Quando era criança lamentava não ser parecida com a minha mãe ou com o meu pai. Em tempo de maiores dúvidas a minha mãe descansava-me: logo que nascera, não saíra nem por um momento de ao pé dela. Actualmente sou, mesmo que um pouco só, parecida com a minha mãe, quando ela era da idade que tenho. É assim mais no todo do que em pormenores, como a boca ou os olhos – é mais ver-me ao espelho e, de repente, vejo a minha mãe. Aquando das conversas supracitadas acerca deste distanciamento facial – chamo-lhe assim -, ela por vezes acrescentava, para me descansar mais ainda, que eu fora buscar as feições dos familiares do meu avô paterno, os quais nunca conheci.
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