O lugar da musa encontra-se encerrado, acontece assim em cada segunda-feira, a ver se descansa o pessoal daquele trabalho, e, vai daí, deu tempo de me sentar num dos bancos da rua mais bonita de Lisboa. Estou tão desabituada de lá pousar que não tenho como certa qual a árvore a que demoradamente observei as folhas. Estão amareladas, o que não admira, ora essa, a gente está no outono, logo: as árvores desta cidade estão também. Contudo, na copa estava um ramo com umas folhas totalmente castanhas e aparentemente secas. Sabem o que é?, é que foram as primeiras a nascer, e eu, sabendo (como não sei, mas adiante, a história é minha, conto-a como quiser) que a Natureza tem o mais apurado sentido de justeza, é obviamente por isso que são aquelas as primeiras a morrer. Mas ainda não caíram, não, lá estão elas, resistentes. Vejo-as, também, teimosas. Hum, isso aí é da poesia, acho eu.
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