Na sexta-feira (9) fiz Bolo de Cenoura com Cobertura Especial. E sim, 9 de Fevereiro não é data que esteja incluída no título mas é que esta sexta-feira foi especial, como especial é a cobertura do bolo que escolhi fazer. A escolha fez-se por entre este e um de Laranja, Mel e Nozes. Inicialmente os intentos iam todos para este último porque nunca o experimentara e, só de o ver em imagens, dava-me uma forte sensação de ser um bolo maravilhoso. E é, mas já lá vou. Aliás: vou agora, na verdade aí que começa a história do de cenoura. Quando o intento era fazer o de laranja, mel e nozes, por conta precisamente das nozes, comecei por parti-las. Quando ia num quarto da quantidade pretendida lembrei-me que o frasco de mel podia não se deixar abrir porque tem uma história com muitos anos. É este um mel oferecido pela amiga, tinha-o na casa de Vinhó há qu' anos, esquecido dentro de um móvel da sala de jantar, ao pé dos licores e semelhantes. - e deu-mo, generosa, e trouxe-o, contente - Dias antes de me dispor a fazer este bolo observei o frasco o suficiente para presumir a idade do mel, o rótulo tem um mapa com anos e meses para picar e, mesmo não tendo picados nenhuns, li que os anos dispostos a serem picados são os 90 e 91, daí eu presumir que, no mínimo, este mel terá sido enfrascado há, sei lá, trinta e quatro anos...? E foi durante o partir das nozes que relembrei a presumível idade do 'enfrascamento', duvidando logo a seguir de conseguir abri-lo. Larguei então as nozes e fui direita ao frasco. E ora pois! Bem dito, bem certo (como dizia a minha mãe), não consegui abri-lo. Fiquei toda eu muito esquisita por dentro porque queria mesmomesmomesmo fazer o bolo de laranja, mel e nozes. É exagero, claro, não fiquei assim tão esquisita. Fiquei, contudo, um bocado e agarrei nessa esquisitice para decidir que porra de bolo faria, afinal. E escolhi o bolo de cenoura, dava até para pôr as nozes que entretanto já descascara na cobertura especial. E a vida seguiu. Dias depois seria Terça-feira de Carnaval e foi então que fiz o bolo de laranja, mel e nozes, que é, como referido supra, maravilhoso. O estancado frasco de mel abri-o o Luís, claro. Falta-me dizer que, por este mel ser então de uma certa idade, antes tinha feito toda uma pesquisa para saber se o mel se estraga, ou então não. Tinha para mim que o mel, sendo um produto orgânico, por isso tão simples e tão incrível, jamais se daria por estragado. Mas aprendi que não, que pode estragar-se e, quando tal acontece, tem um cheiro desagradável e um sabor azedo. Ora, sabendo eu disto, não fosse este meu antiquário da abelha estar imprestável, comprei de antemão um frasco de mel, decidindo que usaria este último para a massa do bolo e o antiquário para a calda. Decidi assim porque preferi ver destruída uma calda, a um bolo. É que um bolo que melhora com calda, é comido sem calda, e uma calda sem bolo... Precisa de um bolo, vá. Sim, bem sei que, estando já prevenida com um frasco jovem, abrindo-se o antiquário e estando azedo, não o adicionaria à massa, pois claro, mas vai que me parecia bom e cheiroso e na sequência da cozedura se dava pelo azedume? Poi zé. E falta ainda acrescentar que, antes disto tudotudotudo, tudinho, tinha idealizado que faria esta receita sim, mas trocando a laranja por limão e as nozes por amêndoa. E foi de facto o que fiz, sei-o agora porque os dias que estão presentes no título deste post já passaram há algum tempo, estou atrasada com estes assuntos. Nota importantíssima: os dias em que montei (não necessariamente publiquei) este texto foram o 21 e o 22 (sendo, oh vejam lá, o 24 o dia da publicação), daí já saber se fiz e o que fiz no fim de semana a seguir. Quase que ficava bem pôr tudo aqui e pronto, mas ocorre que gosto de pôr cada uma das experimentações no seu quadrado.
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