Tenho tido, portanto as colectâneas no estaminé. Não é falta de lembrança de tratar deste caso, é porque, de um dos exemplares, trouxe o meu. Sei isto porque tem escrito na primeira folha, acima do título:
«Este é meu. Mas podes ler...»
Seguido de rubrica e asterisco. Abaixo do título está a descodificação do asterisco, que é, afinal e só, as páginas onde se encontram os meus poemas:
«* 227; 228; 229; 230. As páginas.»
Este exemplar é então para ficar na minha biblioteca, o que lá pus é mensagem para alguém que vá lá a casa e queira ler, ainda que a ideia me seja tão remota como ir daqui ao sol. Entretanto, por mor de me lembrar de efectuar esta troca, criei um lembrete no telefone que me lembre (redundo, sim, e não é pouco, mas oh! e atão?) de tal. Escolhi as dezoito horas mas estou desde já ciente que não foi o melhor horário, às dezoito não estou em casa para ir num instantinho pôr o exemplar a jeito de vir, estou no estaminé. Posso é pôr a jeito o exemplar que está aqui, óié, só que o grosso da questão é vir! o exemplar de lá e não ir! o exemplar para lá.
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