Aí está, então, aliás: lá estão, então, abaixo, duas colagens em foto. Trata-se, então, de meio rótulo... não, meio não, então, um dos rótulos de um frasco de doce de pêra, bom que se farta. Esse rótulo é de plástico, ou assim, e sai que é uma maravilha, ao contrário do outro rótulo, que é de plástico, ou coisa assim. A outra colagem é o rótulo de um queijo da Serra que comprei na lojinha de recuerdos do Albertino, em Folgosinho. É, então e também, bom que se farta, este queijo, que é feito unicamente com leite de ovelha cru e flor de cardo e isso assim. Lá do processo de fabrico é que não vem nada escrito. Mas então. É assim.
Sim, tenho colagens no meu caderno e não são poucas, já disse que as coisas são minhas amigas, porque não falam, nem querem, e tenho delas a opinião que quiser mas não a dou porque não falo com elas. Seria isso pra quê, né?, pois se não obteria resposta! Este meu caderno parece o de uma adolescente, qualquer merdice serve para lá guardar, só por dizer que falta, por exemplo, o bilhete do concerto, o postal do eléctrico que circula em ruas de Lisboa, o talão de compra do gelado saboreado na companhia do primeiro amor. Há dias, em passeio pelo supermercado – passeio de compras, ah ah -, notei um gancho de onde pendiam uma data de brochuras com uma receita da Maizena, que consta de um bolo de crepes com creme de avelãs e morangos. Ora bem... Eu não! precisava de trazer uma brochura com uma receita que nem sequer me satisfaz, porque acho mesmomesmomesmo que não tem jeito nenhum, aquilo não passa de um monte de massa intercalada com creme e uns morangos a fazer companhia. Mas trouxe e colei no meu caderno. Depois, com estas aquisições, estes amores desiguais, acontece que um caderno de grossura... sei lá quê, normal, vá, aos dias de hoje se me apresenta um pesadão do caraças.
Grande paciência a sua:), tem a minha rendida admiração.
ResponderEliminarTenho certeza que a minha compota de pêra é melhor que a desse rótulo. Sei mesmo bem que é. Já apreciei ambos.