A caneta verde é a que anda comigo todos os dias, a que assiste às cenas do lugar (que também pode ser) da musa, a que escreve no caderno azul, a que escreve nas folhinhazinhas que compõem o bloquinho rudimentar. Escolhi a verde basicamente porque sim, afinal não tem de existir um motivo, a menos que precise de um, o que não ocorre por ora. Num dia em que precisei de apontar uma coisinhazinha aqui no estaminé, quando retirei a tampa da caneta verde eis que se me escorregou das mãos e aterrou no chão, porque do chão não passa, ok, vá, só por dizer que ainda assim não encontrei a porra da tampa por muito que a tenha procurado. Estar no chão, estava, tudo bem, mas onde?, sei lá! Entretanto, por modo a que a caneta verde viajasse comigo de bico tapado, não fosse vazar, roubei a tampa da caneta preta e safei-me assim. Isso fez com que as restantes canetas para ali ficassem, como sempre e no lugar de sempre, a azul e a vermelha tapadinhas, sim senhores, mas a preta... pois que não. Há já uns dias que venho notando a caneta verde com menos tinta, o que me leva a rejubilar 'ena, escrevo pra caraças, sou mesmomesmomesmo grafómana', e hoje fui dar com a caneta preta, a qual ainda só rabiscou coisa pouca, tal como a azul ou a vermelha, mas com o indicador de tinta abaixo do das outras duas, embora, como já referi, mal tenha rabiscado com ela. O que acontece é que a tinta escorre, se a caneta não estiver tapada. É. Ai tantas letras desperdiçadas... Mas há mais: hoje procurei novamente a tampa verde por todo o chão... e pumba e coiso, já tapei a caneta preta. É só mais uma coisinhazinha, por favor fiquem, obrigadinha, é o gráfico das canetas em foto, ó:
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