A beleza pertence ao mulherio, é como que um dado adquirido, isso de se ser, no mínimo, gira de cara e jeitosinha de corpo. Portanto, sempre que uma mulher é desengraçada (não me atrevo a usar outro adjetivo, na-na-ni-na-não), falta-lhe algo, está como que manca perante a sociedade.
Certa vez afirmei isto:
«Dentre outras coisas, a mulher serve para embelezar o mundo. Pois.»
Sou dona duma beleza vulgar, note bem: vulgar, nada de espectacular há no meu rosto, sou gira e pronto, então é quanto baste, vai que aos olhos da sociedade não manco e portanto sou aceite. Sou capaz de reconhecer na beleza feminina um trunfo. Olarila. Ok, vá, muitas mulheres não se identificarão com esta ideia, outras temê-la-ão, mas eu não temo, sei que a minha beleza é um trunfo ao dispor, sem que, contudo, algum dia o tenha usado deliberadamente, note bem: deliberadamente. Então e as pobres das desengraçadas, não lhes foi concedido um trunfo? Foi, claro que foi, mas têm mais trabalho e levam mais tempo a conseguir as coisas. Eh pá, pronto, a beleza é assim como que um catalisador, vá.
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