Eu tinha na mesa uma toalha cujo bordado é um daqueles esburacados, o que deixa safar migalhas. De maneiras que aquilo é o que se vê de migalhas mais o que não se vê, o que totaliza algo em muito. A minha amiga e o meu amigo ficariam para lanchajantarar cá em casa e eu fiz gestos de quem ia sacudir a toalha por conta dos modos que tenho. E a minha amiga: que não, deixa lá isso. Deixei. E deixei porque na hora estava atarefadíssima com a preparação da minha festa (aquela! festa, sim, essa! mesmo). Embora o papá e a mamã desta que escreve lhe tenham ensinado os modos em modo bom e bem, descontraí, uma vez que são amigos sabiam da azáfama do dia e tal e tal e mais isto e mais aquilo. Pus na mesa o que era para pôr e entretanto lembrei-me de perguntar à minha amiga:
«Achas que nesta situação eu devia mesmo ir sacudir a tolha porque vocês são meus amigos e devo tratar-vos bem ou deixar assim porque vocês são meus amigos e não se vão preocupar com as migalhas?»
Ela ponderou dois segundos (sim, cronometrei, ah ah) e disparou:
«Oh! Vai pó caralho!»
Hum. Pronto.
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