quinta-feira, 31 de maio de 2018
Ó Gina, vai mas é arrumar a cozinha!
A rica filha disse que sou a única pessoa que ela conhece que fala mais sozinha do que com os outros.
E não foi conclusão errada, embora a imagem acima a desminta.
Então até para o mês que vem, se é que me estão a ouvir.
quarta-feira, 30 de maio de 2018
A mulher dos passos Mulher de passos
Móves de Gina diz que Gina deu 15530 passos ao dia de hoje. Acredite-se.
Andei a ver vestidos e não experimentei nenhum
Era um vestido verde, de remates ao rolinho preto, corpo direito e curto, mangas compridas com punho e laçarote para dar piada, preço bastante acessível
Era um vestido verde de renda, forrado, compridinho, cintado, as mangas já não lembro, a piada era as transparências aqui e ali, caro
Era um vestido amarelo de renda, direito e direito e direito, a piada era ser em renda e amarelo, preço acessível
Era um vestido azul, as mangas eram dois folhos largos, o corpo era direito e curto, decote em bico, baratinho baratinho baratinho, não o experimentei, dá-me vergonha dizer às pessoas que não me fica bem, não quero
Era um vestido cheio de cores, conjugava o preto com cores garridas, padrão original, elegante, corte justo, textura de malha fininha, caríssimo muito muito caro
Lisboa, 30 de maio de 2018
Daqui vê-se o Neptuno e a avenida que sobe até ao Arco do Cego. Já a avenida que desagua desemboca no Saldanha está ver-se-ia se não estivesse tapada pelo pilar. A outra, a avenida dos cinquenta e dois jacarandás, vê-se a esquina e mais nada. Os jacarandás, vi eu há pouco, que subi a dita avenida, estão floridos. O chão idem. Jacarandás. Lilás. Chão. Chás. Ah ahs.
Escreve, escreve
Colei o lembrete no caderno
Expus – uma vez mais e no caderno – todas - mas todas – estas coisinhazinhas
Estou contente
Há mais um capítulo da minha vida
Vivido
Expus – uma vez mais e no caderno – todas - mas todas – estas coisinhazinhas
Estou contente
Há mais um capítulo da minha vida
Vivido
piada na ironia
resingar desabafando
o ideal é estar no meio da linha que separa a sensatez da paranóia
O post anterior
O post anterior lembrou-me de uma gelatina que às vezes faço e cuja receita ainda não consta no lbogue... ai perdão, blogue, tampouco no meu dossiê especial. Tanto pode ser de morangos como de laranja. Não experimentei ainda com ananás ou manga, mas não duvido que fique bem. 'Bora lá.
½ litro+1 decilitro de água
50+50 gramas de açúcar
300 gramas de morangos
4 gramas de agar-agar, são 2 carteirinhas
Levo o ½ litro de água ao lume com 50 gramas de açúcar e deixo ferver.
No 1 decilitro de água dissolvo o agar-agar.
Que junto à calda e deixo ferver 2 minutos.
Entretanto arranjo os 300 gramas de morangos, corto-os aos pedacinhos, junto os 50 gramas de açúcar e ponho ao lume para fazer uma compota.
Retiro a compota do lume quando esta fizer estrada no fundo do tacho.
Junto as duas partes, misturo bem e coo.
Meço a quantidade de preparado que atingi, não tendo chegado a 1 litro, adiciono água fria até que.
Despejo a mistura em tacinhas e levo ao frigorífico até solidificar.
Como e deleito-me em duas frentes. Frente primeira: é doce e engana-me a gulodice. Frente segunda: atira-se tipo assim para o saudável.
Ressalvas:
É possível que a mistura não fique doce o suficiente, afinal os morangos são uns mais doces que outros. Se assim acontecer, é juntar açúcar a gosto.
Para fazer a gelatina de laranja usar o sumo de 4 laranjas e usar o mesmo método, tanto de adoçar a gosto como de alcançar o tal 1 litro de preparado ao depois de coado.
Não querendo coar, não se coe, mas, coando, pode guardar-se o que fica no coador e usar-se como cobertura de bolos, gelados, waffles, crepes.
Pode substituir-se os 4 gramas de agar-agar por 4 folhas de gelatina que são 8 gramas. Nesse caso é hidratar a gelatina em água fria por 10 minutos e juntar à calda quando retirada do lume, este tipo de gelatina não quer nada com fervuras, aliás: perde todo o efeito se ferver.
Querendo ir atrás das minhas ideias, ainda não experimentadas, de fazer gelatina de ananás ou manga, ou mesmo maçã, é testar e ir testando. Eu, fazendo, venho cá dizer coisas, garanto.
Pesquisa
Ando a pesquisar e a guardar insistentemente as receitas de bolos e doces de colher que considero deveras interessantes e exequíveis aquando da! festa. É uma pesquisa prazerosa mas que me acrescenta trabalho. Talvez eu devesse agarrar no meu dossiê especial e escolher o melhor, tendo em conta a prática que tenho de fazer este ou aquele bolo ou doce de colher. Todavia, quando tiver uma folgazinha em casa, vou ter que fazer as escolhas, descartando umas receitas e aprovando outras até chegar a um resultado coerente, tanto com a minha pessoa como com a! minha festa. A pesquisa, faço-a sobretudo no Pinterest, tem uma fórmula fácil, sugerindo ideias parecidas com as que estão onde estou pousada, então, neste caso, é fácil. Claro que, às tantas, parece um ciclo vicioso, umas ideias levam a outras que levam a outras e essas a outras mas estas podem sugerir as primeiras, já visionei vezes sem conta whoopie pies de banana bread, peanut butter, lemon curd, caramel aple, wild blueberry. Um rol enorme, portanto: um rolíssimo. Mas isto tudo pode ser debalde, sei lá se farei whoopie pies, bombons de caramelo e chocolate, barras de s'mores, bolachas coloridas. Ainda me dedico mas é ao bolo de cenoura com cobertura de chocolate, pudim de ovos, gelatina de morango... Enfim, ao que faço desafogada de medos, vá, ai ó pá e se isto não me sai bem?
Móvel
Umas das coisas que tenho que limpar tão profunda quanto brevemente é o móvel dos álcooles e das coisas sobrantes. Ai, sobrantes não, viajantes e recordantes. É uma arca com tesouros sem qualquer outro valor que não o sentimental. É uma arca, só por dizer que é um móvel com portas de vidros, ah ah, ah ah, composto por coisas como pequenas ofertas dos ricos filhos de quando frequentadores da Escola Primária, copos especiais, brindes de noivos... Estou a falar de cor, não me lembro de mais nada importante. Ah, tenho lá também os pratinhos e as colherinhas de quando os ricos filhos eram bebés. De resto... Ah, uma moldura com pequenas fotografias, são quatro fileiras evolutivas da vida de cada um de nós. Bom, comecei este post a pensar no que tenho que limpar e fui parar ao tempo que passa.
#bomdia
Comprei então dois bloquinhos nada rudimentares, antes como deve ser, portanto: encadernados, nada de folhas recortadas de aproveitamentos. Como se vê na foto, um deles manda-me comer o mundo todo e o outro não me manda viajar mas mostra-me um avião que, mesmo de brincar, dá para imaginar. De resto, só falta a nota montes de importante: a foto é a mesmíssima de ontem mas com outro filtro (do móves), um assim mais ao jeito do dia, amarelado de sol e tal.
terça-feira, 29 de maio de 2018
Gelados
Ai credo, vais falar de gelados outra vez, mulher?, mas não sabes escrever o que importa?
não, desengana-te
Comprei um conjuntinho de divisórias que vai dar para gelar seis gelados. Seis! Seis gelados! Não me rendi à vontade, por ser domável, de comprar logo ½ meia-dúzia de conjuntinhos por conta de não conhecer ainda como vai ser a minha relação com gelados de pauzinho. Que vai ser de plástico e reutilizável. Às vezes é mesmo bom eu conter os ânimos e afogar os ímpetos, dá-me a sensação de poderio.
Dias de um Ginásio
Ontem fui fazer cycling, de maneiras que saí de lá roída naquela partezinha do corpo que assenta no assento. O assento é fino e rijo e a partezinha não tem tanta chicha como parece, afinal quando esta que escreve se senta a chicha afasta-se do osso, de maneiras que. Falta de hábito, bem sei. Assim como é falta de hábito pensar que o téni se vai encontrar com a proteção da corrente e me fazer resvalar da bicicleta. Pois foi o que aconteceu, não é que tenha caído no meio do chão, não, mas fiquei apoiada na bicla de uma maneira nada correta e dolorosa. Tenho três nódoas negras para contar melhor esta história. E agora querendes saber se alguém me socorreu?
Pois.Não.Senhores.
Mas tudo bem, até porque tenho idade e força para me safar e levantar-me sozinha, mas senti falta de um certo apego que vejo noutras aulas, noutros/as professores/as, é que nem um olhar de interesse vi, e neste caso estou a falar exclusivamente do professor. Saí aos trinta e cinco minutos de aula. Nada teve que ver com o que contei, mas com o facto de me apetecer muito fazer a aula do costume, que é stretching. E assim fiz - fui. Claro que ter visto alguns colegas de bicla abandonar a aula pesou na minha decisão. E foi o melhor, se há modalidade de que gosto é stretching, enquanto que de cycling, ó pá, pronto, gosto tipo assim mais ou menos. O bom daquilo é a queima de calorias num curto espaço de tempo e o desinchar de pernas que acontece e perdura, o que me apraz e não é pouco. Bom, não sei se é para continuar com isto, até porque a aula começa cedo o suficiente para me tornar ansiosa com o pouco tempo que tenho para chegar a horas, o que aliado ao facto de não morrer de amores por biclas imóveis, pronto, ó pá, coiso.
As fotos que faltavam
Então, ora essa, lá vão elas, as fotos que ontem estavam, ainda e afinal, no móves. Vai daí, como encontrá-las no meu computador, né? Eu já cheia de sono e o camandro. Ora. Ei-las:
Bom dia!
café, #, café,
#
café
#café
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Lá no café onde bebi o meu pote cheio dele, vendem mercearias várias e bolos, tudo sem glúten e dentro do espírito saudável. Ontem trouxe uma fatia de tarte que, por não conter farinha ou açúcar, era feita de alperces, tâmaras e frutos secos. Hum, bem boa. Há tempo experimentei uma receita dentro desse género mas saiu-me mal e já não repeti. Sou doceira ou coisa assim. Mas pronto, aquela era mesmo boa. Entretanto, havia perguntado à senhora se o bolo de beterraba levava algum corante, uma vez que era de um vermelho-tão!-vivo e ela quase se ofendeu.
Não!, os nossos bolos são o mais naturais possível!
Pronto, 'miga, ora essa, está tudo bem entre a gente e por mim assim continuará.
Hoje trouxe uma fatia de bolo de chocolate. Tinha coco. A cobertura era muito doce e achei isso estranho. Mas era bom, não tanto quanto a tarte, mas era.
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Lisboa, 28 de maio de 2018
Bom dia! Ah pois é bom dia, é!
image by Pinterest |
graminhas:
cento e oitenta gramas de alhos
setecentos e trinta e cinco gramas de maçãs
oitocentos e noventa e cinco gramas de bananas
Pergunta nepalês de frutaria a Gina: 'tás com sono ou quê?, indo depois começar espreguiçadela.
Reponde Gina: eu não, tu é que tens, 'tás-te a espreguiçar!
E não é que esta noite me pus a sonhar com o velho estaminé?!
Ó pá ganda cena, 'migos, mas ca ganda cena. Como sabem, e se não sabem, não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, era-me insuportável permanecer naquele lugar, mas, com o tudo e por tanto, foi lá que vivi momentos deveras agradáveis, desequilíbrio este que me fez grafómana.
Bom, adiante.
No sonho o estaminé era imenso e tinha um montão de janelas, uma em cada parede, baixas mas largas, com duas partes e fecho no meio delas, entrava por ali uma luz do caraças, coisa que não é real, o estaminé continua com duas janelas sem fechos, que são as montras, e tão pequerrucho como era. No sonho, quando entrei desatei a chorar, tipo: ó pá, eu quanto estava aqui não havia luz nem ar e agora é isto!, punham-me tudo à frente, ai que aflição que era, e agora vê-se tão bem!
Bom, mais um adiante.
Andam a escaqueirar aquela merda toda, tiraram móveis (lamento, eram bem bonitos, só por dizer que não se notava nada) e prateleiras, tiraram chão e picaram paredes. Não duvido que quem para lá vai, no fim, obtenha um espaço funcional e agradável à vista. Destruiram a alma do velho estaminé e, se por um lado lamento, porque me deu coisas boas, por outro, dá-me prazer saber, e principalmente ver, que não resta nada. Sério. É que não sinto qualquer pudor ou revolta.
Bom, e vão três adiantes, que a vida continua e esta que tenho agora é melhor em muitos aspetos.
A grande novidade deste fim-de-semana consta de a rica nora ter abolido o açúcar do cafézinho que lhe é servido. Ó pá, que bom, agora somos todos iguais, oh vida boa! Em tempos comprei chaveninha+colherinha - umas quantas - de louça e fiz questão de ser ela a estrear um dos conjuntos. Aconteceu, até e também, a dona Adelina oferecer-me umas quantas colherinhas de louça e eu pensar logo na jovem senhora. Sendo assim, doravante menos necessárias serão.
Sentei-me no banco hater, vinda do sítio da massachicha. Nem sei bem o que fui lá fazer, para quê sentar-me?, estou cansada ou o quê? Que me sentei para escrever estas coisinhazinhas, lá isso sentei.
Um dos professores de Pilates que por ora me ensina como me comportar quando deitada num colchão, é assim como que curto de expressão. Não sendo antipático, não se mostra em contrário. É estanque, é como eu a escrever, ninguém entra. Dei comigo a compará-lo ao Salvador Sobral – gosto de o ouvir cantar mas não gosto dele, ouço dizer por aí que é a personificação do anti-vedeta, que quer é cantar e o resto que se lixe, pois eu acho que ele é mesmo vedeta, quer é cantar e quer pessoas para o admirar. É estanque. Já do meu tal professor, conto o mesmo, gosto das aulas dele mas não gosto dele. Somos estanques.
A propósito de coisinhazinhas do feitio da gente, ontem vi um filme (Adam) onde o personagem principal sofria de Asperger, sendo por isso muito solitário e incapaz de pensar como se sentem as outras pessoas, a menos que lho fizessem saber vocalmente. Não sei explicar isto lá muito bem, pronto, o doente vive num mundinho privado onde não entra ninguém, não por ele não querer mas por impossibilidade de se relacionar com o mundo de cada um. É uma doença. De maneiras que, o filme, deu para eu perceber que, mesmo Adam estando doente, e supostamente só um lado da sua mente se desenvolvia capazmente – aliás, deveras capazmente, o homem era um génio ao nível da astronomia -, havia um lado emocional, mas com o qual ele não sabia lidar, não discorrendo portanto tudo quanto viesse de suposições ou gestos. Esta situação, se vista num repente, dá a ideia de não se estar perante um ser humano doente, afinal todos temos desequilibrios e questões tolas e mais não sei o quê. Eu, sinceramente, creio-me ainda doente, não tanto, mas estou. Ao presente a minha grande questão é livrar-me da culpa de estar doente, e o resto chegará. Não é que por ora eu seja mais eu do que era dantes, mas não deixo a culpa instalar-se-me toda na cabeça.
Detendo-me novamente no tema 'Gelados', deixo coisinhazinhas advindas da sua fazedura com uma máquina, dentre as quais há algumas que considero bem vindas:
1. Faço as duas bases (sem ovos e com eles) na mesma ocasião, no mesmo tacho, uma atrás da outra, pela ordem que está descrita no parentesis
2. Gelifico, com o poder da minha mente... ai perdão, máquina as duas bases na mesma ocasião, obviamente no mesmo recipiente, pela ordem já referida
3. A ordem que consta nos itens anteriores acontece por conta de eu indesejar misturar restos de base com ovos com a base que os não contenha, já o contrário: que me importa?, nada, nada, nada, mesmo nada
4. É possível fazer as bases dois ou três dias antes de as gelificar, o que é ótimo; é possível o gelado ficar no congelador dois ou três meses, muito embora tal coisa não seja verificada no meu ditoso lar...
5. Sinto um enorme entusiasmo em experimentar conjugações de sabores, particularmente magicar que quantidades retirar disto ou daquilo para acrescentar aqui ou acolá
Vou ter que ficar, vou querer ficar, vou ser perita em whoopie pies
Whoopies disto e daquilo
maçã
morango
gengibre
limão
baunilha
laranja
lima
Não é assim tão difícil, é descobrir uma base e pumba. Já ando em estudo. No outro dia tinha decidido fazer os ditos como aquando da vez primeira, só que não tinha cacau – afinal até tinha, descobri-o depois, mas pronto – vai daí pus o equivalente em farinha e acrescentei um pouquinho de canela só para não ficarem muito deslavados, o que escureceu a massa pra caraças, mas não fez mal nenhum. Saíram bem. Já com o recheio fui tremendamente infeliz, oh céus, a vida toda desfeitinha e o camandro. É que comprei um queijo creme de marca branca, e se por vezes a marca ser branca ou de outra cor não interfere nos meus resultados culinários, outras há que interfere e não é pouco. De maneiras que o recheio fluía demasiado, escorrendo do meio dos bolinhos. Não há problema nenhum com isso, 'tá 'migos?, a gente comeu na mesma, mas, para transportar, que os fiz com a ideia de oferecê-los ao mundo exterior, pois que já não deu, ficaram no interior da minha casa e acabou a conversa.
Achei dez cêntimos no chão do Ginásio. Sou a mulher mais feliz do mundo.
Achei dez cêntimos no chão do Ginásio. Sou a mulher mais feliz do mundo.
Boa noite, ah boa noite. Deixo foto velhinha, velhinha. Tem para aí quatro ou cinco dias. É do estaminé, lembrei-me de fotografar outra vez a espiga que consegui antes do dia proposto para a gente festejar... A Espiga. Não sei se da outra vez cheguei a dizer-vos que estas ervas vieram de Loures. Seja lá como for, está agora dito. Ah, como é noite, tenho a foto também com um filtro montes de giro que o meu móves tem e me oferece sem pestanejar ou lamentar.
.................................................?
Não encontrei. É então esta questiúncula, coisinhazinha para apresentar amanhã. Seja lá como for sempre deixo rascunhos de um dia para o outro, de dois ou três dias, de montes de dias. Enfim. Até amanhã.
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Ricos Filhos...,
Sonhar é fácil...
domingo, 27 de maio de 2018
A gente filtrada
sábado, 26 de maio de 2018
Vida sem
Invento problemas pelo prazer de os ter, porque o que é preciso é não pedir para ser.
Coisas.
Vida sem
Não lamentar por não ter lavado os vidros
os chãos
a roupa
a louça
Ou não ter limpo a cozinha d'alto a baixo
os candeeiros
os móveis
o fogão
o microondas
a despensa
as casas-de-banho
No Youtube e TV, dar primazia a programas de viagens e documentários
Máquina de costura esperando...
o vestido amarelo
a saia plissada
a blusinha de alças
Sem culpa
os chãos
a roupa
a louça
Ou não ter limpo a cozinha d'alto a baixo
os candeeiros
os móveis
o fogão
o microondas
a despensa
as casas-de-banho
No Youtube e TV, dar primazia a programas de viagens e documentários
Máquina de costura esperando...
o vestido amarelo
a saia plissada
a blusinha de alças
Sem culpa
Prazer
Clamor merecedor de registo por ter despoletado o riso incontrolável na rica filha
Fala Olívia, a minha cadela, com minhas palavras
eu sou um cão
que clama!
com seus olhos
clama!
por festinhas
sexta-feira, 25 de maio de 2018
quinta-feira, 24 de maio de 2018
Igual
Interagi com alguém que interage sempre da mesma maneira comigo. Fiquei a pensar se eu serei sempre igual também.
Atualizações
De manhã, ao ligar o computador, vim dar com ele em atualização. Durou e durou e durou, tanto que nem deu para fazer vida de blogger nem nada. Mas agora estou aqui. Não sei como é com a outra gente, mas eu cá, a ligar o computador, vai por partes: botão torre, botão monitor, espera e enquanto espero vou fazendo coisas. Login outlook, espera e enquanto espero vou fazer coisas. Login blogger, espera, mas pouco, sento-me.
Tenho que comprar um balde com espremedor + esfregona. É secundário, por isso continua a figurar na lista de faltas domésticas. Digo que é secundário porque me safo a lavar o chão à mão. Fica até melhor.
Comprinhas
No outro dia fui ao supermercado com uma lista de supermercado no caderno, sendo que levo este comigo para todo o lado, e outra na cabeça. Trouxe somente as comprinhas da cabeça, isto porque a lista continha coisinhas terciárias ou mais. Aconteceu então que ganhei coragem e rasurei tudo quanto era terciário e afora, ficando somente o secundário.
Hoje fui ao supermercado e trouxe tudo quanto era primário, desde uns copos foférrimos que ando a colecionar - considero ser primário colecionar copos, mormente os foférrimos - como manteiga de amendoim e açúcar em pó. Ah, trouxe também amaciador para pôr na roupinha, só por dizer que despejei logo um bocadinho na mala do carro. Cheira tão bem...
quarta-feira, 23 de maio de 2018
Indo até ao dia e ao post anterior...
Dizia eu que ontem me fiz lembrar alguém acerca de quem escrevi em tempos, não foi? Pesquisei , com tanto sono como ontem à noite mas menos preguiça, e encontrei. Aos 13 de maio de 2010, publiquei no então atual blogue:
«Diz que este ano já faz 50, olaré! Que está muito bem, que há muita gente com metade da idade e um terço do ginete, ou nenhum, pobrezitos!, disto já não há, que faz e acontece porque ainda tem muito vigor, que vai para aqui e para ali e está sempre pronta e faz tudo bem-disposta e afins. Qualquer pontinha de conversa e lá está ela, ah pois que este ano já faço 50! Porra! Raios partam a mulher, pá!»
terça-feira, 22 de maio de 2018
Lisboa, 22 de maio de 2018
O sol tem um mês – mais ou menos, vá – para se prolongar dia afora. Ou noite adentro, isto considerando qua as vinte e uma horas de um dia, é noite.
Dentro de cinquenta dias completarei cinquenta anos. Esta questiúncula está a fazer-me lembrar de um post que eu escrevi em tempos... E que não consegui encontrar.
Gelados
Há já vários meses que preparo gelados com uma máquina apropriada para esses casos, coisa que já devo ter anunciado no blogue, presumo, pois que escrevo montes e montes de coisinhazinhas, portanto jamais suspeitarei de que ainda não fiz tal anúncio. Bom, os gelados. A receita que sigo vem no livro da Rita Nascimento, A Vida Secreta dos Gelados Caseiros, ponto que também já explanei no blogue, com a qual me dou excecionalmente bem. Os gelados são feitos a partir de uma base, podendo depois a gente acrescentar o que quiser. Há duas bases, uma com ovos e outra sem, e não vos direi de qual gosto mais, que não sei decidir-me nesse sentido, mas sei que é fixe haver uma base de gelado sem ovos por conta de a que os leva me fazer sobrar três claras, com as quais, na maioria das vezes, não sei o que fazer. Se bem que posso fazer...
omoletes de claras
macarrons
pavlova
farófias
glacé
pincelar pães e tartes
mas é que pronto, coisum...
as omoletes são sensaboronas
os macarrons dificilmente me sai bem
a pavlova idem
as farófias → não gosto delas nem um bocadinho
o glacé sai-me viscoso e isso faz-me impressãozinha, vai daí, faço com água ou sumo de limão
os pães e tartes não ficam dourados se somente forem pincelados com claras
Ora então venho agora dizer que no outro dia experimentei fazer um
gelado de morangos
Fiz a base sem ovos um doce de morangos
Arrefeci completamente ambos
Coloquei a base na máquina com o braço já a girar, que é como é aconselhado fazer
Juntei o doce sem mimimis, não queria que se misturassem completamente
Levei ao congelador
A grande diferença entre as bases de que tenho vindo a falar neste post é que o 'fator ovo' engrossa a mistura. Ora, a base não os levando, já se sabe que fica uma coisa assim mais para o líquido. Quando misturei o doce na base de gelado e ambos enrijaram no congelador, devido à inevitável presença de água no doce, consegui um gelado muito duro, tipo bloco, e, querendo eu que o gelado ficasse cremoso, e queria, tive de o deixar uma boa meia-hora fora do congelador. Lá se comeu, estava bem bom.
Fiquei como que coisum com a base sem ovos, oh... afinal e tal e mais isto e mais aquilo. Recentemente fiz outra vez essa base e não lhe acrescentei nada de nada. Está (falo no presente porque ainda há um restinho no congelador) um gelado tão cremoso, tão gostoso, ah... E agora fico sem saber se a base que misturei com o doce estaria com a mesma consistência ou foi o doce que a 'estragou'.
Ora muito bom dia!
segunda-feira, 21 de maio de 2018
Um filme
Vi um filme de andanças pelas danças de salão e competições. Era um filme lamechas, um filme de gaja. Geralmente são histórias leves e despercebidas, este em particular pareceu-me até ser um daqueles filmes de classe B, com atores pouco conhecidos e tal.
O dançarino era surdo e desligava o aparelho para dançar. A dançarina amava-o mas eles não se completavam senão dançando. Separaram-se mas foram-se vendo, que o meio era-lhes comum.
A professora primária assistiu a uma palestra do dançarino e ficou tão encantada que no fim chegaram à conversa e ela propôs-lhe que lhe ensinasse, a si e ao seu noivo, a dançar a valsa para não fazerem má figura aquando da boda. Porém, o noivo, que era um ocupadíssimo homem de negócios, não se determinava a ir mesmo às aulas, de maneiras que ia ela. Aprendeu aquilo tudo num ápice, vendo-se, a dada altura, a braços e a pernas com a possibilidade de participar numa competição importante, fazendo par com o seu professor. A meio dos ensaios apaixonaram-se mas levaram ainda algum tempo a admitir e a mostrar os verdadeiros sentimentos. Uma coisa muito bonita que aconteceu entre os dois foi o facto de ele, que desligava o aparelho de cada vez que dançava - apoiava-se na vibração do solo para se aperceber do ritmo – o que fazia com que no fundo dançasse sozinho, fechado no seu mundo, não havendo assim interação entre o par, muito embora parecesse que sim. A professora primária chamou-o à atenção sobre esse facto e ele, no dia da competição, dançou com o aparelho ligado.
Neste ponto o filme bateu-me à porta, eu que me isolo, me dobro sobre a barriga para não verem tudo, me tranco num mundo, o meu. Às vezes acho que o blogue – os textos, as fotos, os vídeos – são a farsa que uso para acreditar que existo mesmo. Mesmo.
A mulher dos passos
Saí do estaminé para ir beber um café. Chegada lá, li no móves que tinha 789 passos dados e considerei ser exagero da parte dele. É certo que já me lembrei que o móves conta os passos que a mota dá. Sério. A trepidação é tal que acumula informação. Não tenho essa certeza, mas. Vai daí, pensei: olha, vou mas é contar os passos daqui até ao estaminé e faço as contas. Cheguei então aqui com 1204, o que significa que passeei 415 passos. Ora subtraindo 415 aos 789, a mota conseguiu 374 trepidaçõzinhas que o móves contou como passos dados por mim. É uma chatice, pá, a vida feita de incertezas é uma chatice. Sim, eu sei que posso pausar a contagem antes de subir para a mota, o Pacer é cuidadoso a esse ponto, eu é que nem me lembro de tal coisa fazer.
coisinhazinha a acrescentar:
de carro deve ir dar ao mesmo
coisinhazinha a acrescentar:
de carro deve ir dar ao mesmo
Lanchinho
O lanchinho de hoje foi nêsperas, daí a foto acima as conter, e foram mesmo essas as que eu comi- pronto, agora já sabem. Quem mas trouxe foi o Antunes, que é quem se dedica ao pátio do lugar escondido. Nem sei se quero continuar a chamar lugar escondido ao lugar escondido, agora que cessou essa parte da minha vida, pois, a bem dizer, é assim que o dito lugar é conhecido blogue meu afora, de maneiras que. Mas as nêsperas. O Antunes colheu-as da nespereira que está lá em baixo no lugar escondido – vou continuar nisto, vou - a qual fotografei vezes sem conta e admirei muitas mais ao longo dos anos. Numa dessas fotos, das primeiras, a nespereira aparece mais baixinha, ainda jovem – e devo dizer que em cada ano que passa melhores ficam as nêsperas, em tamanho da polpa e em doçura. Um dia que tenha tempo hei de colocar essa foto antiga no blogue.
domingo, 20 de maio de 2018
Repetição
Na foto abaixo são bebés d' A Guerra das Estrelas, provenientes de uma certa promoção de supermercado, por alturas do Natal. Desconheço é os nomes deles, tivesse-me calhado o Darth Vader e esse sabia eu. Já ao patinho que lhes faz o cenário, podemos chamá-lo de Donald, acho que fica giro e sobre o tudo, original.
Sonho
Sonhei com coisas aflitivas, aflições, desejos fugidios e sei lá mais o quê. O fulcro deste post é esse não-saber, bem mais do que os desejos a fugirem, pois que as fugidas pertencem ao sonho e sonho é contrário a realidade. Sonhei com fósforos, vá, com fósforos. Basicamente, alguém montou fósforos numa estrutura metálica, usando não sei que fixação (talvez abraçadeiras de serrilha?). Era cabeças para baixo, umas, cabeças, para cima, outras, e, quando o inventor desta coisa acendeu um fósforo, este pegou fogo a outro e esse a um outro e afora, pumba e coiso, acenderam-se todos. Era assim uma coisa tipo rastilho que culminava num fogo de artifício mas em pequerrucho.
sábado, 19 de maio de 2018
Pisei o risco
Pisei o risco que eu própria tracei. Há dias andei na enga da flores desta cor e daquela e ainda vim dizer que tinha o cuidado de só apanhar flores dos campos lourenses* e mais não sei o quê, que não era vergonha ou medo de arrancar flores aos canteiros da cidade e tal, quando afinal, no dia das cores-de-rosa, dentre outras, espetei com umas florzinhas engraçadíssimas (são todas, né?) que havia colhido onde...?, num canteiro de Loures, isso mesmo! É então este post para divulgar estas coisinhazinhas vipes, aliás: vipérrimas, e deixar outras florzinhas iguais às que figuram no post de que já falei, bem como outras que também me apeteceu trazer para vos mostrar, as quais, sem que eu tenha querido, se destacam.
*este link vai ter a um post onde também estão umas florzinhas roxas que apanhei num canteiro da minha praceta
caraças pá, tanto risco pisado...
sexta-feira, 18 de maio de 2018
Amigo
Serve a presente para apresentar à blogosfera o meu mais recente amigo. Trata-se do bloquinho rudimentar que comigo viajará doravante e até que o finde. Bem sei que este bloquinho nada tem de rudimentar, tendo até um nome bem lindo proposto pelo povo e aceite pela indústria – post-it - ou então é vice-versa, pouco importando isso para este meu caso. Esta reviravolta na minha escrita de rua ocorreu devido a um certo desconforto que o anterior bloquinho me oferecia, creio que com gosto, sim senhores, mas fui desgostando, o desgosto caminhando até à pequenez que o dito comporta, mal cabendo a minha grafomania em tão pequerruchos papéis. É tanto assim que há algumas semanas que meto os tópicos na cabeça - coisa que, também e felizmente, sou capaz de fazer - e os deixo ficar até que considere ter chegado a hora de aparecerem no blogue.
Das lindezas que vedes por sobre o bloquinho rudimentar – continuarei a chamar-lhe assim – são etiquetas à moda antiga, etiquetas-sépia, ah ah, que eu queria muito que vos lembrasse uma loja de roupas, e um clipe de plástico. Este último é um desalojado, já que não se aguenta no íman onde se encontram os seus congéneres e assim me anda para aqui, secretária afora, sempre a mando desta que vos escreve.
Eis então tudo isto que descrevi mas em pixeis.
O meu frigorífico
Afinal deixo a limpeza do frigorífico ainda mais uns fins-de-semana, vejam lá que tenho gelados de há não sei quantos sábados e outros tantos de sábado passado, os tais dois pedaços de massa folhada, uma embalagem de peixe sem espinhas e peles – daqueles previamente arranjados e mais não sei o quê – uma embalagem de frutos silvestres, duas tacinhas com massa de bolo e uma caixinha com três claras. Todos estes itens necessitam de consumação urgente, au eva, não me dedicarei a todos este fim-de-semana, que isto a vida de uma pessoa é assim, inconstante e azafamada. Um outro au eva, há dias lavei a parte de cima do meu frigorífico - não é o teto ou topo, é a outra parte de cima - o que fiz de mais diferente foi retirar o gavetão. Sério, agora tenho coisinhas como pimentinhos e farinheira em copinhos com tampa metálica, já os coentros e outras sensibilidades da horta, continuam num saco de plástico, considero ser a melhor embalagem para elas, se em termos de durabilidade estiver eu a falar, e estou. E onde pus eu o gavetão?, pu-lo no topo do frigorífico, encaixado no pequeno e obsoleto e inútil televisor, a fazer-lhe uma espécie de chapéu, vá, só por dizer que não tem nada a ver.
Graminhas
Comprinhas, e graminhas, muito básicas, neste dia,
mil cento e noventa gramas de laranjas
mil trezentos e noventa e cinco gramas de maçãs
setecentos e trinta e cinco gramas de bananas
, tendo laranjas, maçãs e bananas, que mais posso querer e esperar da vida?
mil cento e noventa gramas de laranjas
mil trezentos e noventa e cinco gramas de maçãs
setecentos e trinta e cinco gramas de bananas
, tendo laranjas, maçãs e bananas, que mais posso querer e esperar da vida?
quinta-feira, 17 de maio de 2018
Lisboa, 17 de maio de 2018
De manhãzinha fui ter com o meu professor de Pilates, não em exclusivo para ouvi-lo dizer:
inspira, roda à esquerda, expira, direita
reverse!
bacia, bacia, bacia
levanta um! centímetro os joelhos do chão
vai lá atrás, rolling like a ball
cat stretch!, quero ver se alguém se queixa deste...
... Como também para admirar o bronzeado de algumas das minhas colegas de treino.
E o Tejo, ó Gina? O Tejo soltou o cheiro da maresia, Gina. Andaria(mos) para trás e para a frente quantas vezes fosse preciso para reler e reler e reler o poema de Fernando Pessoa que está escrito no chão do pontão.
E o Tejo, ó Gina? O Tejo soltou o cheiro da maresia, Gina. Andaria(mos) para trás e para a frente quantas vezes fosse preciso para reler e reler e reler o poema de Fernando Pessoa que está escrito no chão do pontão.
À tardinha fui ver os bichos-gato. Como hoje é o Dia da Internet, essa bicharada mandou-me montes de emails toda a manhã, acusando saudades imensas desta que escreve. Sim, mesmo a Karen se manifestou várias vezes, é sabido que a Internet protege, não só os cobardes, como os medrosos.
À noitinha substituí o pacote de lenços, bem precisava. Agora tenho um verde.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
#dizolá
Z' olá! Z' udo Z' em Z' om Z' ocês? (Z' udo, Z' é?)
As pessoas deste planeta precisam de saber que o meu curioso (e coisum...) Z' olá! nada tem a ver com a hastag da Olá. Fui eu que me lembrei do Z' olá ao iniciar um vídeo e ficou-me. Desde aí ando sempre a dizer isso. A toda a gente. É uma fartura. Au eva, nem cá por casa virou moda, tudo bem, e eu continuo a gostar deles na mesma (sim, e de vocês também), mas é que no outro dia, um outro dia, também de repente, como de repente passei num quiosque da Olá e vi a #dizolá que, quando escrito, quase parece o meu Z' olá!, só por dizer que não é, quis pôr esta interessantíssima questão no meu blogue.
Estou doente
Enquanto esperava que a minha cadela farejasse o quanto lhe apetecesse, alguém passou e comentou - com a sua companhia - que aquele pedaço de campo estava uma vergonha, flores por todo o lado, a erva alta e assim. E eu que gosto tanto de ver as florinhas e eu que tenho ando a mirá-las, admirá-las, colhê-as e fotografá-las por cores, e só eu sei o quanto lamento ter esquecido alguns amarelos e outros tanto brancos... não posso concordar. Estou doente. Não percebem que eu tenho que me ocupar com o inútil.
Café
Às horas do segundo café, estive e observar a minha praceta. O comum é aparecerem pessoas grandes de mão dada a pessoas pequenas. As pessoas pequenas vêm para a Escola, as pessoas grandes idem, só que estas vão-se logo embora e aquelas ficam um bocadão de tempo.
Por falar em 'Dia de'...
... Como se fosse o Dia d' o Homem e até tivessem dito na Radio, o Miguel Araújo é que a sabe toda, ó:
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Toda a gente sabe que os homens são feios
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Toda a gente sabe que os homens são animais
Toda a gente sabe que os homens são brutos
Toda a gente sabe que os homens são feios
Toda a gente sabe que os homens são lixo
Toda a gente sabe que os homens são animais
Dia de (disseram na Radio)
Hoje é Dia do Desenho Infantil. Nada mais apropriado, portanto, do que espetar no blogue a foto que tirei ontem aos desenhos que surripiei do lugar onde me encontro neste preciso momento: a sala de espera do consultório de Marió. Aquilo deve ser feito, quero eu dizer os desenhos, pela criançada que aqui vem, sei lá em que dias, a que horas, mas lá que de quando em quando aparecem, aparecem.
Ontem tinha idealizado chamar ao post onde espetasse esta foto, A Árvore de Natal das Mãos, só que hoje não me está a dar para isso, estando só a dar-me para isto.
terça-feira, 15 de maio de 2018
na reunião as pessoas eram da minha idade
da frutaria trouxe morangos e laranjas
ao almoço comi sardinhas
na tv escutei três canções
os vídeos afinal foi só um
as fotos tirei uma boa meia-dúzia delas
a internet vai para aí numas duas horas
o jantar vai ser bifes e legumes sei lá como os como
ao supermercado ainda vou ter que lá ir
à internet já lá estou e/mas já lá vou outra vez
segunda-feira, 14 de maio de 2018
Guardado
Há coisas que guardo sei lá por que caso ou figura. Anda-me aqui um carimbo composto por uma série de palavras, serve para agrupar ou destinar todos os documentos que tenham a ver com faturação do antigamente. O carimbo tem uma maçaneta pequerrucha que se vai rodando conforme se quer arquivar, mediante a situação que se atingiu. Tem-se dizeres para estas situações:
facturado
liquidado
lançado
sem despesas
anulado
vendas a dinheiro
registado
duplicado
conferido
cópia
recebemos
pago
As coisinhas mais usadas são o lançado, a cópia e o pago. Menos mal, portanto. Falta ainda dizer que as letrinhas se me afiguram como se as mirasse num espelho, pois, quando não, o decalque faria por sua vez um espelho do que se pretende. Quer isto dizer que, neste caso, um espelho de um espelho é um espelho legível. Um dia tiro fotos a este espécime em extinção, que hoje já não dá. Ultimamente tiro fotos com o móves novo, mas como ainda não o configurei para expeli-las para o computador, acontece que as mando para o meu email, assim, à noitinha, tenho-as inclusive em qualquer computador com acesso às netes.
Nove meses
Há nove meses que frequento semanalmente o consultório de Marió. Quem dera já ter parido, só que não. É complicado saber onde ficar, se quero ficar longe da culpa de me sentir triste, pois se, por um lado, estou triste e acabou a conversa, ora ca porra atão nã posso tar triste?!, por outro, é uma ideia fantástica afastar-me dessas merdas, pois que tais, a bem dizer, valem apenas para me deixar triste... Mas como não tenho conseguido não estar triste, e quando digo este triste de estar triste, é tristíssima, então fico triste por estar triste de não conseguir deixar de estar triste. Um golpe fortíssimo nesta porra seria não pensar. Em nada. De maneiras que daqui por umas horas vou dormirinho e não sonharinho, isso é não pensar.
(ser feliz é não pedir para ser coisas)
Cores
Ando, por ora, de volta de saber exatamente onde hei de recolher as florzinhas vermelhas e as brancas, pois a meu ver são as que me faltam à coleção. A bem dizer já descobri mais umas quantas amarelas de outras espécies e também dei por algumas cor-de-laranja, que são difíceis de alcançar dado o acesso não ser o melhor. Também já notei algumas outras em roxo mas não vou por aí porque essas pertencem aos canteiros da cidade e não aos campos e eu, não é que tenha receio ou pudor de as tirar de lá, é que as que eu quero mesmomesmomesmo são as que vivem nos campos de Loures.
Vida animal
Um destes dias, Karen usou como apoio o cimo do móvel da sala. Estranhei: ah, tu estás aí? ca passa 'miga? já não curtes o armário da cozinha? é bom a gente variar, né?, e tipo isto assim com este jeito, que tenho jeito para falar com quem jamais falará. Como lhe dei atenção, que ela julgou demasiada, a bicha-gata começou a querer mudar de pousada e, para tal, enfiou o corpo no espaço entre o móvel e a parede, ficando de cabeça para baixo. Comecei por admirar as suas flexibilidade e força, uma vez que se mantinha de modo a não escorregar por ali abaixo. Mas entretanto tornou-se evidente que ela queria escorregar por ali abaixo, pois escorregou até ao chão, as patas travando uma queda brusca. Admirei-a ainda mais. Ó pá ca xira! Quando se apanhou no chão foi enfiar-se na cama da dona, debaixo do edredão. Custa-me horrores ver que Karen tem medo de imi... ai perdão, mim. Mas tem e, olha!, paciência.
Organização
Tenho o meu Pinterest desgovernado. O que eu acho é que já tenho pins a mais, gosto de imagens a mais, guardo imagens a mais.
Primeiro, e isto é fulcral, tenho que colocar imagens minhas:
utensílios de cozinha, vestuário, tecidos;
e textos meus:
receitas, lugares visitados, opiniões acerca de produtos.
Isto é coisa que já me anda na cabeça há vários dias, pôr coisas minhas no Pinterest. Ora acresce que há por lá imagens giras, giras, e ideias geniais, geniais, como, por exemplo, vestidos. Ando à cata de uma coisa especial, um vestido, embora dispense um peça glamourosa, quero que contenha uma certa festividade, ou algo diferenciador sem ser indecoroso. Difícil, bem sei, mas lá que é isso o que quero, é. De maneiras que tenho andado a guardar imagens de modelos que julgo estarem dentro destes critérios. Ora, neste caso em particular, é na pesquisa que me apoio, é na ideia de outra gente que não eu, e, isso já aprendi, o Pinterest serve para isto.
De resto, está tudo bem comigo, obrigadinha.
Três árvores em linha
Pequeno-almoço
Ao pequeno-almoço fiz chá de erva-príncipe e alfazema. Juntei dois tipos porque a erva-príncipe estava de resto, o que, juntando ao facto de a alfazema ter dois recipientes e andar a sentir há meses um enorme desejo de esvaziar um deles, pumba, toca de retirar mais um pouquinho do pacote, que é o recipiente mais vazio, sendo o pote o mais cheio. Entretanto notei os dizeres do pacote onde repousa e espera o resto da alfazema, diz ele que veio de Espanha. Hum. Na minha cabeça, quando penso nas viagens que a alfazema por ventura fará, vou imediatamente buscar as belas paisagens da Provença, esse lugar tão colorido que adquire uma aura infantil e mágica. Portanto, estranhei a origem da alfazema, como assim vir de Espanha e não de França? Foi então que na minha cabeça se formaram lembranças dessas paragens, quando em Espanha se está junto à fronteira com a França ali para os lados da Provença, os campos assemelham-se.
E está posta a questão.
domingo, 13 de maio de 2018
Curto vídeo acerca de café
Como sabem, e se não sabem não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, adoro café. Adoro tanto mas tanto que, não o tendo no meu armazém doméstico, sou mulher para me deslocar até ao supermercado numa ânsia de o comprar e assim poder apreciá-lo, gostosamente refastelada em algum canto da minha casa. Foi o que aconteceu no outro dia, fui num instantinho ao supermercado, e...
Origem
Cresci numa pequena localidade situada a poucos quilómetros de onde me encontro neste preciso momento – é o Pinheiro de Loures. Aquando dos anos da minha infância e juventude por lá se viam:
uma farmácia
duas ou três mercearias
uma Escola Primária
um colégio particular
dois cabeleireiros
um barbeiro
um barbeiro
dois cafés
uma taberna
uma taberna
uma churrasqueira
uma estância de madeiras
uma fábrica de móveis de bambu
e um chafariz
Este último é a maior peculiaridade do lugar, um chafariz que pretende ter ar de monumento. Ah, havia também uma cabine telefónica que me encantava até dizer chega, ai o que eu gostava de abrir a porta e fingir que ligava para alguém.
Só que não, mas adiante.
Anos mais tarde, o Pinheiro passou a ter uma funerária, uma Escola de Condução, uma loja de vestuário infantil e outra de senhora, uma loja de móveis e um supermercado. Que luxo, ui. Hoje em dia tem também um restaurante de sushi.
Só que não, mas adiante.
Anos mais tarde, o Pinheiro passou a ter uma funerária, uma Escola de Condução, uma loja de vestuário infantil e outra de senhora, uma loja de móveis e um supermercado. Que luxo, ui. Hoje em dia tem também um restaurante de sushi.
É.
SUSHI.
Não preciso recuar muito no tempo - bastando-me uns dez anos – pois se há dez anos atrás me dissessem: «ó Gina, olha que a tua terrinha ainda vai ter um sushi, mulher», eu acharia que estava na brincadeira. E não estava. Bom, o sushi é bom que se farta, o pessoal que compõe o sushi é prestável que se farta, o pessoal que atende é simpático que se farta. Sério, naquele restaurante de sushi é tudo bom, mas é que tudo. Portanto, já sabem, visitem a minha terrinha, vão ao Pinheiro de Loures comer sushi, vá.
ó pá tóin xiru!
Vizinhança
O vizinho, cabisbaixo, anunciou-me que perdeu os óculos. Tentando amenizar o seu aborrecimento, convidei-o a viajar comigo no elevador. Esta história ficaria terminada se eu soubesse exatamente o que porá o vizinho no seu blogue acerca desta temática de bairro.
Aprendi com a rica filha que...
... É possível que as pestanas falsas possam voar mediante a força do vento. Se for tipo assim uma ventania, vá.
Cores
No tempo em que eu andava feita maluca a arrancar florzinhas dos campos de Loures com o intuito de as separar e apresentar no blogue mediante as cores que tinham, e vou já dar exemplos:
Nesse tempo, dizia eu, tentei agrupar a cor roxa e para tal lá me pus de nariz para baixo a tratar afincadamente de compor a questiúncula. Ora acontece que chegada a casa me aprecebi que algumas das florzinhas não eram roxas mas bordeaux, o que me levou a querer desistir desta ideia lindíssima e super original. Mas, não me vencendo a mim mesma, fui buscar máquina fotográfica montes de espectacular e apliquei-lhe aqueles filtros que extraem a cor. Quereria isto dizer, ou eu assim esperava, que as flores, sendo realmente bordeaux, o filtro extrairia o vermelho e lá se ia a ideia, fantástica, claro, de agrupar florzinhas roxas e fotografá-las até me apetecer. Bom, realmente são bordeaux, algumas das florzinhas, que o diga a foto...
... Entretanto deixo também todo o rol de fotos tiradas dessa vez, que, devido à experimentação, acabei por usar todos os filtros...
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