Sob o ponto de vista espiritual, não posso dizer que me impressione mexer em coisas que já foram de outras pessoas, hoje mortas. Cá por coisas, já por várias vezes fui na demanda de remexer nos pertences da minha sogra e, pá, tudo bem, olho as roupas, os naperons, os bibelôs, as louças, o modo como tudo está exposto e que é, ainda, tão ao jeito dela, e não se passa nada de estranho cá dentro. Não é que não se passe nada, não é isso, não se passa é nada que me apoquente, ou com que não saiba lidar. Pode estas questões serem devidas à minha personalidade – por exemplo: sou curiosa (ah olha aqui tão giro!), sou decidida (pá, é para fazer, faço!) - ou pode ser porque há anos que entro na casa dos clientes, mera habituação, vá. Ademais: o estatuto profissional implica uma certa distância. Enfim, posso eu estar a ser ajudada por essa faceta da minha vida. E não, a demanda ainda não se findou.
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