'Comigo, não se preocupe', descansou-me o cliente, ao depois de me confessar cansada, o que ocorreu ao depois de ele notar que eu suspirara e comentar 'até suspira!'. Foi aqui que confessei 'estou cansada' e tapei logo a boca com ambas as mãos como se a confissão não devesse existir e ainda acrescentei 'não devia ter dito isto' sentindo-me estupidamente arrependida, tanto das palavras quanto do gesto.
'Comigo, não se preocupe.'
Por vezes sinto um descanso enorme no facto de não conhecer, e nunca antes ter visto, algumas pessoas com quem me relaciono, como era o caso deste cliente, e embora continue a achar que confissões deste género não se fazem a desconhecidos, registo este episódio principalmente para ficar assente no blogue que há pessoas com quem não tenho que ficar 'preocupada' e que são profundamente sinceras. O blogue e a escrita atuam também como um convencimento que me convém convencer. Convencer-me. É como aquela questão de escrever à mão para decorar um texto ou um poema. Fixa-se-me na tola. Isso.
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