sábado, 10 de julho de 2021

Revelações

Há dias publiquei uma foto (aqui), cuja história venho hoje revelar. E registar. Pá, já agora registo que também registo. Primeiro foi-me o pensamento para a revelação e depois é que chegou o tema 'registo', quem sabe numa de suavizar sei lá o quê. Portanto: a ideia de que venho revelar é mais verdadeira do que a de que venho registar. Ficava eu melhor pessoa se me cingisse ao registo, ou fica a Gina no seu natural modo de existir se registar que sinto que revelo inerências de uma foto? Hum, pois. Ficava, ficava. Bom, então. O papelinho que aparece na foto é o registo manuscrito do título que aparece no dito post que contém a já dita foto. Na hora de chegar ao pé da linha do comboio, que actualmente é coisa para ocorrer duas ou três vezes por semana, quando abri a mala para guardar a documentação, vi o papelinho. Havia-o posto num daqueles bolsos pequerruchos e por isso se fazia tão à vista. E, tão à vista estava, que logo veio o vento e o levou. Então lembrei-me outra vez da ideia 'pendurão' e toca de colocar o papelinho no muro que separa o passeio da linha do comboio, fotografar e, na sequência, editar a foto e publicá-la. É só isto. Muitas das revelações deixam de o ser, não só por serem reveladas e haver pessoas conhecedoras dos factos, como porque o conhecimento retira o valor. A verdade é uma jóia que, para o ser, suga.

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