terça-feira, 3 de julho de 2018

É a senhora da limpeza

Das outras senhoras da limpeza não sei eu, ainda, mas a minha experiência conta com o seguinte:
Em dado dia abalei da avenida montada num Cabify com o propósito de me meter em trabalhos domésticos tão ingénuos como limpar cotão e bolores. Foi a minha primeira vez, em Cabify e similares, e só vos digo que adorei o serviço, passando ao lado, por meu querer, de me pôr para aqui com comparações por entre os tais similares e mais isto e mais aquilo, acrescentando, porém e somente, que um fogareiro lisboeta é! um fogareiro lisboeta. À parte o facto de o motorista que me calhou ser bonito (é à parte mas é importante, ver gente bonita é um regalo para os cinco sentidos, sem que seja forçoso crescer-me a libido, tá?, contudo, crescendo, para mim significaria apenas que estou viva), era também, e principalmente, bem falante e atencioso.

• e se a música está bem assim, em volume de som e em estilo
• e se o ar condicionado incomoda como está, mais/menos frio/quente
• e se as janelas deixam entrar muito/pouco ar para o meu gosto

Porra. Fiquei siderada. Depois contente. Depois agradecida. A conversa era alguma mas não aborrecia nada, nada disso. Só não o elogiei no fim da viagem porque me pus a pensar demasiado no assunto. Agora ando nisto, elogio quem me serve de acordo comigo. Acho que as pessoas, enquanto trabalham, devem ser estimuladas no bom sentido, não tem mal nenhum, não vai ser por mor de um elogiozinho de alguém que provavelmente não voltarão a ver que vão ficar uns presunçosos do caraças ou lhes vá destruir as competências.

1 comentário:

  1. e eu que sou do campo não fazia ideia do que era um cabify. Pensei mesmo que fosse um robot qualquer. E afinal - ó bendito google -, é um automóvel xpto que nos leva onde queremos e tal e coisa. Com motorista simpático. Como lhe aconteceu. E depois do cabify ainda teve coragem para tirar bolores?!

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