quarta-feira, 6 de julho de 2016

Quarto

Já me habituei ao novo quarto. O hábito já é tanto que já não respiro a presença do rico filho por entre aquelas paredes. É giro ter a cabeceira da cama junto à janela, levantar o estore e a claridade invadir o quarto, invadir-me também a mim. Claro que o enrolador do estore sendo ali onde é estragou o encanto da minha mesinha-de-cabeceira, que para lhe aceder facilmente tive de descentrar o candeeiro. De maneiras que o fio percorre bem mais de metade da base da mesinha-de-cabeceira, para ali fica, o pobre, mal assentando em cima do naperom, porquanto achei melhor centrar o candeeiro com o naperom e não o naperom com a mesinha-de-cabeceira. Confusos, não é. Presumo que é.

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