Tenho para ali um saco onde guardei uma bolota (sóri se aquilo ali não for uma bolota, muitos sóris) desde o passado dia vinte de setembro. Vi-a cair ao chão, daí o preciosismo de a guardar. Eu vi. Em direto. Descia a rua mais bonita de Lisboa, e duma das árvores do lado direito (bem sei quão faltosa de referências, mas não fixei qual delas) eis que caiu uma bolota (não sei, já sabem, ah ah). A poesia. O momento. A poesia no momento. O momento da poesia. Daí o preciosismo, que mais posso eu fazer do que guardar uma bolota (hum, pois...) muito bem guardada num saco e mantê-la num saco e espreitá-la quando está no saco. Posso por exemplo escrever um post parvo, que um inteligente é difícil, e podia por exemplo tirar uma foto, mas isso, como se sabe, é matar o encanto que tem a bolota (dizer o quê agora...?). Há um povo qualquer (não sei qual nem vou pesquisar) que acredita que a fotografia retira a alma às pessoas, suga-lha impiedosamente. Nunca considerei essa crença descabida, raramente tiro fotos à árvore amarela ou à rua mais bonita de Lisboa, sei lá, parece que se dá o extermínio total e que a culpa disso é minha, não sei explicar o sentimento melhor que isto, desculpem, é meu dever, mas não sei.
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