sábado, 30 de abril de 2016
Das ideias doutros
Aqui há dias dei com um post* num lbogue... ai perdão, blogue onde a autora pedia aos seus leitores que lhe enviassem um texto expondo o porquê de escreverem. Achei um piadão àquilo mas o tempo para enviar um texto tinha-se esgotado e ademais é blogue onde não entro amiúde, portanto deixei-me estar sossegada só nessa parte, que na parte de preparar o texto, fiz-me a ele. Ou fi-lo, é mais isso.
Porque escrevo?
Porque sou grafómana. Ah ah. Que ninguém se assuste com a anterior afirmação, o meu caso não é patológico, tanto que tenho dias em que a criatividade amaina, em que me sinto oca, porém só, porque escrevo para me sentir acompanhada.
Porque sou apaixonada pelo registo diário dum mesmo acontecimento, ou seja: gosto de ver desenvolvido um assunto que criei, e porque o criei pertence-me, e porque me pertence exploro-o incansavelmente. É meu, posso fazer o que quiser. Prova disso são os assuntos que aparecem amiúde no blogue, como a árvore amarela, o lugar da musa, a pedra da calçada, as meias, os triângulos.
Porque me é necessário o registo de memórias, passear pelo passado, pelo presente, encontrar um ponto onde se cruzam, pois que os há, e vivo numa ânsia de tudo ter registado para memória futura.
Porque escrever é uma forma de extinguir as dúvidas e purgar o sofrimento. Escrevo há anos que cheguem para ter adquirido a noção de que não se extingue ou purga coisa nenhuma, que é lá isso, mas o escrever ilude-me nesse sentido, ou dá para passar o tempo e assim fazer-me esquecida do que me mói e dói, sei lá.
Porque gosto mais que muito de tornar enormes os pequenos acontecimentos e importantes as minudências. Esta questão é muito eu. Muito, muito eu.
Porque me viciei na escrita, estou assim como que formatada para escrever, vá, passo a vida nisso.
Porque quero. Esta afirmação parece um bocado tola, bem sei, mas quero que pertença também a este rol de motivos. Para escrever é preciso querer fazê-lo. Escrever obrigatoriamente, ser incumbida duma qualquer tarefa que inclua escrever é-me pesaroso. Quebra-se-me algo cá dentro ou assim, não me dou nada bem com o caso: 'olha, escreve lá acerca disto'. Num repente podem os leitores pensar: eh pá, ó Gina, mas estás a escrever este post a mando! Que eu respondo logo: não estou, não senhores, que é lá isso, ninguém me pediu para escrever este texto!
Porque posso. Quando digo 'porque posso' quero dizer que o meu emprego me permite ter tempo para me pôr a escrever quase todas as vezes em que quero fazê-lo. É bem verdade que tenho que trabalhar, como qualquer pessoa, mas, por outro lado, posso organizar-me por modo a dar vazão às palavras.
*Querendo saber a origem da ideia, é clicar aqui.
Lencinhos
O pingo no nariz é tanto que já me joguei aos lencinhos das meninas popâpe, tão lindas e frescas. Esgotei os brancos e feios, é o que é. Aqueles que são guardanapos. Isso.
Primeiro
Bom dia. O relógio que habitualmente me regula diz que são dez e vinte e quatro. Ora acontece que o dito pisca, quer isto dizer que faltou a luz algures no tempo em que me ausentei do estaminé. E se o relógio do pêcê onde escrevo agora mesmo diz que são dez e quarenta e nove, quer isto dizer que a luz faltou às zero e vinte e cinco, já eu dormia. De nada, ora essa. Ah, é verdade, para fazer esta conta apoiei-me no facto de os relógios iniciarem a sua contagem às zero horas. Agora é que é: de nada, ora essa.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
Dias dum Ginásio
O dia não acaba aqui, não senhores, nem vou já para fim-de-semana, que é lá isso, ainda falta o Ginásio...
A criatividade foi abaixo
Há uns dias em que me sinto como descrevo no vídeo. Se há uns, então não os há todos, não é. É.
Dia de (disseram na Radio)
Dia Mundial da Dança. Não sei dançar mas deixa estar, ora essa, a malta, querendo abanar-se, abana-se na mesma. Abanar o corpo não é dançar, por isso é que usei um termo diferente, eu cá abano o corpo ao ritmo da música.
Este tema é merecedor de mais atenção mas hoje fico por aqui. Note bem: voltar a este assunto é ideia que não se arrima nem por nada à promessa.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Triângulos
Oito triângulos, os que já consegui. E o abril no fim e a companhia desfalcada porque os triângulos vão já por aí fora e os papelinhos de três por quatro centímetros não lhes dão vazão.
Note bem: são oito triângulos em caso de não contar com o do post anterior.
A diva do triângulo
Eis umas calças que ensinam a melhorar a postura e prometem combater a celulite. Estas melhorias acontecem por meio dum sensor inserido no triângulo do bolso direito.
Post muito aromático
Durante os últimos dias, tem havido nesta área um forte cheiro a flores. É a primavera. Mas está demasiado forte, entra no nariz e nos pulmões e não sai de lá. Eu, para purgar o desconforto, precisava de saber que flores são as do cheiro. Se só uma espécie, se duas ou três à mistura, ou mais ainda, a partir de que horas é expelido o aroma, a que horas cessa, se efetivamente cessa, de que cor são as flores, se desabrocham também no outono, se existem no outro extremo do planeta. Enfim, essas coisas todas.
Tempo
O post anterior fez-me lembrar que a opção de agendar posts no blogue não me atrai. Brevemente vou ter de me sujeitar, cá por coisas, mas faz-me impressão. No entanto, concluí que faço mais ou menso isso quase todos os dias da minha vida, atualizo o blogue à noite, com posts que escrevi durante o dia. E quantas vezes os posts têm dias de preparados? Tantas. Sou mulher de rascunhos. Sou também mulher adepta e necessitada de espontaneidade, por isso não gosto de agendar posts, mas passo a minha vida de escrevente de blogues a fazê-lo.
Do que passa
Do que não volta
Do que é
A fazer é do presente. Afazer é do futuro. Curtia saber onde anda o passado. Já fiz...? Feito...? Mas é presente!
Segredo
Para ser fofinha e queriduxa é mister que não se conheça as minhas questões problemáticas e afastadoras. Pois.
Pacotes de açúcar
Ora bem, chegou o dia do desenvolvimento assaz necessário à blogosfera. Quer isto dizer que o outro pacote de açúcar da Sical, diz então assim:
«Um segredo é pouco para um, suficiente para dois, demais para três.»
É desenvolver, por favor. Obrigadinha. É agora, ó pá, é agora, é agora, é agora!
Discordo da parte do meio deste provérbio, um segredo nunca é suficiente, suficiente é uma medida certa, um segredo é demasiado, a pessoa rebenta por dentro, e nem vale a pena dizerem-me que a revelação libertará, que descreio totalmente. Na verdade discordo também da primeira parte, um segredo ser pouco para um? Qual quê? Um segredo é demasiado para um, que a pessoa rebenta, disse eu já, e demais para três? Ora aí é que está a verdade, quando duas pessoas sabem um segredo, o mundo inteiro sabe e obviamente já não é segredo nenhum.
Repete lá (mas poucochinho)
Vamos mostrar as meias ao relvado que circunda a árvore amarela?
Vamos mostrar ao mundo um zoom da árvore amarela, que por ora é verde, verde jovem, verdinha, verdinha?
A prometida descrição das meias acima:
«As meias d' hoje são todas em preto com exceção, e se há exceção então já não são todas... Pois não. Então é assim: onde não há preto há rosa-choque e em rosa-choque são umas bolinhas e uma ponta e um calcanhar.
Ah, e é 'E as meias?', é, isso de o título ser ou não ser aquele. É, é.»
«
Vamos mostrar ao mundo um zoom da árvore amarela, que por ora é verde, verde jovem, verdinha, verdinha?
A prometida descrição das meias acima:
«As meias d' hoje são todas em preto com exceção, e se há exceção então já não são todas... Pois não. Então é assim: onde não há preto há rosa-choque e em rosa-choque são umas bolinhas e uma ponta e um calcanhar.
Ah, e é 'E as meias?', é, isso de o título ser ou não ser aquele. É, é.»
E já agora, antes que passe o tempo e me desoriente acerca de quais as meias que já mostrei, ou então não, eis as que mostrei antes da ideia de juntar as descrições que em tempos idos fiz, sem foto, mal sabendo eu que um dia viria a juntar fotos e mais não sei o quê:
«'E as meias?', Era assim o título, não era. Não sei, já não malembra mas hoje fica assim e acabou a conversa.
«'E as meias?', Era assim o título, não era. Não sei, já não malembra mas hoje fica assim e acabou a conversa.
Pois claro que o tema 'meias' é um bocado incongruente e até estúpido, revelando fortemente que tendo para as coisinhas, porque se eu apresentar coisinhitas pequenininhas e nhecas... pronto, já sei, isso sei, ok, mas vá, é que eu cá acho giro descrever as minhas meias em cada manhã. Já agora acrescento que estas descrições ocorrerão enquanto não se me esgotarem os padrões, que repeti-los é coisa que não farei.
As meias de hoje são... tcharan!... azuis. Azul claro e azul escuro. Azul claro no topo do pé e azul escuro na planta. Do pé. Isso. O separador de cores faz ondas, portanto há uma ondinha que desagua no topo do pé, ali assim junto ao joanete que ainda não tenho pela pouca idade. Eh pá, pronto, é junto àquele osso. Depois há uma palavra escrita a verde e que consiste na marca das meias e um losango (eu sei que é losango, ah ah) por cima da dita palavra. Neste modelo de meia, o remate é em azul claro e azul escuro, sendo que na parte do azul claro, o azul escuro intervém. Metediço, pá.
»«
Tenho muitas meias, quantas delas herdadas da rica filha, que é esquisita com cores e vai que se veem por entre os sapatos/ténis e as calças e o caneco, e depois, se não combinam as cores, ela já não as quer e mais não sei o quê. Todas as minhas meias são só de pezinho, nada de cano, nem alto nem meio-alto nem meio-curto nem curto. Nada disso. E são todas muito coloridas para a vida acontecer alegremente. E acontece? Ora... As que tenho hoje nos pés são de fundo preto, ponta verde-alface, calcanhar cor-de-rosa, remate lilás, espirais em amarelo e umas letras coloridas que dizem 'angel' por sobre o preto. Os anjos serão alegres? Diz que sim, que cantam lá no céu e tal, 'quem canta seu mal espanta', portanto devem ser mesmo muito alegres, os anjos.
»Quilometragem
Tenho uma atração especial por números. Também. Pois. Sou poli.numérica.qualquer.coisa, pois sou. Gosto muito, mesmo muito, e por exemplo, de observar os pinos que ditam distâncias percorridas e por percorrer em estradas deste país. Há pinos de cem em cem metros e a cada quilómetro há um pino maior, geralmente arredondado, onde se lê, não só o quilómetro em que se está, como o número da estrada, e quantas vezes vem descrito também o destino. Não, não é nesses pinos que vem descrito o destino, é nos quilómetros da dezena, eh pá, se calhar também é, olha: não sei, está bem. Vai ter que estar. Bom, esses pinos mais altos e mais largos que os dos quilómetros, são lisos em cima. Sério. Ó pá tóin xirú, não é. É. Dá pra eu pular lá pra cima e ficar lá. Em cima. Pois. A dançar e assim.
Um dia revelei a alguém um dos meus sonhos: percorrer a estrada número oito e parar em cada quilómetro para tirar uma fotografia. A estrada número oito é especial para mim, é a estrada que passa no Pinheiro de Loures, o lugar onde cresci, eu era ainda uma criancinha e já sonhava um dia chegar a Caldas da Rainha, tudo isto por conta duma placa que existe, ou existia, em Loures. E estou-me a repetir neste parágrafo, sei que já escrevi isto no blogue.
Mas a revelação do meu sonho a alguém. Ora então, não esperais espanto e deslumbramento, não? Pois, não espereis, que não houve senão troça.
Queres uma dor de cabeça?
Claro que ninguém quer dor nenhuma, quanto mais uma na cabeça, ora essa. Mas a pergunta é um modo rápido de se anunciar o dói-dói. E indolor. Ah ah.
Dos vídeos
Bom, não é bem, bem dos vídeos que venho falar, é do meu canal no Youtube. Há um rol de melhoramentos que eu queria, podia e devia fazer. Não, melhor: há um rol de melhoramentos que quero, posso e farei.
:::: Intitular o canal. Claro que 'Dias duma Grafómana' não ficaria bem, grafia é de escrever, não de falar, mas que tal 'Dias duma Gralha'? Falante? Discursante? Oradora? Bom, não sei. E aí é que está a questão, que isto de não saber que faça, pá, é um travão com abs. Digo abs porque o abs é coisa para derrapar. Eu cá sempre achei o abs uma coisa muito estranha, quase ineficaz, e folgo que o julgue assim, pois é prova que dele ainda mal precisei. E já me estou a desviar do assunto, que é algo que faço também na oralidade.
:::: Criar listas de reprodução. Tenho uns quantos vídeos a que chamei 'Coisas', outros a que chamei 'Mescla'. É boa ideia agrupá-los numa lista de reprodução. Posso ainda arranjar outras listas, tipo férias, cão, costura, ricos filhos.
Comecei na enga das 'coisas' e das 'mesclas' porque queria descrever tudo e apresentar uma mistura de assuntos. Bom, a frase anterior é tão óbvia que se torna ridícula, mas adiante. As coisas são coisas porque são isso mesmo, coisas, objetos que descreveria ao meu jeito. Mas depois dei por mim expondo ideias que não eram coisas, assuntos diversos e sem relação entre si, então juntei-os para fazer um filme mais comprido.
E juntei as coisas e fiz mesclei assuntozinhos porquê?
Para diminuir o número de filmes.
É cheia de sinceridade que digo quão pouco me importa pouco o meu canal conter filmes tão extensos que ninguém os vá ver por falta de tempo e/ou paciência. Note bem: eu disse que me importa pouco, porque na verdade importo-me um bocadinho se.
:::: Palavras de apresentação. Devia parar para fazer uma apresentação do meu canal por escrito. Explanar os motivos que me levam a querê-lo, a mantê-lo, a vivê-lo. É uma patetice não me promover, mas é que não sei fazer tal coisa. Mesmo. Quero dizer, pronto, tenho dificuldade nisso, vá.
:::: Vídeo de apresentação. Pois, com o vídeo de apresentação passa-se o mesmo que com as palavritas de apresentação. É igualzinho. Igual, igual, igual. Vou pôr-me a dizer o quê? Olhem aqui eu a contar histórias...? Sei lá que diga, pá.
Canetas
Tenho a tal caneta mesmo no fim, tanto que já fiz post a dizer que agora ando mas é com duas, não vá a que está no fim findar, ah ah, e depois como é que escrevo, ah ah. Mas,
vai,
que,
o,
Luís,
me,
sugeriu:
Olha, levas a caneta de férias e deixa-la lá!
Ó pá, que ideia fantástica! Eu vou deixar a caneta no lugar de onde a trouxe! Espeto-a na praia! Como fiz com a que findou lá! Na praia! Ó pá tóin xirú! E eu que ontem me lembrei: espera lá que em tempos fiz um vídeo com a caneta! É que além de andar sempre de volta dos mesmo assuntos, a escrever, ainda ando de volta disso tudo, a falá-los vezes sem conta! Pois é!
Mas é isso o que eu vou fazer. Ou seja, repete lá, levo a caneta de férias, ainda que já terminada, e com as férias por terminar, ah ah, e chegada lá espeto-a na escura areia das praias mediterrânicas, tiro uma foto, tiro muitas fotos, e acabou a conversa. Não acabou nada, que é lá isso, hão-de haver ainda montes de repetições deste assunto.
Dia de (disseram na Radio)
Dia do Sorriso.
SORRISO.
lol
loles
lolada
lolix
lóguingue aute laude
Ah ah.
Gargalhar também vale.
:)
:-)
:))
SORRISO.
lol
loles
lolada
lolix
lóguingue aute laude
Ah ah.
Gargalhar também vale.
:)
:-)
:))
Que hei-de dizer + acerca dos sorrisos. Sei lá. Ou sei, vá, é que são preciosos, necessários, benvindos, benfazejos.
Mais coisas, mais coisas, mais coisas.
+, +, +, +, +, +, +, +, +, +, +, +, +...
Que espontâneos são bem melhores, eis o quê.
Dias dum Ginásio
Terminada a aula, quando me levanto, vejo um ponto vermelho na toalha, e o que era, era o quê, diz lá, era uma lasca do verniz das unhas. Ah ah.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Triângulos
Eram três e ao momento são seis. Mas não que tenham passado seis dias, não, é que cada folha da agenda contém dois dias. Mas não é que tenham passado três dias, não, é que passaram cinco. Eu não sei fazer esta conta, está bem. Vai ter que estar. Sete triângulos, pá, sete. Qual seis, qual quê. O abril vai findar e acrescentarei mais um papelinho três por quatro centímetros aos restantes, o que prolongará o caminho aos triângulos. Não, caminho não, companhia.
Papelada
Ora o que é que nós temos aqui
Temos
O código do artigo a montar na casa daquela cliente que mora em cima do restaurante com nome profundo
O lembrete 'olha lá, acaba mas é comigo!'
A etiqueta do artigo talicoiso, aguardando resposta conclusiva
A etiqueta do artigo êstaquió, antiquíssima, escrita, ainda e note bem, a vermelho
Engasgo
Entrou um cliente e cheio de à-vontade pediu valores do artigo tal. Quando tomei o fôlego para responder ao homem engasguei-me, ficando portanto sem à-vontade absolutamente nenhum. E ele, de sorriso franco, indaga:
Não me diga que o preço é assim tão caro...
E eu, de sorriso amarelo e faces vermelhas (supostamente, vá, mas a julgar pelo calor que lhes sentia...), respondo:
Sim. Quero dizer... não. É que estive a comer uma banana e tenho a garganta cheia de goma.
…
Bom.
Eu.
Gina.
A mulher de poucas falas.
Oh que dura pena, a de não travar algumas.
Lugar (que também pode ser) da musa
Desde que abandonei o lugar da musa de eleição, isto por conta do café me estar a causar arrepios, calafrios, comichões e verdadeiros amargos de boca, o certo é que lá me decidi a penetrar num lugar onde não penetrara ainda, e me decidi, também, pois foi, a que quando me referisse a este novo lugar, o incluiria na etiqueta que foi criada com o sentido num outro lugar da musa. Portanto, para que fique registado, mais para mim do que para ti, o certo é que este também pode ser um lugar da musa. Aliás: não estou confinada a escrever em determindao lugar, a ser inspirada somente ali, não há lugar algum onde a inspiração me esteja interdita, que é lá isso, só por dizer que o primeiro lugar da musa, é o primeiro lugar da musa. Pois. A gente recorda o primeiro beijo com um carinho especial, não é. É. E isso acontece porque estamos enlevados pelo alvo da nossa paixão, cheios de coisas boas, ocorre assim como que um arrebatamento, toldam-se-nos os sentidos, fica tudo vermelho, ou azul, sei lá, é tão especial que jamais esqueceremos, não é. É. Então pronto, é isso. Lugar da musa como o primeiro lugar da musa, jamais haverá.
Repete lá
Vamos mostrar as meias à calçada?
Vamos mostrar o zoom ao mundo?
E agora, como indicado ontem, a descrição das meias acima:
Vamos mostrar o zoom ao mundo?
E agora, como indicado ontem, a descrição das meias acima:
«Vamos falar de meias?
Vamos.
Das minhas meias?
Embora.
Hoje são do género dumas outras que descrevi há dias, de padrão animal e isso assim, cores iguais e coiso, só por dizer que o animal no outro dia era (por exemplo e creio que) de leopardo e hoje é de pantera, ou puma, ou chita, ou... Eh pá, não sei, olha, as anteriores eram tipo às riscas e estas são tipo às bolas, pronto.»
Senhora do Banco
Hoje segredou-me, também com enorme espanto nos olhos e na voz, que 'na Radio tinham anunciado que amanhã a temperatura cai para doze ou treze graus, eu que na segunda-feira, feriado, andei na praia de biquíni, veja lá, e ontem aqui um calor daqueles o dia todo e depois quando saí à noite: brre-brre!'
Bom, hoje já não me deu tanta vontade de a mandar à merda, que estava fofinha e quês.
As horas que são
Meio-dia e picos, agora. Tenho fome mas não vou para almoço já. Lamentavelmente. Oh céus. Bebe água, Gina, bebe água.
Post cheio de beleza
A beleza pertence ao mulherio, é como que um dado adquirido, isso de se ser, no mínimo, gira de cara e jeitosinha de corpo. Portanto, sempre que uma mulher é desengraçada (não me atrevo a usar outro adjetivo, na-na-ni-na-não), falta-lhe algo, está como que manca perante a sociedade.
Certa vez afirmei isto:
«Dentre outras coisas, a mulher serve para embelezar o mundo. Pois.»
Sou dona duma beleza vulgar, note bem: vulgar, nada de espectacular há no meu rosto, sou gira e pronto, então é quanto baste, vai que aos olhos da sociedade não manco e portanto sou aceite. Sou capaz de reconhecer na beleza feminina um trunfo. Olarila. Ok, vá, muitas mulheres não se identificarão com esta ideia, outras temê-la-ão, mas eu não temo, sei que a minha beleza é um trunfo ao dispor, sem que, contudo, algum dia o tenha usado deliberadamente, note bem: deliberadamente. Então e as pobres das desengraçadas, não lhes foi concedido um trunfo? Foi, claro que foi, mas têm mais trabalho e levam mais tempo a conseguir as coisas. Eh pá, pronto, a beleza é assim como que um catalisador, vá.
Pacotes de açúcar
Olá, então como vão? Tudo bem com vocês? Tudo? Mesmo tudo? Tudo, tudo, tudo?
Venho hoje desenvolver o assunto que ontem pedi para desenvolverem, certa de que ninguém desenvolveria, e como eu estava certa, oh se estava. Trata-se dum provérbio popular que vem num pacote de açúcar da Sical e que diz assim:
«Um bom nome é melhor que um bom perfume.»
Acho que sim senhores, um nome é tanta coisa, um nome, além da identidade própria da pessoa, é também uma história e uma referência. Quando casei adquiri, note bem: por minha vontade, o nome do cônjuje, o que me trouxe experiências boas e estranhas. Boas porque o nome guê, que não é de Gina nem de ponto erógeno nenhum, me identificava imediatamente em algumas situações, sendo-me então devolvido um tratamento especialmente atencioso e deferente. Estranhas porque a atenção e a deferência, se advindas dum nome com o qual não nasci e à conta do qual não me fiz pessoa, não me importa lá muito.
Nota:
O desenvolvimento do outro pacote será publicado a meu tempo.
Dias dum Ginásio
O professor de Pilates no outro dia chamou cãozinho à gente todos. Sério. Mandou-nos pôr de gatas. A gente pôs-se. Logo aí já se encontra a obediência canina, cega e fiel. Depois vai que manda a gente girar a nalga para um lado e a outra nalga para o outro, 'como um cãozinho contente', disse ele. E parecíamos mesmo, eu vi no espelho, o rabinho dum lado para o outro, obedientemente, qual cãozinho muito contente. Muito.
terça-feira, 26 de abril de 2016
Lugar (que também pode ser) da musa
Cadeiras transparentes a deixar passar os assuntos. E a mulher do blogue? Nem sinal, foi ocorrência e presença pontual.
E o homem? O homem do blogue também existe, só por dizer que nunca mais soube nada dele. Foi uma história compridíssima, um homem que revelou o bairro onde se movia, o posto da polícia, o andar de bicicleta, a grande chave de latão na entrada do prédio. Pumba e coiso, eu e as histórias em volta do tema, envolta no tema. Ah ah. Bicicleta bê de biragem, era como eu chamava à montada dele. Ah ah. É passado. Não chuto para o fundo da memória, que é lá isso, mas por ser passado já não construo nada com a bicicleta dele. Agora me lembro: eu dava quatro voltas ao quarteirão, duas para lá e duas para lá. Não me enganei, era mesmo assim, eram todas no mesmo sentido. O que é um quarteirão? Um quadrado, não é. É. Então pronto, era isso.
Banco hater
Em boa hora fiz o mapa-mundi da praça. Uso isto do mapa-mundi para ficar uma coisa em grande, está bem. Vai ter que estar. Na realidade o que fiz não passa dum croqui mal-amanhado e acabou a conversa. Mas em boa hora fiz o mapa-mundi, sim senhores, que quando apagaram as letras dos bancos fiquei desnorteada até mais não. Qual era o banco hater?! Oh céus! Bom, era eu estar de costas para o poeta, segunda fila, do lado direito. Era esse. É esse. Fui revisitar o mapa-mundi. É esse o banco hater, o meu instinto estava certo.
Em cima é o banco hater como era no princípio, mas não agora nem para sempre e assim seja até que a malta que manda nessas coisas queira e ache que ora pois. A foto é datada de dezanove de novembro de dois mil e quinze.
Em baixo é o mapa-mundi, datado de vinte e sete de novembro de dois mil e quinze. É vez segunda, que da primeira tinha colocado o banco nadois num lugar em desacordo com a realidade. As bolas indicam árvores.
A senhora do Banco
A senhora do Banco viu o meu casaco grosso e com um espanto desmesurado na voz e nos olhos perguntou-me se eu tinha frio. Respondi que não, com a voz e os olhos cheios sei lá de quê. Ah, é frio, é calor, é frio, é calor, isto só faz é mal, diz ela com a voz e os olhos cheios doutra coisa qualquer. Acrescentei que na rua não estava tanto calor como estava ali dentro e eu já estava cheia de vontade de tirar o casaco. Mas ela que é frio, é calor, é frio é calor, adverte que era isso que ela estava a dizer. Tive vontade de a mandar à merda, não sei com que olhos, não sei com que voz.
Calor
Hoje atravessei a avenida logo ao início da subida. Em dias assim é melhor que mude de lado logo que possa. Oh que calor. Queixa. Queixinhas. Olha eu a queixar-me: ai que calor!
Lisboa, praça de Londres; 26 de abril de 2016; 13:30; 24º
Tenho frio. Ganda maluca, pá.
Isto do frio indevido, sei há anos que é psicológico. A maluca também é psicológica.
Estou fartinha de espirrar. Tenho um blogue, posso cá deixar os pingos do nariz. Dantes é que não. Pois era.
Repete lá
Vamos mostar as meias à calçada?
Vamos mostrar o zoom ao mundo?
Vamos mostrar o zoom ao mundo?
Tive uma ideia estupenda. Vou buscar o texto de quando andava por aí descrevendo as meias que trazia em cada dia, até as esgotar. Deixo agora o texto que alude às que se vê na foto acima.
«E as meias, como são? Hoje são maioritariamente pretas, na planta do pé têm uns arabescos que querem dizer 'padrão animal', mas um bocado mal amanhado, vá, em rosa-choque e verde-elétrico e o remate do cano é em rosa-choque. De nada, ora essa.
Ainda cá venho, é que me esqueci de dizer que uso meias mas não durante todo o ano, cinjo-me à segunda metade do outono, a todo o inverno e à primeira metade da primavera. Quer isto dizer que é para aí durante meio ano ou coisa assim. Agora é que é: de nada, ora essa.»
Nota de rodapé:
Num outro dia deixo os outros textos e as fotos dos outros dias, está bem. Vai ter que estar.
Nota de rodapé:
Num outro dia deixo os outros textos e as fotos dos outros dias, está bem. Vai ter que estar.
Almoço
Perna de frango assada; batatas fritas; arroz branco. Salada mista, caso a pedisse, mas não. Costuma ser tão bom este frango, ricamente temperado e tostado no ponto certo, mas hoje a cozinheira tinha a mão muito salgada.
As horas que são
Meio-dia e quarenta e sete. Vou para almoço não tarda. Vou ver a árvore amarela e outras que tais. Tinha planeado levar a máquina fotográfica montes de espectacular para usar aquele programa que extrai as cores, usa-la-ia em verde e em amarelo, mas fica para outro dia. Com este sol quente decerto lhe despontaram mais folhinhas e lhe cresceram muitas mais das que já haviam despontado. Remate: é assim a vida. Remato: acabou a conversa.
Divisão
Nunca mais me pus para aqui a falar do quarto do rico filho. Aquele quarto ainda é o quarto do André.
Olha, vê lá tu que a cadela foi fazer chichi no teu quarto, disse-lhe o pai ontem.
Ao momento tenho as paredes pintadas, o chão afagado. Falta pintar a porta e os rodapés e envernizar o chão. Este último passo tem estado à espera do bom tempo, que o verniz não se dá nada bem com humidades e assim. O restante tem estado à espera não sei de quê, talvez de se fazer tudo ao mesmo tempo, vá. Não sei. Hoje já não me custa tanto o quarto vazio, houve tempo em que o eco evocava a ausência do rico filho, hoje não. Ontem pus-me a cantar lá dentro, aquilo é que era cantar, a rica filha fez um snap e tudo. Eu a cantar lálálá. Ah ah. Duram vinte e quatro horas nas ondas da internet, os snaps. Querendo guardá-los, ao que parece, só guarda e/ou copia o próprio, o que os envia. Isto é um bom sistema, por um lado liberta o pessoal, por outro retrai-o.
Mas o eco.
Pois que na verdade não me incomoda tanto assim, hoje em dia.
Dias dum Ginásio
O Ginásio que frequento disponibiliza cacifros. Logo, é-me dada uma chave à entrada. Isto bem vistas as coisas, e é mesmo de vista que vou escrever, é claro que as chaves andam de mão em mão e o que anda assim estraga-se rapidamente. Vai daí, algumas chaves já perderam a etiqueta toda gira em medalha de alumínio com o numerozinho gravado a preto. Vai daí, a malta de lá é desenrascada e toca de pôr um papelinho manuscrito com muita fita-cola a agarrar a chave e, obviamente, o papelinho. Mas eis que a tinta de caneta é sensível a isso de andar de mão-em-mão, mesmo quando debaixo de fita-cola. Fitinha protetora, oh céus, façam-lhe lá um santuário. Não façam nada, que é lá isso. E vai que a tinta esborrata o papelinho. E vai que eu tenho dificuldade em ler o numerozinho do cacifro que o destino me destinou. E vai que me sento no banco corrido do balneário para retirar, confortavelmente, os óculos de dentro da mala e assim ver, confortavelmente, o numerozinho do meu destino. Ah ah.
Planos de costura
Agora que, ao que parece, chegou o calor, muito embora não tenha vindo para ficar mas tudo bem na mesma, não é. É. Pois que tenho toda uma série de coisitas de costura para fazer. Só me lembro duma mas está bem. Ora essa, então, registo essa e siga a vida. É dos enchumaços daquele meu casaco avermelhado. Quando o fiz pus-lhe uns enchumaços de ninho porque a manga é o prolongamento do ombro, eu sou pequena, o casaco sobe-me ali assim ao nível dos ombros, que os enchumaços de que falo são de pregar na costura dos ombros, não na cava, mas o casaco a bem dizer não tem cavas e isso é outra conversa, e fico atarracada com aquilo a crescer-me e a enterrar-me o pescoço e eu a mirrar e a minha pequenez a evidenciar-se e outras coisas do tipo minúsculo.
De resto, não me lembro de mais nada das costuras a fazer. Mas que as há, há, assim mais ou menos como as bruxas, vá.
Planos doces para o fim-de-semana
Já?!
Sim.
Mas hoje ainda é terça-feira!
Pois é.
Eh pá, a ver se, finalmente, faço aquele doce em camadas que consiste em bolacha por baixo, doce de leite por cima da bolacha e por cima do doce de leite põe-se chocolate de leite derretido – que depois obviamnete solidifica - e amêndoas laminadas a que se dá um calorzinho no fogão por modo a soltar sabor. A ver se.
Ou então, a ver se faço aquele bolo de bolacha rápido, que mais não é do que um doce de colher mas como inclui todos os ingredientes do icónico bolo de bolacha, pois que se lhe chamou assim.
Ambas as ideias estão apontadas em papelinhos que imprimi há montes de tempo e andam – há também montes de tempo – na carteira das moedas do lado em que não (re)pousam moedas. Imprimi esses papelinhos diretamente do meu anterior blogue, portanto, se pensar que este mesmo blogue tem uns escassos quatro meses... veja-se.
A primeira receita é uma ideia minha, sei que tenho de usar uma base que usei aquando da feitura das barrinhas de limão, o resto não tem dificuldade nenhuma, a bem dizer está feito, não é. É.
A segunda receita surripiei-a dum livro que desfolhei lá no lugar da musa, 'Café Patita' de Patrícia Furtado. Hei-de fazê-la, olarila.
Viagem
Da viagem do fim-de-semana trouxe, não só fotos e sensações, como pacotes de açúcar. Este tema é bom que se farta para desenvolver.
Por alturas do Natal andei feita maluca descrevendo as Árvores de Natal que avistasse, tanto em Lisboa, como nos demais lugares por onde passasse. E o que é que isto tem a ver com pacotes de açúcar, não é. É. Tem porque um dos pacotes de açúcar alude ao Natal. Vejam só, lá tão longe aos dias de hoje e ainda há estabelecimentos que dispõem de pacotes de açúcar da época natalícia. No verso, este pacote tem três chávenas empilhadas, de boca com base, a asa de cada uma em direções diferentes, simulando assim uma Árvore de Natal daquelas em formato cónico e personalidade rebelde.
Gostaram? Querem mais?
Não.
Paciência.
A cadeia de hotéis Vila Galé e os cafés Nicola lançaram um tema assim a modos que publicitário, vá, onde se podem ler mensagens que têm a ver com férias e escapadinhas. Calharam-me dois dessa coleção. Um diz assim:
«Espero que se encontrem de saúde! Nós em Albernoa gozando a paz embaladora do Alentejo. Fazemos 'saúde' à amizade com os excelentes vinhos de Santa Vitória.»
O outro diz assim:
«Maria, esperamos por vocês na praia! Desculpem, na marina! Desculpem, no casino! Desculpem, no campo de golf! Desculpem...»
Um outro pacote da Nicola, doutra coleção onde se dá os bons-dias a estes e àqueles, diz assim:
«Bom dia a quem se passou dos carretos»
Eu já me passei dos carretos e tu. Tu não. Eu para encarrilhar é um problema e tu. Tu não. Eu a mim o carreto foge e tu. Tu não. Eu a minha correia despista-se mais que muitas vezes e tu. Tu não.
Sical, é dos cafés Sical agora, dois pacotes, a coleção é de provérbios populares. Tenho dois, um diz assim:
«Um bom nome é melhor que um bom perfume.»
É desenvolver, por favor. Obrigadinha.
O outro diz assim:
«Um segredo é pouco para um, suficiente para dois, demais para três.»
É desenvolver, por favor. Obrigadinha.
Mãe
Abasteci o meu pacotinho de lenços com guardanapos que surripiei da caixa da minha mãe. Ela não se importa. Não há mães perfeitas mas.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Capicua
Quando eu fizer trezentos e oitenta e três anos venho aqui para tirar mais fotos. Ah ah. Ó pá tóin xirú!
Ó pá tóin xirÚ!
Bem que andei por aí, Alentejo afora, clicando e clicando, obviamente eu não seria eu se não fizesse uso, uma vez mais, daquela parte da minha máquina fotográfica montes de espectacular aquando da extração de cores. É que o Alentejo tem cores que, a extrair, ficam fantásticas. E a Natureza também.
Agora sim, as cores da arquitetónica do Alentejo. Em Évora...
Em Albernoa...
São Torpes...
E parte do Museu da Ruralidade, em Entradas...
Agora sim, as cores da arquitetónica do Alentejo. Em Évora...
Em Albernoa...
São Torpes...
E parte do Museu da Ruralidade, em Entradas...
Primeiro
Boa tarde. São treze e doze. Eu disse que regressava na segunda-feira, não disse. Disse. O creme de pasteleiro ficou bom pra caraças, o merengue suíço talhou, os cogumelos ficaram um tudo-nada insossos, mas não há-de ser nada. E já venho mostrar montes de fotos de sábado e domingo últimos.
sexta-feira, 22 de abril de 2016
dabliú cê
os meus vídeos são todos uma merda
tenho imensas fotos que são uma merda
alguns dos meus textos são uma merda
perceberam a diferença?
tenho imensas fotos que são uma merda
alguns dos meus textos são uma merda
perceberam a diferença?
Imparável
Para não parar de escrever é abolir critérios e motivos. Ser grafómana é isso. Pois. Registo, não tudo, logicamente pela impossibilidade de o fazer, mas tento, e sem tentar não me sinto nada bem, e quando não posso escrever rebenta-se-me a cabeça.
Triângulos
Tenho três triângulos, asseguro que não é nenhum trava-línguas, em cima da secretária, esperando pixeis. Vai ficar giro, eu a cortar os triângulos da agenda, porque os dias tal e tal e tal já deram de si o que haviam de dar. Três tristes tigres.
Números&Letra
O duzentos e dezassete diz 'muito boa tarde' e eu nada. Não gosto de falar. Não quero falar. Não gosto nem quero, ando sempre entre estas duas, sei lá qual é. O não gosto é da coitadinha, o não quero é da decidida.
O vinte e nove tem defronte um lancil inclinado e junto dos outros, parece assim como que um baloiço daqueles que se eleva dum lado e o outro desce, só por dizer que... Não sei. Pronto, é que está colado na mesma, ok, mas desnivelado. É isso, faltava-me a palavra: desnivelado. Que alívio.
Agora a letra, pra dar razão ao título do post. É um P e uma seta. A seta aponta para a entrada do parque subterrêneo. Cá pra mim, em altura de obras, os lancis foram levados para um armazém, e como teriam de ser recolocados nos mesmos lugares, assim os mestres de obras saberiam de onde os haviam retirado e recolocá-los-iam no devido lugar. Estava-me a esquecer, é que o P está desenhado num lancil, este post devia mas era chamar-se 'lancis', não devia nada, foi feito com escopro e martelo, o P. É de artista. Eu não faria melhor.
Fita de estore
Há pacotes de quatro e de seis metros. Quatro para janela, seis para porta. Pergunto ao cliente se quer a fita para janela ou porta e não raras vezes noto um olhar que diz 'olha-me esta, então claro que é janela!' Mas vai que há porta com estore de correr, não é. É.
Ó Gina
Ó Gina, não me digas que nunca mais publicaste um vídeo porque estás com vergonha...?
Nada disso, olha aí um. Devia deixar umas coisinhas escritas a ver se encorajava o leitor que vem com a ideia de ler e vê que vai mas é ter que ver. Ah ah. Mas não, que é lá isso, é ver em querendo e pronto.
Canetas
Este é aquele tempo em que carrego duas canetas. Acontece assim aquando do final duma, é que não posso, nem pensar, que é lá isso, arriscar-me a ver esgotada a tinta e não ter com o que escrever. Oh céus, até me falta o ar, se imagino. Nem é preciso imaginar, eu já sofri isso, ver aqui.
Portanto agora ando com duas canetas dentro da mala. A menos vazia, suponho eu que está menos vazia, foi uma que apanhei do chão, alguém a perdera. É por isso que suponho que esteja menos vazia, se a achei no chão, sei lá eu se está no fim, não é. É.
Lugar (que também pode ser) da musa
Venho ainda falar da mulher do blogue, aquela que encontrei ontem no lugar (que também pode ser) da musa, por merecer post. Ela olhou-me com curiosidade, mas julgo que tenha sido por eu a observar descaradamente, fui na enga das criancinhas, é consabido que a miudagem atrai o olhar, por isso o meu destemor. Mas não. Ou nem só isso, vá, é que eu queria certificar-me de que era efetivamente a mulher do blogue. Queria ver se sacava do papel e da caneta (como eu saco) e se punha a rabiscar acerca de mim (como eu rabisquei acerca dela). Mas não. Nem rabiscos da parte dela, nem certezas de ser quem eu queria (tanto) que fosse.
Banco hater
Chegando ao estaminé tenho de abastecer o bloquinho rudimentar de papelinhos pra escrever
Um blogue é tão melhor se impreparado
Registo a chuva que cai em pingos grossos, é melhor
Os pingos de chuva caem por sobre as lentes dos óculos escuros, estou habituada à agua nos óculos, choro enquanto caminho, todos os dias
Banco de jardim
Eu estava sentada no segundo banco que encontra quem desce a rua mais bonita de Lisboa e eis que passou o almeida de vassoura na mão e olhar preenchido por coisas que não decifrei.
E era ele assim:
Ó jovem, quem fez o descanso está no céu.
E era eu assim:
E olhe que está na hora de me ir cansar!
E era ele assim:
É empregada de limpeza?
E era eu assim:
Não, tenho é que ir trabalhar agora!
Pronto, ok, vá, eu sei que tenho mais ar de mulher da limpeza do que senhora doutora do consultório particular, mas porra, então o trabalho não é todo ele uma canseira?!
Note bem:
Banco de jardim e banco hater não é a mesma coisa. Ai não é, não. Este post acontece por conta dos próximos dois.
Bloquinho infantil
Um bloquinho infantil estava por entre arbustos ao pé das meninas-estátua. Arranquei-o de lá, certa de que haveria com que me entreter. Há no entanto pouco entretém, não mais que isto:
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