sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Estrada

A N8 sai de Lisboa e vai, pelo menos, até Caldas da Rainha. Em tempos ouvi dizer que essa estrada foi construída aquando da Primeira Guerra e se usou um método, ou matéria, vá, especial para que lá circulassem os veículos militares. Verdade ou então não, sei lá eu, mas que é giro, e até romântico, é. O que sei dizer é que a estrada é feita de recortes, cujas junções se apresentam na horizontal, a cor do pavimento é... aliás, não é cor, é padrão, o padrão, cá no meu imaginário, é tido como sardento. Os recortes começam algures em Loures e vão até à entrada para a estrada sei lá eu, mas sei que é a que vai dar a À-dos-Cãos e de onde, mal começa, se vira para o Beco, lugar que me viu passar de menina a mulher. Seguindo, chega-se à Lagariça, que é de onde, enfim, resultou alguém. Eu. É, foi lá que. Pois. Portanto, antes, fui bebé e criancinha pré-escolar na Lagariça. Mas a N8. Desde cedo achei piada ao barulho dos pneus quando passavam nas junções - tatá! tatá! tatá! Era particularmente interessante pelas seis e tal da manhã, quando me deslocava à paragem da camioneta, porque esses veículos faziam uns tatás! bem mais possantes.

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