terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Chaveninhas

É um homem simpático e cheio de «obrigado, muito obrigado», seja lá por que for, mas também apressado. Julgo eu que os «obrigado's» lhe surjam por conta dessa pressa - repete-se, não vá a gente perder tempo com «hã?'s», que é lá isso. Ofereci-lhe um café que agradeceu seis vezes - duas ao aceitar, duas ao receber, duas ao terminar. A chávena que lhe dispus pertence a um conjunto de seis, com respectivos pires, recebidos como prenda dada pela minha tia Diná, aqui há coisa de trinta anos. Andou-me este conjunto de um lado para o outro, ora numa prateleira, ora noutra, ou então num bule aramado que alberga dozes peças, seis de cada, os pires numa base, as chávenas em ganchos. São peças de um branco recebedor de flores cor-de-rosa, azuis e liláses. Em correnteza, quer junto ao bordo, quer junto à base, tem desenhos dentro do género rococó. E são chaveninhas, são mesmo pequerruchas..

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