E agora, nada como tratar de estender todo o recheio do estojo metálico.
Botões dourados
Como foi aqui que os despreguei da camisola bórdô às bolinhas brancas, foi aqui que ficaram. Vinham pregados junto ao cotovelo, havia também uma tira de tecido que saía dali e se abotoava ao botão, transformando assim as mangas compridas em mangas a três quartos. Nunca uso as mangas assim, sei lá, não me dá jeito, ou está demasiado frio ou demasiado calor, e foi por isso que despreguei os botões. Tratei disso aqui no estaminé porque comprei a camisola à hora do intervalo grande, logo ao começo do passado outono, e os botões para aqui ficaram. Lembro de fazer um vídeo com a camisola vestida, onde lembrava que vinha aí o frio e anunciava que estava prontíssima para isso porque tinha uma camisola nova.
Tampa caneta
Pertence a uma caneta que veio num grupo delas, acerca das quais já falei várias vezes no blogue, a verde, a vermelha, a azul e a preta, que escrevem grosso e molhado (são de gel). Mas não vieram só essas, vieram por junto duas outras (uma escreve a preto, outra a azul e são de linhagem corrente). A tampa pertence à que escreve a preto. Está partida, a tampa, é que vinha colada à caneta. Enfrentei um problemão, sério, não se movia dali, eu a querer saber se a tinta era da mesma cor da outra, bom, uma demanda do caneco. Não sei quantos dias depois meti-a entre os dentes, coisa que jamais se devia fazer, mas eu fiz, queria tanto desatarrachar a tampa do corpo da caneta, empenhei-me tanto que a parti com os dentes. Depois, como tenho apego aos objetos porque sou um bocado parva, deixei-a ali estar até hoje.
Amostra de pele
É genuína, a amostra, e é de pele genuína, a provar que as últimas botas adquiridas foram fabricadas com aquela pele, que é genuína. E toda eu sou feita de pele genuína. Acho estes pedacinhos interessantes, lembram os tapetes feitos de peles que se retiram do bicho e se deixam curtir. Depois, é ostentá-los assim, rústicos, no chão de uma sala amadeirada e parcamente iluminada. Ok, no parcamente pensei na lareira e coiso, mas sala amadeirada e lareira... hum... torço o nariz e já quase me cheira a queimado. Pronto, quero dizer dentro do estilo rústico, vá, aquelas casas serranas e assim, onde a gente pode até ver os nós nos móveis e chão de madeira.
Lima dobrável; Corta/Puxa peles; Corta-unhas
Nesta parcela de texto trato de três componentes de uma vez por estarem confinados ao mesmo tema. São objetos que se dedicam ao bem estar das mãos. Não. Ao embelezamento das mãos e ao bem estar de toda a extensão da minha pele, que toda ela está sujeita a ser inadvertidamente arranhada. De vez em quando dou-lhes uso e passo a enumerá-los dos mais usados aos menos: corta-unhas; corta/puxa peles; lima dobrável. Só mais uma minudência: o corta/puxa peles, originalmente tinha um tampa em cada extremidade, uma tapava o corta, a outra o puxa, mas como entretanto perdi uma das tampas, agora acontece que tapo a parte do puxa porque dá-me mais vezes vontade de cortar as peles do que de as puxar, então assim já está a jeito de.
Berlinde
Apareceu no chão do estaminé e guardei-o. É tão bonito que não o deito fora. É também perfeitinho, sem mazelas, embora ligeiramente rugoso, quiçá dos trambolhões que deu até chegar aqui. Sou um bocado parva por guardar este berlinde, mas isso, a bem dizer, já está exposto aí acima, e não sou menos parva por escrever posts como este.
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