segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Escovas de dentes

Era uma vez uma mulher que trabalhava numa loja de artigos diversos e de vez em quando tinha de fazer pedidos mas eis que algumas encomendas chegavam assim como que descomandadas. Foi o caso dumas escovas de dentes (ah... só pelo título, ah só pelo título) muito rijas e ásperas que ela em tempos recebeu, tendo anteriormente pedido escovas de dentes que arrancassem eficazmente a palca bacteriana dos dentes dos clientes, pois sim senhores, mas sem fazer sangue e, ademais, que lhes coubessem dentro da boca enquanto se esfregavam capazmente, e capazmente não era nem foi, nunca, com aquelas escovas. Bom, essa mulher (ó mulher, olha, ó tu, ó mulher, vem cá a casa) vendeu (incrivelmente, mas é que incrivelmente mesmo) duma assentada três dessas escovas a um cliente que já experimentara uma e ficara maravilhado. Pronto, é facto que a vida surpreende as gentes deste mundo. Foi, portanto, um total de quatro escovas vendidas àquele cliente, mas em duas vezes. Foi uma coisa parcelada, vá, creio ser consabido que um total, qualquer um, existe somente por meio de parcelas.

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