Sim, pequeno-almoço, é o que é, e eu sei que no título digitei mal a palavrita. Deixo estar porque não sei que verdade acarreta o facto de eu trocar letras cosntantemente... ó, olhem lá as letras que troquei ao constantemente... Seria tão célere se não me trocasse constantemente, tão célere.
Mas o pequeno-almoço, vá. Foi chá de alfazema com pão feito por mim.
Ontem, domingo, e a par com tantos outros domingos da minha vida, fiz pão. O pão é um alimento de simples confeção, porém bastante influenciável, tanto pelos estados do tempo como pelos da alma de quem amassa, uma vez que basta a esfregadela não ser tão longa ou tão capaz e logo a massa se ressente, isto já para não falar do forno, que é algo crucial no resultado final do pão, só por dizer que acontece não ter forno de lenha nem tão despachado como o duma padaria, o meu é doméstico, portanto tenho o cão, tenho sim senhores, e estou a falar no sentido literal, mas caço com o gato, e aqui falo no sentido figurado. Mas sei que com a prática melhorarei consideravelmente os pães, olarila. Experimentei, uma vez mais, pôr um tiquinho de azeite, tanto na massa como no fundo da taça onde a pus a levedar e também no topo da mesma, e o que aconteceu foi uma massa mais despegada da mesa e das mãos, creio que isso foi obra da gordura, contudo sei lá se foi, ora essa, não pesco nada de pães, e lá estou eu no sentido figurado outra vez. Ah... Ficaram tão bons, oh céus. Lembrei-me de os cobrir com uma mistura especial, uma que aqui há tempos, muitos e muitos tempos, vi fazer num programa de culinária. Eh pá... Só por dizer que nem sei se foi assim que vi fazer, mas foi assim que fiz: duas colheres de sopa de farinha e um bocado de água, ora aí é que está, não medi o tanto de água, mas é um bocado, pronto, até se obter uma pasta assim mais ou menos como quando a gente faz gesso para tapar buracos e não se pode pôr muito gesso quando não a massa engrossa rapidamente, é essa consistência assim, vá. Pincelei o topo dos pães e tal e por cima toca de lhes pôr sementes de papoila e de sésamo. Nalguns experimentei o seguinte: uma folha de manjericão. Note bem, nada de pôr folhas de manjericão seja lá em que alimento for e levar ao forno, ok, é que queimam, sério, mas eu a estas cobri-as com a tal mistura e só depois então as polvilhei com as sementes que já referi. Ficou bom, mas não ficou tão melhor, dá realmente para perceber um sabor a manjericão, mas é uma coisinha assim muitomuitomuito suave, quase nem vale a pena pôr.
A receita
1. quinhentos gramas de farinha T65
2. dez gramas de fermento de padeiro seco
3. uma colher de sopa rasa de sal
4. uma colher de chá de açucar
5. duzentos mililitros de água morna
6. cem mililitros de azeite
misturei a água, o açúcar e o fermento numa tacinha
coloquei a farinha na bancada, abri um buraco ao meio, pus o sal na borda de fora
deitei o azeite e a mistura de água e fermento no buraco aos poucos
amassei vigorosamente mais ou menos o tempo que durou a canção que estava a dar na Radio
coloquei dentro duma taça com o fundo untado com azeite e passei o azeite também no topo da massa
cobri com montes de cobertores e deixei levedar para aí umas três horas
retirei a massa levedada da taça e amassei brandamente um pouconhinho de tempo
dividi a massa em doze, estendi um pano limpo por sobre os pãezinhos e deixei descansar mais uns dez minutos num tabuleiro muito bem preenchido de farinha
cobri os doze pãezinhos com a mistura e as sementes que já mencionei acima
levei a cozer a meio do forno que estava a cento e oitenta graus, durante mais ou menos meia hora
Um muito bom e grande apetite!
Sem comentários:
Enviar um comentário