Estou no lugar (que também pode ser) da musa e vou registar algumas impressões do intervalo grande.
À saída do restaurante o Zé lembrou «olhe, não se esqueça do chapéu!» Ironia, claro, com a chuva de hoje dificilmente alguém se esquece do chapéu.
Numa das esquinas da avenida decidi subir a alameda por concluir que o piso avermelhado é liso o suficiente para não ter poças. Na avenida seguinte, bem como na praça, eis poças de água com fartura.
À ida para lá terei de depositar as pilhas gastas no contentor que tem pilhas gastas porque esse contentor se destina a conter pilhas gastas. É que me esqueci de as depositar à vinda para cá. E assim ando carregada debalde. (Nota posterior: depositei, sim senhores.)
Hoje é terça-feira e, tal como ontem, não trouxe o livro de casa, vai daí não leio hoje também. Ontem não fiz registo da minha não-leitura porque estou cansada do tema e com vontade de desisitr de ler. Mas eu gosto de ler. Mais: gosto da história que está a ser contada no livro. Eu preciso de ler. Sério. Preciso mesmo de ler, quando não estou sozinha nas letras. Creio que devia estar também farta desta confissão. Amanhã, pumba e coiso.
Entretanto, vejam só, encontrei a caneta verde. Pois. Viva, iei!, encontrei! Estava dentro da mala, num bolso daqueles que não lembra a ninguém. Quer isto dizer que andou estes dias todos comigo. Não é propriamente uma carga debalde, que soubera eu do paradeiro da caneta num bolso estúpido que a mala tem, pois que lhe teria dado uso. Quero dizer: é. Foi.
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