quarta-feira, 20 de julho de 2022

De volta

Voltei àquele restaurante das virutas de naranja e, sim, as ditas pertencem a um plato de pavo. De entrada foi uma salada caprese numa versão tão mini que vinha espetada num palito. É bom, porém não extraordinário. Extraordinário é o azeite que veio na molheira, é agreste, a modos que pica. De primero foi carpaccio de pulpo com rúcula e até vinha umas pétalas roxas e outras amarelas. Há algo de maravilhoso no carpaccio, se calhar, pela finura, sei que é coisa saída de técnica apurada e nasce-me admiração. De segundo foi caril de legumes e frango. Comeu-se, vá. De tercero (notei na ementa este tercero, para mim foi novidade) foi tarta de queso. Pronto, que se há-de fazer, é do melhorzinho, sinto-me até imprópria se quiser alongar esta maravilha e as sensações gustativas. O senhor e a senhora do restaurante são um cadak alemão que veio para estas bandas há mais de vinte anos. Comparando os países dizia ele que aqui o clima é melhor e lá o povo é sisudo. A parte do sisudo foi principalmente gesticular, pousou dois dedos nos cantos da boca e puxou-os para baixo.

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