Um senhor apontava uma máquina fotográfica piriri à árvore arredondada. Clicou antes de eu o alcançar e avançou rua abaixo. Notei que se deteve junto à árvore, aquela que tem ainda muitas folhas secas e castanhas, para clicar. Quando o ultrapassei fiquei com vontade de lhe revelar: olhe lá, ó 'migo, esta é a rua mais bonita de Lisboa, e de lhe perguntar muitas coisas: já contou quantas árvores aqui permanecem?, porque as acha bonitas?, porque as fotografa?, já alguma vez as tinha visto?, já conhecia esta rua?
mas não
Não conheço ou tampouco reconheço todas as árovres que habitam a rua mais bonita de Lisboa, não chego a tanto, são vinte e seis, mas para mim apenas duas me são especiais e cativas. Pronto pá, é assim mais ou menos como o mundo e as pessoas - todas as pessoas são super e igualmente importantes para o mundo mas nem todas o são para mim, então ocorre que.
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