sábado, 1 de abril de 2023

As árvores da rua mais bonita de Lisboa

Tenho vindo a registar oralmente – num áudio, como é aliás costume há alguns anos – quantas e quais, se em muito ou pouco, têm, de folhinhas, as árvores da rua mais bonita de Lisboa. Começo então a descer e a dizer que em dezassete de Março: 

as primeiras duas têm, a do lado esquerdo até as tem aos bués, que é aquela à qual eu chamava árvore arredondada e depois passei a chamá-la de árvore ex-arredondada
as segundas não têm
as terceiras, as quartas e as quintas têm em poucochinho, embora, destas, a da direita tem mais
as sextas e as sétimas tem só a da direita
as oitavas têm ambas mas em poucochinho
as nonas têm ambas mas a da esquerda tem mais
as décimas têm ambas mas em poucochinho 
as décimas primeiras, as décimas segundas e as décimas terceiras têm em muuuuuuito

Entretanto, aos vinte e nove de Março, voltei a observar atentamente as árvores e percebi que já todas estavam vestidas. Às do poucochinho tinham-lhe nascido mais umas quantas, às do muito, em muito estavam, e estão e às que nada tinham, que eram só três, já lá moravam, e moram, algumas.

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