Poucas vezes me tenho sentido tão mal vestida de blogue como nas últimas duas ou três semanas. Presumo que não se nota nada, e o não se notar seja lá o que for é uma das marcas da minha existência, e reconheço, oh se reconheço, que mantenho um blogue porque não aguento a minha vida profissional, vai daí tendo a distrair-me com a escrita, escrevo porque quero mas também, e obviamente, porque posso... E agora sei lá que mais, olhem: cruamente falando, o que se passa é que sinto uma enorme vontade de registar factos sem qualquer interesse para a maioria das pessoas, pronto, cruamente é isso, e hoje não escrevi coisas, não fui grafómana. Perceberam? Hoje não fui grafómana. Não sei se conseguem medir isto como eu meço, mas ó pá, eu hoje não ter sido grafómana é uma coisa enorme em altura, largura, peso e estrondo. São cinco e tal da tarde e está a chover em Lisboa. De nada, ora essa, e por ora é (era) isto.
Bom dia, Gina.
ResponderEliminarAinda chove em Lisboa e ainda nem sequer é completamente dia, ou pelo menos não parece ser completamente dia.
O José Saramago tinha um trabalho numa repartição pública qualquer (não sei precisar os factos, desculpa) e consta que foi no tédio desse trabalho que ele começou (?) a escrever. Se não começou, pelo menos fez como tu, aproveitou para escrever.
Eu comecei a visitar blogues, um deles está na minha lista - "Quarks e Gluões" para preencher um vazio intelectual de que padecia. E mais não me fica bem dizer, mas compreendo-te.
Que tenhas um dia bom, um dia escrito. :-)
Olá, Susana
ResponderEliminarO teu comentário tem gravado as oito e um quarto da manhã e eu, que costumo sair de casa um pouco antes das oito, notei que estava realmente escura, a manhã desta manhã, até comentei isso com os parceiros de viagem e tudo.
Gostei da partilha da questão de Saramago, há situações profissionais menos felizes... e pronto.
Eu comecei a ler blogues em outubro de 2005, li numa revista (a Activa, se a memória não me está a falhar) acerca da existência de blogues e que a blogosfera era como um bairro com muitos prédios e portanto os bloggers eram como que vizinhos, podendo inclusive darem-se todos muito bem e visitarem as casas uns dos outros, ou simplesmente assomar à janela, em alegre e são convívio. A comparação pareceu-me tão bonita que fui logo cuscar os endereços (aqui a memória falha-me redondamente) que vinham no artigo. Claro que assim como um bairro tem vizinhos bons, tem vizinhos menos bons ou então maus. É a vida. Nunca achei que a virtualidade fosse diferente da realidade.
Obrigada pela tua companhia agradável companhia.
Beijinhos