quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Nunca se larga a essência, um

Bom dia. São nove e trinta e três. Estive no café junto ao laboratório e vi que o mundo está cheio de gente, tipo assim composto, regrado, portanto: bom.

É raríssimo não responder aos bloggers que comentam no meu blogue. Faço-o num misto de educação e boas-vindas, afinal não é por estar no mundo virtual que vou ser diferente do que sou no mundo real, quando tenho visitas em casa uso de cordialidade e boa-disposição e profissionalmente o meu comportamento também é assim. É portanto muito importante para mim que me tratem de igual forma sempre que deixo comentários nos blogues, contudo havendo quem não retribua a atenção, eu cá não entendo exatamente como má educação, antes como displicência e, em certos casos, como desdém. É aliás debaixo destas conclusões que tantas vezes me abstenho de comentar em blogues.
É raríssimo receber comentários no meu blogue. Em tempos indaguei comigo mesma durante meses se deveria retirar a caixa de comentários, mas sobrava-me sempre a curiosidade de saber se alguém efetivamente tinha lido este ou aquele post, então nunca enveredei por aí, crescendo por junto a ideia de que um blogue faz com que as pessoas se relacionem, logo: é imprescindível haver uma caixa de comentários, ora eu não a tendo, não teria um blogue, isto aqui seria outra coisa qualquer, mas não um lbogue... ai perdão, blogue. Contudo, se eu me perguntar: ó Gina, tu queres receber comentários - note bem: querer, e querer não é o mesmo que gostar, querer é quando a coisa não se deu, gostar é quando a coisa se dá -, respondo-me que não sei. Sério, não sei.

Levei para a mesa a melhor mousse de chocolate que o mundo reconhece (sim!) ser minha e o fantástico gelado que sou capaz de preparar (sim!). Obrigada.
Acontece inúmeras vezes os comensais estarem à mesa, cavaqueando enquanto distribuo tacinhas cheias das iguarias do dia corrente, eu servir-me por último, sentar-me, degustar as minha obras e exclamar ,eh pá isto está mesmo bom!‘ logo seguido da rica filha ou o rico filho por sua vez elogiarem também o doce, note bem: o doce, dizendo ‚isto está bom, mãe‘ e eu não dar nem um segundo e concordar ‚pois está, é que está mesmo bom‘. Considero que esta cena, que já vivi inúmeras vezes, sou inclusive conhecida pelos meus como ‚eh pá isto está mesmo bom‘, nem agradeço nem nada, pois é, considero esta cena, dizia eu, reveladora duma certa autoestima.

É preciso uma autoestima elevadíssima para deixar um vídeo como este no blogue. É do tempo em que não fui grafómana e pelos vistos, em oratória, ui.




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