sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Feia

Não aguentando o louco desejo, joguei-me aos alperces que comprara momentos antes na chinesa da frutaria. Mais à frente notei um homem que se encostara à ombreira da porta de um prédio e me fitava, sorrindo de uma tal maneira que me deu vontade de lhe estender um dos meus alperces. Não usei de franqueza, encolhi-me, ainda não sou suficientemente infantil. Ou feia.

Volumes

Tinha uma aranha presa no cabelo, concluindo eu, assim, que o meu vasto, farto, encorpado, volumoso cabelo haveria um dia de servir para algo grandioso.

Fim de semana 10 e 11 de Agosto, que antecipei a 8

Na quinta-feira (8) fiz um Bolo de Coco. Para tal usei, finalmente, oh glória terrestre, o leite de coco que tinha no congelador e que, tendo eu a memória eficaz, apareceu no blogue já bastas vezes. Este bolo leva também leite, que substituí por bebida vegetal de aveia. Porém, a dita não chegava à quantidade que a receita pedia. Bem sei que podia abrir nova embalagem, mas não quis. Avancei, julgando ser boa ideia reduzir na farinha, o que fiz a olho, pois claro está. Pela descrição da receita este é um bolo a atirar para o pudim, mas, ou devia ter encetado nova embalagem de bebida vegetal para chegar à quantidade dita na receita, ou devia ter tido olho mais acertado, isto porque me pareceu que o bolo havia cozido demasiado. Ou então é mesmo assim, pronto. Ou pode, ainda, ser por conta de um certo esquecimento que tive: o açúcar. Sei lá, esqueci-me! Claro que este esquecimento se deveu em muito ao facto de no rol de ingredientes estar, também, leite condensado, que é coisa açucarada até dizer chega, quiçá por isso, mas tenho para mim que, como o açúcar é um ingrediente líquido (sim, porque derrete) fez ali alguma falta. Seja lá como for não repetirei este bolo, portanto não sei como sairia se não fossem estes deslizes terem acontecido. Mas há mais. Há. Há a cobertura do bolo. Ora a boa da receita tinha no tal rol de ingredientes mais coco ralado, ok tudo bem, e mais leite condensado... Que não tinha. Pois. E que não queria, e que não fui, comprar. Amanhei-me com uma ideia básica: substituí-o por manteiga, açúcar e um tiquinho de água, tudo a olho. Descreio completamente que sequer se assemelhe ao resultado, acredito, isso sim, que, caso eu tivesse imitado a receita o resultado seria um creme bem cremoso e docinho. No geral, o que tenho a dizer acerca do (meu!) processo de preparar este bolo, é que fica a experiência e que, afinal, até nem estava mau. 
No sábado (10) fiz Gelado Como Quis. É meu costume, há anos que assim é, notar receitas mesmo boas para eu experimentar no futuro, umas porque me parecem deveras adequadas ao meu paladar e outras porque são diferentes, tanto no processo, como no tipo de ingredientes. São estes os principais critérios que me levam a guardar uma receita que quero experimentar, por vezes durante anos. Um desses casos a modos que diferente foi uma receita para fazer leite condensado no liquidificador. Era uma receita bem básica, até, e detive-a meses nesse rol de 'a experimentar', até que um dia a joguei no lixo, considerando que talvez fosse este um caso daqueles em que a ideia parece tão tão tão fácil que eu duvido. É certo que o facto de já terem passado largos meses por sobre esta espantosa descoberta – ter encontrado esta receita, quero eu dizer – fez-me peso aos bués na dúvida de aquilo ser alguma coisa de jeito. Contudo, mesmo não tendo já acesso à incrível receita senão por mor de pesquisa enfadonha, deu-me na mona fazer como me lembrava, até porque é bem simplezinha: dois cups de leite em pó, 1 cup de água morna e xilitol. Deste último é que não guardei memória da quantidade mas, ademais de não ter xilitol em casa e nem ideias de o vir a ter, resolvi-me pela quantidade de ½ cup de açúcar. A receita seguia dizendo que se colocasse tudo no liquidificador e deixasse bater. Ao cabo de uns 10 minutos estaria pronto a levar ao frigorífico e, depois de bem arrefecido, para aí quê, meia dúzia de horas, a mistura apresentaria a densidade de um leite condensado de compra. Ora bem, a menos que repita esta receita, jamais saberei se assim é, pois a meio do processo juntei natas para obter um gelado, porque, na verdade, era um gelado o que eu queria fazer com este 'leite condensado'. Quando adicionei as natas a mistura avolumou bastante, vi jeitos de derrame sobre a bancada, o que seria aborrecido. Mas não. Logo que achei que estava bom, pus numa taça, congelei e, um bom tempo depois, obtive um gelado. Não estava grande coisa, mas lá que estava gelado, estava. E, já agora, confesso que quero repetir esta receita milagrosa de leite condensado.

Comprinha

Fiz uma compra gira pra caraças. Trata-se, tão só, dos feijões que vêm dentro das vagens do feijão verde. Mas secos, têm que ser demolhados e tudo. O 'tão só' dito atrás é irónico, porque esta compra é mesmo especial, se, ademais, o único legume do qual não gostava é o feijão verde. Digo gostava, parecendo que digo que agora já gosto, mas não, na verdade não gosto, continuo a dispensá-lo mas aprendi a tolerá-lo. Chegou-me a tolerância por mor de, por alturas do fastio que em mim habitou largos meses, sopa era um alimento suportável e do qual sempre gostei, e, ao almoço, aquando no estaminé, ai a porra das vírgulas, se queria/quero almoçar tinha/tenho que me amanhar em restaurantes ali à volta e, calhando a sopa ser de feijão verde, o fastio dizia-me para comer na mesma, mesmo não gostando. Ora, ainda hoje como sopa de feijão verde se é a que há nos botecos do costume - pois, paciência - mas não tenho lá muito prazer, não me satisfaz inteiramente como toooooodas as outras sopas. E agora o que espero é ocasião e vontade de cozer os feijões. Diz a embalagem que têm que estar duas horas ao lume, e é este tempão que faz com que seja necessário que a ocasião se encontre com a vontade.

No entulho

24 de Agosto

fios

27 e 28 de Agosto

Bolo de Ameixas Vermelhas

26 de Agosto

sou como eu

26 de Agosto e 4 de Novembro

realidade de fora

26 de Agosto e 7 de Fevereiro

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

terça-feira, 27 de agosto de 2024

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Cismo

Cismo, cismo. Cismo que não dei pelo sismo.

Cismo

Sismo (é sismo, é - acima tá cismo porque mapeteceu) não sei a que escala mas sei-o pela 22ª hora do dia 24 do mês e ano correntes. Este post também vai buscar a rubrica 'Vou dançar', eu é que, cá por coisas, lhe fiz uma abordagem diferente. E actual. Bem actual, até.

sábado, 24 de agosto de 2024

estas cores...

24 de Agosto 

metade de ameixa que ficou meio submersa

24 de Agosto

Dias de um Ginásio

19 de Agosto

19 de Agosto

Tenho a boca a pedir muita água mas o estômago não a quer em quantidade nenhuma. Bochechar foi a ideia. Que não resultou. Foi esta secura a 19 de Agosto. Digo isto porque não vá eu adivinhar tal coisinhazinha em vindo o futuro, mesmo que o título já date o evento.

Pui ós pigos

Fois pui, aqui há dias. Inspecionámos três figueiras, uma próxima a Figueiros (ó pá tóin xiru!), de onde não foi colhido figo algum, outras próximo não sei onde, quiçá ao Cercal, numa das quais foram colhidos cinco figos, sendo que um estava como que desconstruído – escuro e seco. As fotos abaixo foi na primeira inspeção que as captei. É tão somente o sol em folhas, que a lente insipidamente reproduziu. Tenho pena, mas oh. Estas ocorrências e estes cliques pertencem a 17 de Agosto.

No provador

21 de Agosto

terça-feira, 20 de agosto de 2024

14000

Detonei a avenida Guerra Junqueiro para subi a rua Carlos Mardel. É 'Lisboa, Lisboa' é, e é 20 de Agosto.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

17 de Agosto

encolho-me vezes um sem-número e num incerto dia estico-me toda
era 17 de Agosto, daí o título

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Partiu-se. Partiu.

3 de Agosto

Partiu-se. E foi uma brincadeira.

3 de Agosto

Partiu-se. E a vida foi posável.

3 de Agosto

Partiu-se. E deixou um buraco.

3 de Agosto

O pombo no poeta, agora em alegres cores.
Nem abuso nem consentimento de uma parte à outra, lá isso.

13 de Agosto 

O pombo no poeta.

13 de Agosto