Tenho vindo a registar oralmente – num áudio, como é aliás costume há alguns anos – quantas e quais, se em muito ou pouco, têm, de folhinhas, as árvores da rua mais bonita de Lisboa. Começo então a descer e a dizer que em dezassete de Março:
as primeiras duas têm, a do lado esquerdo até as tem aos bués, que é aquela à qual eu chamava árvore arredondada e depois passei a chamá-la de árvore ex-arredondadaas segundas não têmas terceiras, as quartas e as quintas têm em poucochinho, embora, destas, a da direita tem maisas sextas e as sétimas tem só a da direitaas oitavas têm ambas mas em poucochinhoas nonas têm ambas mas a da esquerda tem maisas décimas têm ambas mas em poucochinho
as décimas primeiras, as décimas segundas e as décimas terceiras têm em muuuuuuito
Entretanto, aos vinte e nove de Março, voltei a observar atentamente as árvores e percebi que já todas estavam vestidas. Às do poucochinho tinham-lhe nascido mais umas quantas, às do muito, em muito estavam, e estão e às que nada tinham, que eram só três, já lá moravam, e moram, algumas.
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