segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O forno

Quando quis acender o forno, o dito negou-se ao trabalho toda uma catrefada de vezes. Vai daí, como se sabe, tudo o que avaria, avaria aquando de uma necessidade premente, portanto eu tinha a massa das bolachas de avelã prontinha a estender, e só não tinha o tabuleiro forrado e preenchido com elas porque tenho o saudável hábito de acender o forno bem antes de. No entre dos tantos, ó pá, então tu não fazes fogo, e agora? Como sou mesmo coiso, mas mesmomesmomesmo coiso, tive a genial ideia de cozer a massa na frigideira. Isto porque, em dado momento da minha vida, tinha conhecido a 'bolachona na frigideira' através da tv e fixado o inusitado modo de cozer uma bolacha. Oh céus, estou safa!, pensei eu, e fui buscar a frigideira mais pequena para não fazer uma bolachona só, mas sim uma data de bolachonazinhas. Esta frigideira, ó:






Não me safei assim tão bem. Pois.
Por saber que este é um preparado que precisa de selar o mais rapidamente possível, deixei a frigideira aquecer bués e depositei a massa em cima desse imenso calor. Isto, cheia de paciência e controle para não andar a mexer-lhe e estragar tudo. Au eva, não resisti e levantei-lhe uma bordinha. Pumba, coiso, tu sune. Seguidamente aguentei melhor as ânsias e deixei-a estar, só que exagerei no tempo e ela queimou. Mau Maria... Vai daí, com a pressa de retirar a massa da frigideira e a frigideira do fogo, o que fiz foi pô-la em cima da mesa que tinha uma toalha ½ poliéster e outras fibras, que não se aguentou com o choque e derreteu. Portanto: fiquei com uma linda toalha de papoilas, coisa mai linda pá, com um buraco bem redondinho e boa para jogar no lixo, bem como uma frigideira com um pedaço de tecido agarrado ao fundo, como realmente joguei. Ambas. Ainda pensei tirar uma foto, mas. Até ficava gira, imaginem um buraco numa toalha e um redondel queimado numa base de frigideirinha, só por dizer que.

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