Este fim-de-semana começou mais cedo, pois que, na terça-feira, 30 de Janeiro, calhou de estar em casa por mor de um incómodo e quis fazer um bolo. Escolhi o de natas e laranja porque tinha ali umas natas no frigorífico daquelas pó tacho, não pá forma e, como pó tacho não me arde o desejo, pensei: Ulha! Vou mas é usá-las num bolo a ver no que dá. E deu, mas não deu lá muito bem, embora estivesse esperançada disso. Ora, como tal, incrementei o belo do bolo com tâmaras, avelãs e pepitas de chocolate. Não que tivesse ficado mal ou intragável, nada disso, estava era seco e sensaborão, como não dando espaço aos incrementos de o humedecerem e lhe apurarem o sabor. Aprendi que natas pó tacho não servem os mesmos propósitos que as pá forma, portanto.
No sábado, 3 de Fevereiro, fiz cheesecake e salame de chocolate e caramelo. Com estes dois doces houve toda uma cena. Aliás: muuuuuuitas cenas. Fiz primeiro o salame. Ora, esta receita, por conta do caramelo, leva natas, e eu, dias atrás, tinha comprado natas mas havia-me enganado e trazido natas para... Precisamente!, pó tacho, quando queria era comprar das pá forma. Mas no caramelo não notei nada. Nadinha. Chegada a hora do cheesecake já eu sabia desta história, mas só a soube quando já tinha a base pronta, portanto não quis desistir do cheesecake e continuei, id est: fiz um cheesecake com natas pó tacho, porém, diferentemente do salame, fi-lo consciente da falta de rigor na escolha dos ingredientes. Quiçá para me enganar, procedi esmeradamente noutros passos que a feitura de um cheesecake requer, misturando cautelosamente a gelatina derretida num pouco da mistura dos brancos (natas, queijo-creme e leite condensado). Ainda tive outras cautelas, a de bater muito bem o queijo-creme (segunda cautela), misturar-lhe o leite condensado (terceira cautela) e depois juntar às natas batidas. Normalmente faço tudo na mesma malga, despejando um branco à vez... Bom. Então. As natas, na verdade, não as considerei subidas. Se já são de vir no pacote com alguma espessura, assim permaneceram. Não subiram nadinha. Continuei e terminei. Enfiei o cheesecake no frigorífico e passadas horas o aspecto era o de um cheesecake que tem em si natas pá forma e, este, feito com natas pó tacho, não ficou mau, mas ficar como costumam ficar, não ficou. Mesmo com o rol de cautelas. Este cheesecake é feito a frio e é o que geralmente faço, não quer isso dizer que não ande de roda de outros modos de preparo do mesmo doce, mas feito a quente, falo daquele que leva ovos e vai ao forno e mais não sei o quê. E eu bem queria experimentar este tipo mas as minhas pessoas vinham cá a casa e eu sei que gostam mais do frio. Quando ainda andava nas escolhas embeicei-me por uma receita com ar, tanto de cheesecake, como de brownie e, após observação atenta da receita, percebi que é do género de uma que já consta no meu dossiê especial há anos, a diferença maior por entre as duas receitas é que nesta última o cheesecake é mais volumoso do que o brownie e portanto as duas partes são despejadas na forma diferentemente. Ora, isso levou-me a pensar que não vale a pena andar de roda de mais uma receita, um dia que queira fazer mais cheesecake do que brownie duplico a parte cheese para encurtar a parte brow. Nota suuuuuuper importante: a receita d'há q'anos está aqui.
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