Na quinta-feira (8) fiz um Bolo de Coco. Para tal usei, finalmente, oh glória terrestre, o leite de coco que tinha no congelador e que, tendo eu a memória eficaz, apareceu no blogue já bastas vezes. Este bolo leva também leite, que substituí por bebida vegetal de aveia. Porém, a dita não chegava à quantidade que a receita pedia. Bem sei que podia abrir nova embalagem, mas não quis. Avancei, julgando ser boa ideia reduzir na farinha, o que fiz a olho, pois claro está. Pela descrição da receita este é um bolo a atirar para o pudim, mas, ou devia ter encetado nova embalagem de bebida vegetal para chegar à quantidade dita na receita, ou devia ter tido olho mais acertado, isto porque me pareceu que o bolo havia cozido demasiado. Ou então é mesmo assim, pronto. Ou pode, ainda, ser por conta de um certo esquecimento que tive: o açúcar. Sei lá, esqueci-me! Claro que este esquecimento se deveu em muito ao facto de no rol de ingredientes estar, também, leite condensado, que é coisa açucarada até dizer chega, quiçá por isso, mas tenho para mim que, como o açúcar é um ingrediente líquido (sim, porque derrete) fez ali alguma falta. Seja lá como for não repetirei este bolo, portanto não sei como sairia se não fossem estes deslizes terem acontecido. Mas há mais. Há. Há a cobertura do bolo. Ora a boa da receita tinha no tal rol de ingredientes mais coco ralado, ok tudo bem, e mais leite condensado... Que não tinha. Pois. E que não queria, e que não fui, comprar. Amanhei-me com uma ideia básica: substituí-o por manteiga, açúcar e um tiquinho de água, tudo a olho. Descreio completamente que sequer se assemelhe ao resultado, acredito, isso sim, que, caso eu tivesse imitado a receita o resultado seria um creme bem cremoso e docinho. No geral, o que tenho a dizer acerca do (meu!) processo de preparar este bolo, é que fica a experiência e que, afinal, até nem estava mau.
No sábado (10) fiz Gelado Como Quis. É meu costume, há anos que assim é, notar receitas mesmo boas para eu experimentar no futuro, umas porque me parecem deveras adequadas ao meu paladar e outras porque são diferentes, tanto no processo, como no tipo de ingredientes. São estes os principais critérios que me levam a guardar uma receita que quero experimentar, por vezes durante anos. Um desses casos a modos que diferente foi uma receita para fazer leite condensado no liquidificador. Era uma receita bem básica, até, e detive-a meses nesse rol de 'a experimentar', até que um dia a joguei no lixo, considerando que talvez fosse este um caso daqueles em que a ideia parece tão tão tão fácil que eu duvido. É certo que o facto de já terem passado largos meses por sobre esta espantosa descoberta – ter encontrado esta receita, quero eu dizer – fez-me peso aos bués na dúvida de aquilo ser alguma coisa de jeito. Contudo, mesmo não tendo já acesso à incrível receita senão por mor de pesquisa enfadonha, deu-me na mona fazer como me lembrava, até porque é bem simplezinha: dois cups de leite em pó, 1 cup de água morna e xilitol. Deste último é que não guardei memória da quantidade mas, ademais de não ter xilitol em casa e nem ideias de o vir a ter, resolvi-me pela quantidade de ½ cup de açúcar. A receita seguia dizendo que se colocasse tudo no liquidificador e deixasse bater. Ao cabo de uns 10 minutos estaria pronto a levar ao frigorífico e, depois de bem arrefecido, para aí quê, meia dúzia de horas, a mistura apresentaria a densidade de um leite condensado de compra. Ora bem, a menos que repita esta receita, jamais saberei se assim é, pois a meio do processo juntei natas para obter um gelado, porque, na verdade, era um gelado o que eu queria fazer com este 'leite condensado'. Quando adicionei as natas a mistura avolumou bastante, vi jeitos de derrame sobre a bancada, o que seria aborrecido. Mas não. Logo que achei que estava bom, pus numa taça, congelei e, um bom tempo depois, obtive um gelado. Não estava grande coisa, mas lá que estava gelado, estava. E, já agora, confesso que quero repetir esta receita milagrosa de leite condensado.
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