem aí o verão

Som

A coluna de som geme e eu posso introduzir-me nesta questão montes de profícua.
Ora então:
A coluna de som está ligada
Os browsers do momento nada têm que ver com sons
Logo:
Os sons que a coluna cacareja vêm de dentro do computador
É que só pode ser, né?

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O pano da manga


O pano da louça

O pano da louça, não que seja mau, qual quê, mas, repele a humidade, o que lhe confere uma textura não absorvente. Contudo: é poroso que se farta, por conseguinte: arrasta não só o supérfluo. Quero eu dizer que limpa a fundo.