segunda-feira, 28 de maio de 2018

Lisboa, 28 de maio de 2018

Bom dia! Ah pois é bom dia, é!


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graminhas:
cento e oitenta gramas de alhos
setecentos e trinta e cinco gramas de maçãs
oitocentos e noventa e cinco gramas de bananas
Pergunta nepalês de frutaria a Gina: 'tás com sono ou quê?, indo depois começar espreguiçadela.
Reponde Gina: eu não, tu é que tens, 'tás-te a espreguiçar!

E não é que esta noite me pus a sonhar com o velho estaminé?!
Ó pá ganda cena, 'migos, mas ca ganda cena. Como sabem, e se não sabem, não faz mal, eu gosto de vocês na mesma, era-me insuportável permanecer naquele lugar, mas, com o tudo e por tanto, foi lá que vivi momentos deveras agradáveis, desequilíbrio este que me fez grafómana.
Bom, adiante.
No sonho o estaminé era imenso e tinha um montão de janelas, uma em cada parede, baixas mas largas, com duas partes e fecho no meio delas, entrava por ali uma luz do caraças, coisa que não é real, o estaminé continua com duas janelas sem fechos, que são as montras, e tão pequerrucho como era. No sonho, quando entrei desatei a chorar, tipo: ó pá, eu quanto estava aqui não havia luz nem ar e agora é isto!, punham-me tudo à frente, ai que aflição que era, e agora vê-se tão bem!
Bom, mais um adiante.
Andam a escaqueirar aquela merda toda, tiraram móveis (lamento, eram bem bonitos, só por dizer que não se notava nada) e prateleiras, tiraram chão e picaram paredes. Não duvido que quem para lá vai, no fim, obtenha um espaço funcional e agradável à vista. Destruiram a alma do velho estaminé e, se por um lado lamento, porque me deu coisas boas, por outro, dá-me prazer saber, e principalmente ver, que não resta nada. Sério. É que não sinto qualquer pudor ou revolta.
Bom, e vão três adiantes, que a vida continua e esta que tenho agora é melhor em muitos aspetos.

A grande novidade deste fim-de-semana consta de a rica nora ter abolido o açúcar do cafézinho que lhe é servido. Ó pá, que bom, agora somos todos iguais, oh vida boa! Em tempos comprei chaveninha+colherinha - umas quantas - de louça e fiz questão de ser ela a estrear um dos conjuntos. Aconteceu, até e também, a dona Adelina oferecer-me umas quantas colherinhas de louça e eu pensar logo na jovem senhora. Sendo assim, doravante menos necessárias serão.

Sentei-me no banco hater, vinda do sítio da massachicha. Nem sei bem o que fui lá fazer, para quê sentar-me?, estou cansada ou o quê? Que me sentei para escrever estas coisinhazinhas, lá isso sentei.




Um dos professores de Pilates que por ora me ensina como me comportar quando deitada num colchão, é assim como que curto de expressão. Não sendo antipático, não se mostra em contrário. É estanque, é como eu a escrever, ninguém entra. Dei comigo a compará-lo ao Salvador Sobral – gosto de o ouvir cantar mas não gosto dele, ouço dizer por aí que é a personificação do anti-vedeta, que quer é cantar e o resto que se lixe, pois eu acho que ele é mesmo vedeta, quer é cantar e quer pessoas para o admirar. É estanque. Já do meu tal professor, conto o mesmo, gosto das aulas dele mas não gosto dele. Somos estanques.

A propósito de coisinhazinhas do feitio da gente, ontem vi um filme (Adam) onde o personagem principal sofria de Asperger, sendo por isso muito solitário e incapaz de pensar como se sentem as outras pessoas, a menos que lho fizessem saber vocalmente. Não sei explicar isto lá muito bem, pronto, o doente vive num mundinho privado onde não entra ninguém, não por ele não querer mas por impossibilidade de se relacionar com o mundo de cada um. É uma doença. De maneiras que, o filme, deu para eu perceber que, mesmo Adam estando doente, e supostamente só um lado da sua mente se desenvolvia capazmente – aliás, deveras capazmente, o homem era um génio ao nível da astronomia -, havia um lado emocional, mas com o qual ele não sabia lidar, não discorrendo portanto tudo quanto viesse de suposições ou gestos. Esta situação, se vista num repente, dá a ideia de não se estar perante um ser humano doente, afinal todos temos desequilibrios e questões tolas e mais não sei o quê. Eu, sinceramente, creio-me ainda doente, não tanto, mas estou. Ao presente a minha grande questão é livrar-me da culpa de estar doente, e o resto chegará. Não é que por ora eu seja mais eu do que era dantes, mas não deixo a culpa instalar-se-me toda na cabeça.

Detendo-me novamente no tema 'Gelados', deixo coisinhazinhas advindas da sua fazedura com uma máquina, dentre as quais há algumas que considero bem vindas:
1. Faço as duas bases (sem ovos e com eles) na mesma ocasião, no mesmo tacho, uma atrás da outra, pela ordem que está descrita no parentesis
2. Gelifico, com o poder da minha mente... ai perdão, máquina as duas bases na mesma ocasião, obviamente no mesmo recipiente, pela ordem já referida
3. A ordem que consta nos itens anteriores acontece por conta de eu indesejar misturar restos de base com ovos com a base que os não contenha, já o contrário: que me importa?, nada, nada, nada, mesmo nada
4. É possível fazer as bases dois ou três dias antes de as gelificar, o que é ótimo; é possível o gelado ficar no congelador dois ou três meses, muito embora tal coisa não seja verificada no meu ditoso lar...
5. Sinto um enorme entusiasmo em experimentar conjugações de sabores, particularmente magicar que quantidades retirar disto ou daquilo para acrescentar aqui ou acolá

Vou ter que ficar, vou querer ficar, vou ser perita em whoopie pies
Whoopies disto e daquilo
maçã
morango
gengibre
limão
baunilha
laranja
lima
Não é assim tão difícil, é descobrir uma base e pumba. Já ando em estudo. No outro dia tinha decidido fazer os ditos como aquando da vez primeira, só que não tinha cacau – afinal até tinha, descobri-o depois, mas pronto – vai daí pus o equivalente em farinha e acrescentei um pouquinho de canela só para não ficarem muito deslavados, o que escureceu a massa pra caraças, mas não fez mal nenhum. Saíram bem. Já com o recheio fui tremendamente infeliz, oh céus, a vida toda desfeitinha e o camandro. É que comprei um queijo creme de marca branca, e se por vezes a marca ser branca ou de outra cor não interfere nos meus resultados culinários, outras há que interfere e não é pouco. De maneiras que o recheio fluía demasiado, escorrendo do meio dos bolinhos. Não há problema nenhum com isso, 'tá 'migos?, a gente comeu na mesma, mas, para transportar, que os fiz com a ideia de oferecê-los ao mundo exterior, pois que já não deu, ficaram no interior da minha casa e acabou a conversa.

Achei dez cêntimos no chão do Ginásio. Sou a mulher mais feliz do mundo.

Boa noite, ah boa noite. Deixo foto velhinha, velhinha. Tem para aí quatro ou cinco dias. É do estaminé, lembrei-me de fotografar outra vez a espiga que consegui antes do dia proposto para a gente festejar... A Espiga. Não sei se da outra vez cheguei a dizer-vos que estas ervas vieram de Loures. Seja lá como for, está agora dito. Ah, como é noite, tenho a foto também com um filtro montes de giro que o meu móves tem e me oferece sem pestanejar ou lamentar.



.................................................?
Não encontrei. É então esta questiúncula, coisinhazinha para apresentar amanhã. Seja lá como for sempre deixo rascunhos de um dia para o outro, de dois ou três dias, de montes de dias. Enfim. Até amanhã.


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