Tenho uma atração especial por números. Também. Pois. Sou poli.numérica.qualquer.coisa, pois sou. Gosto muito, mesmo muito, e por exemplo, de observar os pinos que ditam distâncias percorridas e por percorrer em estradas deste país. Há pinos de cem em cem metros e a cada quilómetro há um pino maior, geralmente arredondado, onde se lê, não só o quilómetro em que se está, como o número da estrada, e quantas vezes vem descrito também o destino. Não, não é nesses pinos que vem descrito o destino, é nos quilómetros da dezena, eh pá, se calhar também é, olha: não sei, está bem. Vai ter que estar. Bom, esses pinos mais altos e mais largos que os dos quilómetros, são lisos em cima. Sério. Ó pá tóin xirú, não é. É. Dá pra eu pular lá pra cima e ficar lá. Em cima. Pois. A dançar e assim.
Um dia revelei a alguém um dos meus sonhos: percorrer a estrada número oito e parar em cada quilómetro para tirar uma fotografia. A estrada número oito é especial para mim, é a estrada que passa no Pinheiro de Loures, o lugar onde cresci, eu era ainda uma criancinha e já sonhava um dia chegar a Caldas da Rainha, tudo isto por conta duma placa que existe, ou existia, em Loures. E estou-me a repetir neste parágrafo, sei que já escrevi isto no blogue.
Mas a revelação do meu sonho a alguém. Ora então, não esperais espanto e deslumbramento, não? Pois, não espereis, que não houve senão troça.
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