Quando estou sozinha em casa, como agora, tenho alturas em que tenho medo, em que grito, em que arfo, em que alucino. É ansiedade em extremo, que depois passa. Luto para não chamar ninguém, domo-a muitas vezes, aprendi a contorná-la, a esquecê-la, a fingir que não existe. Mas a verdade é que nem sempre lidero o meu corpo, a minha cabeça. Vou vivendo. «Quero morrer» é uma frase que digo todos os dias, assim como é também todos os dias que desejo estar viva para sempre. Para ver. Para escrever. Era bonito eu pôr aqui «para aprender» mas eu não sei se quero aprender. Não que desconsidere a utilidade da aprendizagem seja lá daquilo que for, ou sinta que sei tudo. Não, não sei tudo, e é principalmente a escrever que aprendo..
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