Ontem chamaram os Bombeiros porque se sentia um forte cheiro a incêndio e, no lado oposto do prédio, alguns vizinhos queixavam-se de fumarada dentro de casa. Quando o bombeiro subiu ao meu andar para perguntar se eu tinha alguma coisa ao lume, respondi que não, obviamente porque não tinha, e repetiu a pergunta com clareza, esperando confiança, que, por minha vez, espero ter-lhe passado. Podia ter ficado assustada e, por prudência, saído à rua, esperando que não passasse de uma queimada de quintal ou de um esturricado inconsequente. Não sei ainda o que despoletou a fumarada, mas não deve andar longe disso. Mas dizia eu, pois que não me pus na alheta, fugindo e bramindo. Não. Pode a calma ter descido (e não eu, ah ah) porque o fumo não estava do meu lado do prédio. Pode. Pode ter descido porque gosto bastante de estar em casa. Pode. Pode ter descido porque pouco me importou o aparato todo e, ou, o perigo iminente. Pode.
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