Desde já a ressalva: n' a maluquinha que está no título, é de mim que falo.
Ando com dois pedacinhos de cartão no porta-moedas.
Um deles, desinteressadamente, quer-me recordar o número da tinta para o cabelo, que o interesse propriamente dito, de mim parte. É que nas últimas vezes havia esquecido de guardar a badana da embalagem, de modo que, desta vez, e quiçá para todo o sempre, lá está o 4.15, o que no caso, e por modo a que a cliente saiba exatamente que cor vai atingir, lhe chamam de tiramisú, julgando eu que se apoiam na cor do cacau que cobre este doce e não nos meios e no fundo. Sim, ao momento, tenho uma cabeça da cor de um doce tipicamente italiano – olá, o meu nome é Gina – mas que não se come. Ou come, mas pronto.
O outro deles, cheio de nervos e afins, quer dizer ao senhor doutor da farmácia que o fármaco, de que estou dependente e quase imediatamente necessitada, se manda vir do laboratório talicoiso. Agora já estou habituada, também, a isto de guardar uma badana para saber qual o laboratório de onde provém a minha dependência, mas nem queiram saber como foi nas primeiras nove vezes: e qual é o laboratório? e qual é o laboratório? e qual é o laboratório? (isto vezes três) E eu: não sei, desculpe. e não sei, esqueci-me de guardar a embalagem. e não sei, ai, a ver se da próxima vez não me esqueço de anotar. (cada uma vezes três)
Numa dessas nove, depois de me serem mostradas todas as fluoxetinas que havia naquela farmácia, e não reconhecendo eu as cores*, a textura e até o sabor da embalagem que me encantaria a mente, a senhora doutora achou por bem escolher(mos) a que melhor se aparentava com o tamanho do meu porta-moedas, não sem antes me afiançar que não ia sofrer sintomas de privação, que era tudo igual e mais não sei o quê. Mas sofri, o que prova a importância da pergunta e qual é o laboratório? Quero dizer: não sofri, oh! Ou sofri mais ou menos, vá, piorei um bocadinho, e desde aí é este o laboratório que me fornece. Daqui já não me mudo, levo a badana e pronto, continuo maluca. É.
*sim 'migos, há não sei quantos laboratórios a fornecer (produzir?) esta substância em Portugal. O nome mais bonito disto tudo é Prozac.
de maluquinha2 para maluquinha1, eu abasteco-me em outro laboratorio, mas tambem acho, ao contrario do que me dizem os entendidos, que isso de ah e tudo igual e mase treta. o activo base pode ate ser o mesmo mas o produto final nao.
ResponderEliminarbj
(ao sabado de manha leio blogues)
dai os olhos quase me terem saltado a conta do tamanhao de lagrimas (sou uma pessoa muito solidária, estou contigo nisso da falta de acentuacao desde o post acima)
ResponderEliminar(continuas entao nessa vida, ah ah)
(ai, pus acento na solidaria e nao respondi onde e para responder...)
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