quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Vida animal

Antes de mais, peço desculpa aos montes devido a não ter atualizado a blogosfera acerca desta interessante temática, a que tão carinhosamente chamo o que está no título deste post, é que a semana passada não tive oportunidade de desenvolver estas questões.
Ora então vamos lá.
Arranjei duas modas novas.
Moda 1:
Deixo Kildo fechado na cozinha se quero arejar os quartos. Pois. A cozinha é o lugar mais apreciado pelo bicho-gato, tem solinho, tem comidinha, tem areinha... de maneiras que, mal ouve o som da porta a arrastar, aí vem ele, atraído. Eu, pessoa esquemática pra caraças, uso então esse esquema – quero abrir janelas?, abro a porta da varanda um pouquinho, só até ao momento de fazer o som revelador, e pumba, aí vem ele, qual flecha. O problema é quando quero fazer o contrário, portanto vem aí a:
Moda 2:
Se quero manter a porta da varanda aberta e o bicho-gato de lá não parece querer sair, eis que lhe meto as mãos, levantando-o no ar e colocando-o onde acho que sim. Ele faz miau e miau e miau e eu vou falando 'ca foi migo?' e 'tem que ser Kildo, agora não podes ficar aqui'. Bem sei que a gente os dois afinal até não se entende, mas porra, o bicho-gato não fala português, eu não falo gatês!, de maneiras que coiso.
Entretanto, hoje, tendo eu que subir (parece que estou a fazer uma redação da quarta classe...) à sapateira para retirar as janelas (tenho nove anos, 'migos...), achei que era uma menina muito mais bem-comportada se me descalçasse para sujar o menos possível. Assim, fiz. Kildo interessou-se imediatamente pelos atacadores dos ténis. Continuei nos meus costumes enquanto o ia espiando, convencida que o interesse dele não surtiria dano meu. Enganei-me. E não é que me roeu uma das extremidades de um atacador? Pois foi. Já Karen, a bicha-gata, continua a confirmar a sua presença através do vulto por baixo da colcha, e continuo eu a querer vê-la desprotegida, para tal, o que faço é levantar a colcha e dizer-lhe olá e olá e olá. Aqui já não se trata de português ou gatês, mas sim de me fazer notada. Só que a bicha não curte nada que me evidencie, foge para a outra ponta da casa. O mais longe possível de mim, portanto.

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